A CAMPANHA
PROPOLAR 2012-2013
Novembro de 2012 a Março de 2013
PROPOLAR 2012-2013
Novembro de 2012 a Março de 2013
Para quebrar a rotina de bombear água entre pinguins e elefantes marinhos e da limpeza e manutenção dos tanques, ontem fomos visitar os vizinhos da base americana Pieter J. Lenie, a.k.a. Copacabana. A desculpa oficial foi a comemoração dos 28 anos da instalação daquela pequena base sazonal. Na realidade fomos captados, juntamente com a Sylwia, o Radek e a Agata, aqui de Arctowski, para os ajudar na marcação de crias de pinguins gentoo com anilhas nas asas/barbatanas. Estas juntam-se em creches e rodea-las com uma rede não é complicado. Já apanhá-las quando decidem correr na lama e guano é outra conversa. A nossa tarefa foi recolhe-los e pesá-los enquanto que colocar a anilha ficou para os especialistas Wayne, Kathleen, Matt, Brette e Ana. Outra diferente actividade desenvolvida em Copa foi a monitorização de moleiros, ou skuas. Acompanhá-mo-los também a capturar os membros de alguns casais com crias para recolher os aparelhos de GPS anteriormente colocados, que lhes vão permitir saber por onde se deslocam para recolher alimento para as crias. Infelizmente, tal como no ano anterior, esta época de reprodução não foi das melhores. Todas estas actividades terminaram com um belo "barbecue" Antárctico (mas nada de espécies locais!!!!) e uns gulosos brownies...
A saída de Livingston estava complicada pois por questões técnicas o barco que era suposto vir-nos apanhar já não o poderia fazer e ficamos todos muito apreensivos.
Entre emails e imensos contactos de articulação com a base JCI (Juan Carlos I), lá foi possível conseguir uma transporte para o dia 17, com o navio oceanográfico da armada argentina Puerto Deseado. Dia 17 amanheceu muito intempestivo e a inviabilizar qualquer possibilidade de subirmos a bordo do navio. Foi por isso com imensa alegria que, ao fim do dia, já na base espanhola JCI, recebemos a notícia de que iriam esperar por nós até à manhã do dia seguinte. Estamos imensamente gratos pelo grande apoio. Dia 18 de Janeiro, por volta das 8h00 da manhã, já estávamos a bordo, que alívio! Fomos muito bem recebidos e durante a curta viagem de cerca de 4h até à ilha Deception tivemos as nossas forças reforçadas com um ligeiro pequeno almoço, recebemos uma visita guiada pelo navio, incluindo uma explicação das várias actividades científicas levadas a cabo a bordo do barco, saboreamos um simpático almoço, e assistimos ainda ao resultado de um trabalho de arraste do fundo marinho com um grupo de investigadores biólogos. A ilha Livingston é impressionante e a ilha Deception é maravilhosa, mas ambas verdadeiramente mágicas. Rapidamente desembarcámos na base espanhola Gabriel de Castilla (GdC) que fica no interior do anel vulcânico que estrutura a ilha. Tem por vizinha a base argentina de Deception, onde ficaram hospedados os nossos colegas do grupo PERMACHANGE A, Alice Pena e Gabriel Goyanes. Estava previsto trabalharmos todos juntos estes últimos dias mas as alterações inesperadas na agenda logística obrigou-os a aproveitar o navio em que chegámos para sair de Deception. Tivemos por isso apenas cerca de 15 minutos para trocar algumas ideias e nos despedirmos. Estávamos todos muito cansados mas ainda era necessário articular as nossas actividades com a logística da base GdC. Os próximos 3 dias previam-se de bastante intensidade de trabalho, saída para o campo dia 19 de Janeiro às 9h30 da manhã, ponto de encontro na praia, junto da zodiac, e já devidamente vestidos com os fatos de sobrevivência! Ana Salomé, Ilha Livingston, Arquipélago das Ilhas Shetaland do Sul, Antártida, 18-01-2013 |
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