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A CAMPANHA
PROPOLAR ​​2019-2020​
Novembro 2019 - Setembro 2020 

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Projeto MIGRANT - uma missão de sucesso na Islândia !

22/9/2020

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Miguel Araújo, Islândia

Um ano complicado para todos, este ano de 2020!
Foi até ao último dia que conseguimos a marcação da viagem de avião, pois já tínhamos tido uma série enorme de voos cancelados. As medidas impostas pelo governo Islandês, com a realização obrigatória do teste para o SCARS-COV-19, à chegada, era também uma condicionante. Com muita persistência da equipa do Propolar, as dificuldades foram ultrapassadas. Este ano viajei juntamente com o meu amigo Camilo Carneiro e fomos de encontro com o José Alves, que tinha conseguido viagem umas semanas antes.
 
À chegada, e tal como exigido, fomos submetidos ao teste para o SCARS-COV-19 e tivemos que esperar pelo resultado até que pudéssemos ir até ao Centro da Universidade da Islândia em Laugarvatn, onde ficámos durante as 3 semanas que permanecemos na Islândia. Felizmente passadas 2 horas tivemos os resultados, enviados por mensagem e e-mail, e que confirmaram um resultado negativo. ​

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​Como cheguei mais tarde do que o previsto, já não consegui encontrar tantos ninhos quanto desejava. No entanto, consegui capturar e marcar o número de crias das espécies necessário. Apesar das adversidades, o clima este ano foi bastante favorável, e o facto de ter estado na altura do ano em que tinha quase 24 horas de luz por dia permitiu a conclusão da recolha dos dados bem a tempo. O trabalho este ano ficou mais resumido à zona Sul da Islândia, uma zona com alta densidade de ninhos.
As três semanas foram passadas a controlar os ninhos das espécies: Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa), Ostraceiro (Haematopus ostralegus) e Maçarico-galego (Numenius phaeopus). Foram controlados mais de 40 ninhos, onde foram anilhadas 30 crias, e recolhidas as respetivas biometrias (peso, comprimento da asa, tarso e bico) e foram recolhidas penas em crescimento para posterior analise de isótopos e conseguir comparar as dietas entre espécies e habitats. 
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Agora já de volta a Portugal, vamos esperar pelos resultados laboratoriais para divulgar os primeiros resultados da análises isotópicas.
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TROPHICHANGE: PRIMEIRA PARTE DA MISSÃO

17/7/2020

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Camilo Carneiro e José A. Alves
Islândia
 
Este ano será visto como peculiar na história recente. Na primavera de 2020, o mundo abrandou. Ou, pelo menos, a sociedade humana abrandou. As aves mantiveram o ritmo dos ciclos anuais, migrando na Primavera para os locais de reprodução, fazendo as posturas e criando uma nova geração. Os maçaricos-galegos (Numenius phaeopus), tal como as restantes espécies, não permaneceram nos seus locais de invernada, mesmo quando as travessias pelo espaço aéreo estavam globalmente muito reduzidas. Assim, no final de Abril, a subespécie Islandesa (N. p. islandicus) começou a chegar aos locais de reprodução na Islândia.
​
Temos vindo a acompanhar estas aves há vários anos, com apoio do PROPOLAR, focando a nossa atenção nos mecanismos que dão origem a diferenças na qualidade individual. Este ano, no entanto, tivemos como objetivo principal explorar a importância das bagas de Empetrum nigrum (Figura 1) para os maçaricos-galegos.

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Figura 1 – Detalhe de Empetrum nigrum, observada no sul da Islândia, em 28 de junho de 2020


Curiosamente, enquanto a maioria das aves limícolas na Islândia tem adiantado as datas de chegada na Primavera, de acordo com o aumento das temperaturas locais, os maçaricos-galegos não demonstram qualquer alteração na fenologia da chegada às áreas de reprodução ao longo das últimas três décadas e a população mantém-se estável. Apesar dos artrópodes serem presas importantes para esta e outras espécies de aves limícolas, o aumento da temperatura que se faz notar a altas latitudes sugere um avanço na sua disponibilidade, o que os poderá tornar um recurso insuficiente. No entanto, sabemos que os maçaricos-galegos também consomem bagas de Empetrum nigrum, um arbusto que é bastante abundante e poderá permitir que esta população mantenha os seus efetivos e taxas demográficas, mesmo sem alterar a sua fenologia.
​
As complicações causadas pela pandemia da COVID-19 atrasaram a nossa missão, e, consequentemente, a recolha de dados foi bastante mais reduzida do que o previsto. Não obstante, assegurámos uma amostragem razoável de abundância de bagas e da fenologia reprodutora dos maçaricos-galegos e de Empetrum nigrum, o que permitirá uma investigação preliminar sobre possíveis desfasamentos temporais entre ambos. Adicionalmente, foram recolhidos vários dejetos de crias em desenvolvimento para avaliar o consumo e a importância relativa de Empetrum nigrum para a espécie.

Nas próximas semanas, após triar as amostras e analisar os dados, saberemos mais sobre a interação entre maçaricos-galegos e Empetrum nigrum.

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Proj. PERMARSENIC: em Kuujjuarapik, no norte do Canadá

6/4/2020

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O projeto PERMARSENIC do Centro de Química Estrutural do IST pretende estudar de que forma a degradação do permafrost, nomeadamente através da formação de lagos de termocarso, promove não só a libertação de arsénio para o ambiente, mas também altera a sua especiação nomeadamente transformando espécies menos tóxicas deste elemento em formas mais tóxicas, ou o contrário.

Este projeto decorreu em finais de Fevereiro, princípios de Março em Kuujjuarapik no norte do Canadá e contou com a colaboração de investigadores do Environment and Climate Change Canada, Universidade Laval e INRS.

Da equipa portuguesa faziam parte o João Canário e o estudante de doutoramento Diogo Folhas.

O estudo da especiação de arsénio é particularmente importante nestes sistemas pois as águas destes lagos acabam por drenar para os sistemas aquáticos circundantes com potenciais impactos na vida selvagem e nas populações indígenas que vivem perto.

Paralelamente a este trabalho, o projeto tinha também como objetivo recolha de amostras de água, sedimentos e solos para caracterização estrutural da matéria orgânica natural que, para além de ser a principal fonte de arsénio destes lagos, poderá ser importante para perceber a emissão de gases com efeito de estufa (metano e dióxido de carbono).
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A recolha de amostras para o projeto decorreu em pleno inverno o que traz uma série de dificuldades inerentes às baixas temperaturas e aos constrangimentos que este aspeto provoca em todo o processo principalmente a nível de recolha de amostras de água (facilmente congela) e os problemas relacionados com as baterias de equipamentos.

Durante esta campanha de amostragem temperaturas entre os -30ºC e os -38ºC foram observadas o que levou a que fossem necessárias medidas de segurança, nomeadamente o transporte de uma tenda isolante e uma fonte de aquecimento interno. Com estas condicionantes o processo de amostragem é mais simples. A recolha de amostras de água é feita utilizando uma bomba peristáltica e sedimentos recolhendo a corers.

Devido ao elevado número de parâmetros, uma lago demora cerca de 3h a ser amostrado pelo que nestes dias o regresso ao laboratório faz-se cedo pois há muito pré-tratamento a efetuar, particularmente para as análises de matéria orgânica pois o volume de amostra e cerca de 2.5L.
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Lago de termocarso. A cor da água é indicativa de grande quantidade de matéria orgânica
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Diogo Folhas a filtrar as amostras de água para análise da matéria inorgânica dissolvida
Nas últimas décadas, o acentuado aumento das temperaturas em regiões polares tem resultado num gradual degelo do permafrost, expondo grandes quantidades de matéria orgânica (anteriormente preservada no permafrost) a degradação. Em regiões onde o permafrost é rico em gelo, o degelo pode promover a subsidência da camada ativa, levando à formação de um lago de termocarso. Com a formação do lago, a matéria orgânica do permafrost é transferida para este sistema aquático, onde uma fração será degradada em CO2 ou CH4, gases efeito de estufa que eventualmente serão libertados para a atmosfera.

A caracterização da matéria orgânica presente nestes lagos é particularmente importante pelo facto de se tratar de uma mistura altamente complexa e heterogénea, com características, propriedades e labilidades diferentes. Quanto melhor compreendermos as características da matéria orgânica, melhor será a nossa compreensão dos processos biogeoquímicos em que está envolvida, e consequentemente, melhor será a nossa compreensão destes sistemas de termocarso.
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Proj. FACT_#03: Depois de 30 dias de embarque, chegámos ao final do cruzeiro.

10/3/2020

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Afonso Ferreira, Antartida
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Figura 1: Novas instalações da Base Antártica Comandante Ferraz, inauguradas a 15 de janeiro de 2020.
A silhueta, já familiar, da recém-inaugurada Estação Antártica Comandante Ferraz saúda-nos à medida que vamos preparando o encerramento da expedição. Entre manifestos de carga, limpezas de laboratório e relatórios de embarque, vamo-nos relembrando das várias etapas por que passámos ao longo das últimas quatro semanas em alto mar. Relembra-nos de como não é fácil remar contra a maré, procurando concretizar os nossos objetivos científicos, principalmente quando as condições internas e/ou externas ao navio dificultam o nosso trabalho. Mas também nos relembra de como vale a pena fazer ciência polar, pela unicidade da Antártida como ambiente marinho e pelos desafios que ela nos propõe, levando-nos a fazer o possível e o impossível para tentar levar a ciência a bom porto.

Ao todo, realizámos 68 estações oceanográficas durante o cruzeiro. Só para o estudo das comunidades fitoplanctónicas na região, recolhemos acima de 600 amostras, tendo sido uma expedição bem produtiva. É, no entanto, importante realçar que foi uma expedição marcada pela pluralidade científica, uma vez que foram recolhidas amostras para as seguintes componentes biológicas e parâmetros: archae, bactéria, fitoplâncton, zooplâncton, cetáceos, alcalinidade, pH, CO2, O2, nutrientes, isótopos estáveis e microplásticos.

Encontramo-nos agora a aguardar o dia do nosso voo de avião militar entre a base chilena Presidente Eduardo Frei Montalva e Punta Arenas. Acima de tudo, estamos altamente motivados para voltar a terra e começar a trabalhar nas amostras recolhidas. Por fim, resta-me agradecer ao PROPOLAR pelo apoio financeiro e logístico providenciado, sem o qual não teria sido possível eu repetir esta experiência. Cumprimentos antárticos para todos e obrigado a quem leu os posts aqui publicados relativos à nossa expedição!
After 30 days, we have finally reached the end of expedition. The already familiar silhouette of the recently inaugurated Comandante Ferraz Antarctic Station greets us as we make our last preparations before disembarking. Amidst cargo manifests, lab cleaning and cruise reports, we remind ourselves of everything we went through the last four weeks at high sea. We remind ourselves how it is not easy to go against the tide when seeking to achieve our scientific goals, particularly when internal and/or external factors affect our work. Nevertheless, we also remind ourselves just how much polar science is worth, because of Antarctica’s uniqueness as a marine ecosystem and all the challenges it poses us, leading us to do everything in our power to advance science.

All in all, a total of 68 distinct stations were sampled during the cruise. Just for the study of the phytoplankton communities, we collected over 600 samples. Nonetheless, it is important to stress how multidisciplinary was this cruise: samples were collected for the following parameters and biological components: archae, bacteria, phytoplankton, zooplankton, cetaceans, pH, alkalinity, carbon, oxygen, stable isotopes and microplastics.

We are now awaiting our flight from the Chilean Antarctic base Presidente Eduardo Frei Montalva to Punta Arenas, where we will be back in “civilization”. Above all, we are highly motivated to go back to our works and start working on our samples. Finally, I would like to thank PROPOLAR for the financial and logistical support, without which I would not have had the privilege to return to Antarctica. Greetings from Antarctica and thank you to everyone who accompanied our expedition through these few and short posts.
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Proj. FACT_#02: no “Laboratório do ROV”

24/2/2020

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Afonso Ferreira, Oceano Antártico
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Figura 1: Sistema CTD-Rosette, o sistema que nos permite recolher água a diferentes profundidades em cada estação oceanográfica, em utilização.
Já estamos a meio caminho e, no “Laboratório do ROV”, como é oficialmente denominado o pequeno laboratório situado em frente ao hangar, é onde nós, a equipa do fitoplâncton, trabalhamos. Este ano, a equipa do “fito” é formada por quatro elementos, dois de nacionalidade portuguesa e dois de nacionalidade brasileira: o Rafael, o Raul e o Pedro da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e eu (Afonso) do MARE-ULisboa. O Rafael, o outro elemento português, é professor na FURG e é já um veterano em vindas à Antártida, tendo embarcado cerca de quinze vezes em águas antárticas. Para além disso, é o coordenador científico embarcado, encontrando-se ao leme de uma equipa com mais de 20 investigadores. O Pedro e o Raul são alunos de graduação na FURG, ambos orientados pelo Rafael, procurando dar os primeiros passos no mundo da ciência.

O nosso trabalho foca-se no estudo das comunidades de fitoplâncton. Por um lado, são recolhidas amostras para a determinação e quantificação de pigmentos a várias profundidades ao longo da coluna de água. Os pigmentos não só permitem caracterizar o estado das comunidades de fitoplâncton, como possibilitam, através da quimiotaxonomia, a identificação dos principais grupos de fitoplâncton. Esta identificação será validada através da recolha, em simultâneo, de amostras de espécies de fitoplâncton (posteriormente analisadas ao microscópio).
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Figura 2: Corredor que liga o hangar à popa do navio, local de passagem frequente para a equipa de investigadores.
Por outro lado, estamos também a recolher amostras para identificação e contagens de cocolitóforos (nanofitoplâncton calcário). Os cocolitóforos são organismos-chave para o ciclo do carbono, sendo um dos principais exportadores de carbono atmosférico do oceano. Embora sejam um grupo típico de águas mais quentes (a baixas latitudes), tem-se vindo a verificar uma expansão, associada ao aquecimento dos oceanos, da sua distribuição em direção às altas latitudes. Assim, será avaliado o potencial dos cocolitóforos como proxies para a expansão de massas de águas mais quentes e pobres em nutrientes provenientes do Atlântico Sul.

Todo este trabalho in-situ realizado a bordo do Almirante Maximiano e subsequentes análises serão depois utilizados para complementar e validar bases de dados de satélite para a Península Antártica Norte, procurando dar resposta ao objetivo do FACT: entender a relação entre a dinâmica do fitoplâncton e a variabilidade climática nesta região. Mas isso é trabalho reservado para o regresso a terra. Até lá, temos ainda muitas milhas náuticas por percorrer e muitas estações por amostrar.
We’re already halfway into our journey and in the ‘ROV Laboratory’, as the small lab facing the hangar is called, we, the phytoplankton team are working day and night. This year, the ‘phyto’ team is made up of four members, two from Brazil and two from Portugal: Rafael, Raul and Pedro, from the Federal University of Rio Grande (FURG) and I (Afonso), from MARE-ULisboa (University of Lisbon). Rafael, the other Portuguese among this group, is a professor at FURG and is already a veteran in terms of Antarctic expeditions. Furthermore, he is the chief scientist, leading a multidisciplinary team comprising of over twenty researchers. Pedro and Raul are graduation students at FURG, both under Rafael’s supervision, taking their first steps in science.

As mentioned above, our work focuses in the study of phytoplankton communities. On the one hand, samples are collected to determine and quantify phytoplankton pigments at several depth levels along the water column. Pigments are highly useful because they allow us to evaluate the state of phytoplankton communities, as well as, through chemotaxonomy, to identify and quantify the main phytoplankton groups within the community. Phytoplankton samples, subsequently analysed using light microscopy, were also collected and  will be used to compare with and validate the results from chemotaxonomy.
On the other hand, we are also collecting samples towards the identification and cell counts of coccolithophores (calcareous nanophytoplankton). Coccolithophores are key organisms in the carbon cycle, being one of the main oceanic groups responsible for carbon export. Despite being a group typically associated with warmer waters (at lower latitudes), studies have reported an expansion in its distribution towards higher latitudes, linked with ocean warming. Thus, these samples will allow us, at MARE-ULisboa, to evaluate the potential use of coccolithophores as proxies of the expansion of warmer, nutrient-poor water masses from the South Atlantic.

The in-situ work aboard Almirante Maximiano and its subsequent analyses will be used to complement and validate ocean colour satellite datasets for the Northern Antarctic Peninsula, seeking to answer FACT’s main goal: understand the dynamics between phytoplankton and climate variability in this region. However, let’s keep this part of the work for when we return to shore. Until then, there are still many nautical miles to cover before our journey ends.
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Proj.VEGETANTAR2_#05: Acampamento Byers Propolar 2020

21/2/2020

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20/02/2020
Na última semana, o trabalho levou-nos a acampar na península de Byers, Ilha de Livingston, na companhia dos investigadores portugueses do projecto Lichen Early Meter 2 (Paula Matos e Bernardo Rocha). Por ser uma área protegida, esta zona não possui uma base, mas sim um refúgio ao pé do qual se montou o acampamento. As condições de vida nos 5 dias que lá ficamos foram mais exigentes, embora pudéssemos usufruir de alguns confortos no módulo cozinha/sala de estar.
 
Apesar dos muitos kilómetros, terreno díficil, 5 dias sem banho, e exposição a condições meteorológicas adversas, o trabalho previamente planeado foi integralmente cumprido e ainda conseguimos voar zonas adicionais. Foi, portanto, um sucesso!
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Proj.VEGETANTAR2_#04: Faz Calor

11/2/2020

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Vasco Miranda e Gabriel Goyanes, Ilha Livingston, 10 Fevereiro 2020
Muito se tem falado do máximo histórico de temperatura registada na Antártida. Na base de Esperanza os termómetros chegaram aos 18.3º C (dados do Serviço Meteorológico Nacional Argentino)! Por aqui, na base espanhola Juan Carlos I, não fomos agraciados por tão agradável temperatura e no entanto, não ficámos muito atrás. Uns sólidos 12º C foram registados e remeteram para a gaveta do quarto a roupa térmica e casacos que já nos havíamos habituado a usar no dia a dia Antárctico. A temperatura, o céu limpo e a ausência de vento, contribuíram para um dia perfeito de trabalho. Do topo do monte Reina Sofia a visibilidade era tal que era possível ver a Ilha de Deception e a ilha de Smith.
 
Noutros anos, o frio e vento criavam alguns constrangimentos operacionais que não nos afligem este ano. A técnologia não gosta do frio excessivo e por isso, quando no ano passado se ia para o campo, as baterias do drone eram aquecidas junto ao corpo (nos bolsos do casaco) até à sua utilização, o telemóvel (onde se planificam os voos) era envolto numa toalha para não arrefecer em demasia e por vezes nem estes cuidados evitavam o ocasional “problema técnico”.
 
Enfim, as circunstâncias actuais tornam o trabalho mais fácil, mas trazem associadas preocupações referentes às alterações climáticas que se têm verificado com mais intensidade nos pólos.
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Proj. FACT_#01: de volta a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano

7/2/2020

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Afonso Ferreira, Punta Arenas - Chile
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Figura 1: O Navio Polar Almirante Maximiano no cais de Punta Arenas, aguardando a partida para águas mais frias
Passado um ano, eis-nos de volta a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano, rumo à Antártida. O ‘Tio Max’, como é carinhosamente apelidado pela Marinha do Brasil, vai já na sua 11ª Operação Antártica (38ª no total da história do Programa Antártico Brasileiro). E nós, procurando dar seguimento ao trabalho feito em janeiro de 2019, estamos aqui outra vez, agora no âmbito do FACT – Relação entre a dinâmica de fitoplâncton e a variabilidade climática no setor NO da Antártida.

A verdade é que, à primeira vista, pouco mudou. O navio continua a atravessar o Drake imponentemente, os sotaques e ritmos brasileiros continuam a ecoar pelos seus corredores e o feijão preto e o arroz continuam a pautar a nossa alimentação. Embora os projetos de investigação que lideram esta expedição – EcoPelagos e PROVOCCAR, ambos do Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL), sediado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – sejam novos, metade da equipa de investigadores a bordo partilhou connosco as aventuras do PHYTONAP, em 2019 (ver posts referentes ao PHYTONAP no blog das campanhas de 2018/19 do PROPOLAR: http://www.propolar.org/diario-de-campanha-2018-19/category/phyto-nap).
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Figura 2: Mapa do setor norte da Península Antártida, incluindo as Ilhas Órcades do Sul (South Orkney Islands).
No entanto, algo muito importante alterou-se: o plano da campanha. No ano transato, as amostragens focaram-se em quatro regiões ao longo do sector norte da Península Antártica: os Estreitos de Bransfield e Gerlache e os mares de Weddell e Bellingshausen. Este ano, o plano estende-se para além da Península Antártica, até ao arquipélago das Ilhas Órcades do Sul. Este arquipélago é considerado um hotspot de biodiversidade, sendo igualmente um local de elevada produtividade primária. Para além disto, a região entre a Península Antártica e as Órcades do Sul é um local importante de exportação de massas de água de fundo do Mar de Weddell, contribuindo para a circulação termohalina global.

Entre dia 9 de fevereiro e 9 de março, serão realizadas mais de 50 estações de amostragens em águas antárticas, procurando analisar as componentes biológica, química e física da coluna de água. Desde as comunidades fitoplanctónicas a cetáceos, passando pelos macronutrientes e tipos de massas de água existentes na região, o ecossistema antártico será estudado como um todo.
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Figura 3: Puerto Williams (Chile), o último porto antes da Passagem de Drake.
After a long year, we find ourselves again onboard the research vessel ‘Navio Polar Almirante Maximiano’, heading straight to Antarctica. ‘Tio Max’ (‘Uncle Max’ in Portuguese), as the ship is fondly called by its crew, is already on its 11th Antarctic expedition (38th in total of the Brazilian Antarctic Programme). Our goal? Follow up on the work we performed in January 2019, now under the FACT - Links between phytoplankton dynamics and climate Forcing in NW AntarCTica project.
At a quick glance, nothing has changed. The ship still boldly crosses the Drake Passage, the Brazilian rhythms and accents still echo its halls and rice and black bean, staples of the Brazilian cuisine, still headline our meals. While the research projects which lead the expedition – EcoPelagos and PROVOCCAR, both led by the High Latitude Oceanography Group (GOAL), based in the Federal University of the Rio Grande do Sul – are new, half of the research team onboard accompanied us during PHYTONAP, last year (see PHYTONAP posts in last year’s campaign PROPOLAR blog: http://www.propolar.org/diario-de-campanha-2018-19/category/phyto-nap).

Nevertheless, something very important has changed: the sampling plan. Last year, sampling spanned four regions along the Northern Antarctic Peninsula: the Bransfield and Gerlache straits and the Bellingshausen and Weddell seas. Now, the plan goes beyond the Antarctic Peninsula, stretching as far as the South Orkney Islands. The archipelago is a biodiversity hotspot and is characterised by high primary productivity. Furthermore, the region between the Antarctic Peninsula and the South Orkney is an important route of deep-water masses exportation from the Weddell Sea, contributing to the global thermohaline circulation.

From 9th February to 9th March, more than 50 sampling stations will be performed in Antarctic waters, seeking to study the biological, chemical and physical components of the water column. Ranging from the phytoplankton communities to cetaceans, from macronutrient availability to the existent water masses in the region, the Antarctic ecosystem will be considered.
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Proj.PERMANTAR_#05: Gestão Logística (5 de fevereiro)

5/2/2020

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Joana Baptista, Ilha de King George, 5 Fevereiro 2020
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1 Base King Sejong Station
O dia começou com céu azul, sol e uma temperatura que nos permitia roupas mais leves para a visita programada à Baía Collins onde iríamos ver o abrigo construído pelo projeto Polar Lodge.

Equipados, fomos até à praia receber os raios de sol da manhã enquanto esperávamos por Isabel, a embarcação de transporte disponibilizada pelo INACH para a ligação. Após retirada dos blocos de gelo flutuante (brash) que se encontravam junto ao cais coreano com a ligeireza da maquinaria pesada e a perícia do manobrador, iniciámos a nossa viagem.

Da Península de Barton até à praia na Baía Collins, demorámos 15 a 20 minutos, numa viagem sobre um espelho de água azul com os reflexos das arribas projetados. Digo 15 minutos, de forma generosa, porque a viagem pareceu um instante.

Na chegada à praia, saltaram imediatamente à vista os dois pequenos módulos localizados numa pequena elevação abrigada do mar. Um, em tudo semelhante aos pequenos edifícios na Villa de las Estrellas. E, outro com uma forma circular, coberto por tecido preto, mais difícil de associar a qualquer estrutura que tenhamos visto nas redondezas. Ali estava o abrigo do projeto português Polar Lodge. Entusiasmados e curiosos com a estrutura, tivemos oportunidade de visitar o seu interior e permanecer para uma explicação dada por Manuel Guedes e Susan Roaf.

A primeira impressão é referente à temperatura atingida no interior do abrigo, passível de uma permanência confortável. A segunda, diz respeito à disposição que nos transporta para uma tenda mongol, onde os tapetes dispostos no chão combinam mosaicos de diferentes geometrias. No entanto, esta não é uma tenda de cores animadas e tapeçarias multicolores. Para isso, há que observar a paisagem.
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6 - Polar Lodge na Baía de Collins
Feita a visita para observação da infraestrutura e experimentado o seu ambiente, fomos convidados para um almoço na Base Chilena Prof. Julio Escudero na Península Fildes.

Entre garfadas no arroz com ervilhas e carne, foi sendo debatida a hipótese de visitar outra equipa portuguesa estabelecida na Ilha Nelson. Dependentes das condições meteorológicas, definimos uma visita breve, a realizar pouco tempo após o término do almoço.

Embarcados novamente na senhora dos mares, Isabel, partimos, desta vez, para um mar menos azul e mais agitado por força do vento, que salpicava as nossas pequenas áreas de pele exposta.

Após troca de embarcação para desembarque em menores profundidades, chegámos a uma  pequena praia, onde se distribuíam pequenas estruturas de madeira de aparência gasta pelo tempo e várias tendas de cores garridas, espaço de pernoita dos habitantes quase ermitas da ilha.

Reencontrados com Paula Matos, Bernardo Rocha e a equipa checa, fomos levados numa visita pelo local, de história sui generis, acompanhados por um pequeno brinde feito num único copo de uma substância dita caseira. Divididas as nacionalidades, fomos num passeio entre trilhos inexistentes ver aquela que é a praia mais bonita para os habitantes temporários da ilha. Feito o acompanhamento dos trabalhos de campo, regressamos à Base King Sejong Station para a preparação de mais um dia na campanha PERMANTAR.
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7 - Viagem até à ilha Nelson
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Proj.VEGETANTAR2_#03: Primeiros trabalhos

4/2/2020

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Vasco Miranda e Gabriel Goyanes, Ilha Livingston, 3 Fevereiro 2020
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O trabalho de campo com drones está muito dependente das condições meteorológicas. O vento e a chuva impossibilitaram, por isso,  a aquisição de imagens no primeiro dia. No entanto, o dia foi longe de ser um dia perdido. Uma boa prática quando se pretende obter dados no terreno é saber onde os ir buscar e para tal a melhor maneira é fazer um reconhecimento do terreno. O objectivo era chegar a um ponto com boa visibilidade e, por isso, o destino foi o monte Reina Sofia. No tempo restante, aproveitamos para trabalhar no laboratório a fim de se testar o equipamento electrónico e fazer a sua preparação para o trabalho que viria, assim que o tempo nos deixasse.
Não tivemos que esperar muito para haver uma aberta que nos permitisse trabalhar. Ao segundo dia pela parte da tarde as condições reuniam-se para uma sessão proveitosa de voos!

Explicando sinteticamente o processo de aquisição de imagens e seu processamento, pode-se dividir a sequência de trabalhos em 4 fases:
  • Planificação do voo em softwares
  • Execução do voo
  • Aquisição de pontos de controlo via DGPS (gps diferencial)
  • Processamento das imagens no computador para a obtenção  dos mosaicos e dos modelos de elevação

Em suma, agora é só esperar que se mantenham condições para voar e por mãos à obra!
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    DIÁRIOS DE CAMPANHA
    PROPOLAR ​2019-20

    Os relatos ilustrados que publicamos nesta secção, são enviados entre Novembro de 2019 e Setembro de 2020, pelos investigadores dos 15 projetos da 9ª campanha do PROPOLAR.

    ​Carregue no botão para consultar os projetos e a campanha

    PROPOLAR
    2019-2020

    Histórico

    Setembro 2020
    Julho 2020
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