ANTIMUNE_#12: A estreia da Cármen na pesca

Carmen Sousa e Pedro Guerreiro,22 Janeiro 2017, Ilha King George

A manhã iniciou-se de uma forma emocionante, com pescaria, de cana e linha, num barco zodiac. A pesca foi bem atarefada entre colocar o isco no anzol, lançar, içar, retirar o peixe e assim sucessivamente. Esta prática para fins científicos demorou cerca de 3 horas, com alguma neve e frio à mistura. A espécie de peixes, que pretendemos, Notothenia Rossii, são relativamente fáceis de pescar porque mordem facilmente o isco, sendo que a maior dificuldade é encontrar uma área onde abunde esta espécie pois são peixes de fundo e vivem próximos das rochas. Já sabíamos, de anos anteriores, os locais mais rentáveis e o balanço final foi positivo, cerca de 20 peixes com a contribuição de, aproximadamente, metade por parte da Cármen. Os chineses também ajudam e o condutor do barco não enjeitou poder pescar! Não pudemos demorar mais tempo, pois temos de ter em conta o número de peixes, stress provocado e oxigénio dentro do tanque para os animais não morrerem, recuperarem e adaptarem-se rapidamente, não esquecendo a disponibilidade do barco que tem estado bem restrita. Ontem já tínhamos conseguindo alguns animais mas ainda precisamos de pescar mais um dia para termos o número suficiente para a experiência delineada.

​Foi espetacular e um privilégio ter pescado pela primeira vez e na Antártida!!!