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DIÁRIOS DE CAMPANHA
DOS PROJETOS PROPOLAR ​2016-17

A CAMPANHA PROPOLAR 2016-2017 ◄

​projetos e atividades
CAMPANHAS PROPOLAR

Desde 2011 a promover a investigação nacional para as regiões polares

ANTIMUNE_#15: Aleluia!

31/1/2017

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Pedro Guerreiro e Carmen Sousa,31Janeiro 2017, Ilha King George
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Finalmente chegaram os nossos equipamentos. Apesar de já termos os peixes acclimatados ao cativieiro e bem alimentados com anfipodes e lapas, não era possível manter condiçoes de temperatura mais elevada porque nos faltavam os termostatos, aquecedores e bombas de recirculação. Hoje tudo isso chegou num voo de Punta Arenas depois de mais um périplo por mares do sul, sobretudo devido aos caprichos do clima, que impediu navios de descarregar e aviões de voar. Let the games begin!
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CIRCLAR #07: Uma bela igreja russa com vista sobre a baía 

31/1/2017

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Sandra Heleno, ​31 de Janeiro de 2017, Ilha de King George
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Exterior da igreja ortodoxa russa.
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Interior da igreja.
​Na baía de Ardley, onde se situa a base chilena “Escudero“, que nos acolheu, encontramos também a base russa ”Bellingshausen”. Um pouco afastada desta, num cume, vislumbra-se a encantadora igreja ortodoxa russa da Antártida. Foi construída em 2002 na Rússia, com madeiras de pinho e cedro siberianos, para no ano seguinte ser desmontada e transportada por terra até ao porto de Kaliningrado, e depois por mar até este local. A reconstrução na Antártida levou cerca de dois anos. A igrejinha de madeira está ligada a uma espessa camada de lavas vulcânicas por estruturas de aço que a estabilizam e permitem que resista às tempestades e ventos fortes que aqui se fazem sentir. Foi entretanto também construída uma réplica na cidade de Valday, na Rússia, para que mais pessoas a possam conhecer. Aqui, é uma experiência muito forte visitá-la: um belíssimo exemplo do que é capaz o espírito humano! 
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HG-PLANKTARCTIC_#03: O dia de Maria

30/1/2017

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Por Carla Gameiro e Tania Vidal, 30 de Janeiro 2017, Ilha Antártica de Deception.
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A equipa Hg-Planktartic a lavar tachos, panelas, travessas, terrinas, molheiras, e finalmente a fritadeira.
​Dia de serviço à Base, no momento com 40 ocupantes. Dia dedicado à limpeza dos espaços comuns como sala de estar, WC’s, corredores, cozinha. Inclui também a preparação das refeições, servir às mesas, lavar toda a loiça usada e deixar a cozinha limpa para a próxima refeição. Fizeram-nos vários pedidos para cozinharmos comida Portuguesa mas não havia o elemento base da nossa gastronomia, o bacalhau, por isso decidimo-nos por um postre (sobremesa). Lembramos de preparar um pastel de nata. É fácil de fazer e tem ingredientes que podemos encontrar em qualquer cozinha (38 ovos, 2 kg de massa folhada, 1 l de leite e 1 l de natas, 800 g de açúcar e 8 colheres de farinha). A reação foi muito boa e podemos dizer que foi um sucesso, o nosso Pastel de Nata “Antártico”. Foi uma jornada de trabalho longa que começou às 7h00 de manhã e terminou bem depois da meia-noite. Dia 29 arrumamos tudo e saímos da base um dia mais cedo.
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50 Pasteis de Nata, made in Base Gabriel de Castilla by Hg-Planktartic team.
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Empratamento do pastel Nata Antártico. Obrigada PROPOLAR por esta oportunidade de espalhar o “açucar” dos Portugueses.
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GEOPERM III_#07: Trabalho de campo II

30/1/2017

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Pedro Ferreira, 30 Janeiro 2017, Ilha de King George
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FOTO 1- Meseta Norte observada de NW para SE
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FOTO 2- vista Sul, a partir do topo da Meseta Norte,
ImagemFOTO 3: Foto captada pela a câmara Cámara N-Oeste do Aeródromo Teniente Rodolfo Marsh Martin/Antártica (PUB) (SCRM), (Fonte: https://www.aipchile.gob.cl)
​O trabalho de campo continua, a maior parte das vezes, na companhia do Pedro Pina e Sandra Heleno que constituem a equipa do Projecto CIRCLAR. A área de estudo preferencial continua a ser a Meseta Norte, que é uma estrutura topográfica bem destacada da morfologia envolvente, apresentando um bordo com uma altitude média de 110m (60m acima das cotas circundantes) (foto 1). Do topo da Meseta as vistas são extensas e belas (foto 2- vista Sul, a partir do topo da Meseta Norte, observando-se muito ao longe os edifícios Chilenos da Península de Fildes (Base Científica, onde nos encontramos, Base da Marinha, Base da Força Aérea e as casas da Vila de las Estrellas), se a visibilidade o permitir (foto 3).

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FOTO 4: duas estruturas subvulcânicas bem individualizadas
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FOTO 5
​As estruturas subvulcânicas, possíveis necks ou plugs subvulcânicos, podem ser facilmente identificados a partir da Meseta Norte (foto 4), o mesmo se verificando para as escoadas lávicas espessas (foto 5).

​A existência de algumas destas estruturas subvulcânicas, identificadas no bordo da Meseta, constituídas por rochas muito compactas e resistentes, de textura afanítica ou microporfirítica (sem minerais visíveis à vista desarmada ou pequenos minerais de tamanho milimétrico que se destacam de uma matriz fina (foto 7), respectivamente) e que originam fragmentos tabulares à superfície (foto 6), poderão ser responsáveis pelo estabelecimento, e respectiva forma, da Meseta Norte. 
​

Escoadas lávicas, com espessuras de vários metros, frequentemente originam estruturas do tipo disjunção colunar (fotos 8 e 9), assim designadas porque formam colunas. Estas colunas formam-se devido à pressão (“stress”) gerada à medida que a lava arrefece - a lava tem tendência a contrair com o arrefecimento, formando fracturas que continuam a desenvolver-se perpendicularmente à superfície da escoada. ​
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FOTO 6
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FOTO 7
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FOTO 10
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FOTO 11
Na baía Collins (onde se encontra a base Uruguaia), no seu bordo Sul, as lavas vulcânicas encontram-se fortemente fracturadas (fracturação predominantemente sub-horizontal), estando essas fracturas preenchidas por material silicioso, sob a forma de jaspe vermelho e verde (foto 10). Na foto 11, é possível observar-se a elevada densidade das fracturas preenchidas.
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FOTO 12
A conjugação da intensa fracturação com a disjunção colunar destas lavas origina uma rede de fracturação tridimensional (foto 12), que com o tempo e a progressão da alteração acabam por formar blocos esféricos (disjunção esferoidal).

​Termino com duas observações, de cariz biológico, realizadas no caminho de regresso à nossa casa (temporária) Chilena: a primeira, a observação da minha primeira medusa Antárctica (foto 13), que desconhecia que pudesse habitar em águas tão frias e, a segunda, um afloramento parcialmente coberto pelo líquen Usnea (o líquen ubíquo aqui, na Península de Fildes) (foto 14); esta distribuição assimétrica deve-se ao regime de ventos desta região, que sopra preponderantemente de Norte, pelo que os líquenes só se desenvolvem na face Sul da rocha, a face menos exposta aos ventos.

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FOTO 13: medusa antártica
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FOTO 14: liquenes do tipo Usnea instalados apneas na face voltada a sul de uma rocha (oposta aos ventos predominantes de Norte)
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GEOPERM III_#06: Panegírico fotográfico à Skua

30/1/2017

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Pedro Ferreira, 29 Janeiro 2017, Ilha de King George
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FOTO 1
É o ser animal com quem mais interagimos. Existem por todos os cantos da ilha, junto ao litoral, no topo das maiores elevações, à porta das bases científicas…

É curiosa e afável, e enquanto estamos a trabalhar no topo da Meseta Norte, onde as há em abundância, aproximam-se bem perto e ali ficam a observar o que fazemos! Se nos demoramos um pouco mais, até sobem o “seu trem de aterragem” e ali ficam, calmamente (foto 1, mas com o trem de aterragem levantado!
Mas com crias ou ovos no ninho é melhor ficar ao largo…
Ao aproximarmo-nos de um ninho, começa-se por ouvir um piar que onomatopeicamente corresponde a um ah-ah-ah!, logo depois associado a uma sucessão de acções que começa com uma descolagem rápida, um voo com uma rota decidida e directa (foto 2), sem escalas, em direcção a nós, os infractores do seu espaço, terminando com uma aproximação frenética às 12 horas, que traduzido de outro modo, significa que vêm direitinhas às nossas faces. No entanto, mesmo em cima do “objecto” sob ataque, nós, mudam repentinamente a sua direcção de voo, afastando-se…(foto 3) para depois voltar à carga (e sempre com o ah-ah-ah bem claro, bem acima das três-oitavas).
Por vezes essa investida feroz, é seguida de uma paragem do seu voo mesmo à nossa frente, olhos nos olhos!! (fotos 4 e 5, mostrando duas perspectivas distintas da mesma táctica da Skua). Igualmente, não observado, mas experimentado e sentido, no cocoruto da cabeça, uma aproximação às 6 horas (vindas de trás, à socapa) com paragem brusca concluída com uma forte bicada (fotos 6 e 7; observem bem o bico das “lindas”!!). Duas foram as vezes de tal acontecimento. No ano passado, enquanto trabalhávamos na Península de Barton, houve a descoberta do contacto em primeiro grau com as skuas, através de uma abordagem, com contacto físico, corpo da skua contra cabeça do narrador, a alta velocidade que…doeu!!
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FOTO 8
As Skuas constituem, juntamente com o Petrel-Gigante-do-Sul, as aves predatórias mais importantes na região Antárctica. Têm cerca de meio metro de comprimento, cor castanha, pondo ovos em Novembro e Dezembro. Pelos locais por onde temos andado, principalmente na Meseta Norte, tem sido frequentemente avistadas crias de Skua. Alimentam-se principalmente de peixes, que muitas vezes são roubados às gaivotas e petréis daqui da zona, com voos picados sobre elas de modo a que libertem os peixes que vão nos seus bicos. Também se alimentam de ovos de outras aves e de crias de pinguins. Igualmente se alimentam de outros animais mortos (necrofagia), como focas, lobos e elefantes marinhos.
 
E, acima de tudo, são aves extremamente fotogénicas (foto 8 e 9).
Vivas à Skua!!!

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FOTO 9 (Créditos: Sandra Heleno)
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GEOPERM III_#05: Rochas Piroclásticas – alguns aspectos destas rochas na Península de Fildes

29/1/2017

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Pedro Ferreira, 29 Janeiro 2017, Ilha de King George
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FOTO 1
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FOTO 2
​Na impossibilidade de andar a seguir os limites das distintas unidades litológicas, não só por questões logísticas mas também, e principalmente, pela estrutura geológica existente na maior parte da região desta península, que é constituída por uma sucessão de escoadas lávicas intercaladas com rochas piroclásticas - fotos 1 e 2, onde são visíveis as referidas intercalações; as escoadas lávicas são mais compactas, com uma matriz mais homogénea, constituindo litologias que são mais resistentes à erosão, ficando em relevo relativamente aos materiais piroclásticos (foto 2); na foto 1, os níveis piroclásticos apresentam tonalidade avermelhada e uma escoada lávica espessa constitui o topo desta pequena elevação.
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FOTO 3: aspecto de uma rocha piroclástica observada no bordo da Meseta Norte, cor castanha, matriz granular contendo blocos de lavas no seu interior
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FOTO 4: contacto entre 2 tipos de rochas piroclásticas com características texturais distintas
As rochas piroclásticas são rochas volcaniclasticas (este termo é utilizado para descrever qualquer rocha clástica ou depósito gerado através de erupções vulcânicas, não levando em consideração os processos remobilização à superfície que eventualmente possam ter afectado estes materiais) formadas pela acumulação de piroclastos (fragmentos) durante as erupções explosivas (foto 3 ; foto 4). Ocorrem principalmente em magmas de composição intermédia a ácida (valores médios a altos de sílica), mas também podem ser produzidos a partir de magmas básicos, mais ricos em magnésio, normalmente ricos em voláteis (principalmente H2O e CO2).
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FOTO 5
As rochas piroclásticas podem ser classificadas de acordo com a dimensão e abundância dos seus fragmentos- cinzas: <2mm; lapilli: entre 2 e 64mm; blocos e bombas: >64mm). Na foto 5 é possível observar uma espécie de brecha vulcânica constituída por fragmentos de distintas distintas formas e dimensões, mas sempre superiores a 64mm, dispersos numa matriz de lapilli e cinzas.
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A foto 6 é um detalhe da foto 4, ilustrando a diversidade de dimensões dos piroclastos e evidenciando as diferenças texturais entre os dois níveis piroclásticos. ​
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FOTO 7
A foto 7 mostra uma pequena sucessão entre níveis mais ricos em blocos e bombas (mais resistentes à erosão), intercalados em bancadas mais espessas onde predominam os lapilli. Nesta pequena sucessão é possível determinar a inclinação das bancadas para NE. ​
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FOTO 8
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FOTO 9
Nas fotos 8 e 9, os fragmentos mais grosseiros têm uma forma mais arredondada e encontram-se dispersos, e em relevo, no seio de uma matriz rica em lapilli – é um exemplo típico de um conglomerado vulcânico. ​
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FOTO 10
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FOTO 11
Na foto 10 observa-se uma grande variedade nas dimensões e formas dos piroclastos, que por vezes atingem dimensões de 1 metro, constituindo um aglomerado vulcânico. Muitas destas rochas piroclásticas podem ser observadas no extremo Sul da baía onde se encontra a base científica Uruguaia, de nome Artigas (foto 11), junto ao extremo SE do glaciar Collins (foto 12).
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FOTO 12
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FOTO 13
Nas paredes verticais do Glaciar Collins (foto 13), ou de qualquer outro glaciar, prevalece o Princípio da sobreposição dos estratos, usado no domínio da Estratigrafia, em que numa sucessão de estratos, cada estrato é mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele que lhe serve de base. Na base dos glaciares é frequentemente observado fragmentos de rochas que foram neles incorporados durante a geração / movimentação dos mesmos (foto 14).
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FOTO 14
​Despeço-me com amizade, e com um companheiro atento (Pinguim Gentoo) que também gosta de rochas!!! (foto 15).
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FOTO 15
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HG-PLANKTARCTIC_#02: A amostragem do Hg-PLANTARTIC

28/1/2017

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Por Carla Gameiro e Tania Vidal, 28 de Janeiro 2017, Ilha Antártica de Deception.
​Depois de passar a primeira noite em Gabriel de Castilla, eis que a equipa do Hg-Planktartic acorda com a bandeira de Portugal içada juntamente com a de Espanha. Nos dois dias seguintes não houve condições climáticas para a nossa equipa realizar a saída de Zodiac que apenas poderia sair da base com ventos menores que 15 nós. Finalmente dia 24 de Janeiro realizamos a nossa primeira colheita de água na baia de Foster em Fumarolas Bay. Este nome é atribuído devido à existência de fumarolas de vapor de enxofre do interior do vulcão, podendo ai a água e os sedimentos atingir os 80 °C. A nossa amostragem consistiu em filtrar o máximo de água possível de modo a obter um concentrado de fito e zooplankton. Para tal a equipa do Hg-Planktartic acoplou duas redes de diferente poro onde na primeira toda a comunidade de zooplankton ficava retida e uma segunda que retia o fitoplankton. No que diz respeito à comunidade de plankton de Deception era um mistério pois não sabíamos que concentração iriamos encontrar. Filtramos com uma bomba submersível 2250 l de água em 40 minutos de colheita até obtermos um concentrado suficiente para todas as nossas análises. De volta ao laboratório, foi necessário um dia e meio para processamos e armazenamos as amostras. No dia 26 de Janeiro voltamos ao campo para nova amostragem apesar do tempo estar no limite do aceitável para navegar. Voltamos ao laboratório por mais dois dias de trabalho. Claro que não poderíamos deixar a base Gabriel de Castilla sem que as duas Portuguesas mais simpáticas da Antárctida fizessem trabalho comunitário como MARIAS J. Não percam as histórias deste dia no próximo post.
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A nossa equipa, Carla e Tânia em plena amostragem
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Estandarte da Base Gabriel de Castilla de 22 a 29 de Janeiro de 2017
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Fumarolas Bay, na ilha de Deception
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Sistema de filtração usado pelo Hg-Planktartic para recolher as duas frações de plankton
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ANTIMUNE_#14: Ano Novo Chinês (Spring Festival)

27/1/2017

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Carmen Sousa e Pedro Guerreiro,27Janeiro 2017, Ilha King George
Último dia do ano do Macaco para dar início ao ano do Galo, que significa paz e felicidade. Para nós o grande galo é que ainda não temos o equipamento! Mas vamos esquecer isso por agora porque é um dia de festa. Este festival é o mais importante do ano na China, similar à nossa festa de passagem de ano. Entre estes dois dias, os chineses fazem todas as tarefas com muita calma e pouco trabalham, caso contrário há a superstição que o novo ano não vai correr bem. Logo, o nosso dia foi tranquilo e com pouco trabalho, mas o jantar foi especial, com muita variedade de comida e bebidas alcoólicas e, claro está, não podia faltar o karaoke. Um dos hábitos que têm é levantarem-se e irem brindar (gambe em chinês) mesa a mesa ou até mesmo um a um e é uma falta de educação não brindar. Uma das bebidas alcoólicas mais famosas tem 52% de álcool e é feita através de uma planta, que neste momento não sei qual é (também não posso pesquisar porque só temos acesso ao WhatsApp) e que tem semelhanças com o milho, mas, que segundo eles não tem semelhança nenhuma !!!??? Esta bebida tem um sabor e um odor bastante forte e é preciso ter muito cuidado porque senão não se fica em boas condições!!! Não me lembro bem!!!!
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Relativamente à comida, há de tudo mas o recorrente é o “dumpling”, uma iguaria típica da
China, oriundo e muito popular na província Guangdong, segundo nos dizem. É um tipo de massa fina com a dimensão de um rissol e que pode ter vários recheios, nomeadamente carne. Nesta época festiva é muito característico comer-se em grandes quantidades. Durante o jantar estavam sempre a sair quentinhos e quanto mais saíam mais se comiam!! A tarefa de os comer com pauzinhos é que nem sempre é fácil, como se pode ver na imagem!!
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Outro momento alto é o karaoke! Quase todos cantam mas como tinha maioritariamente músicas em chinês, era difícil nós participarmos. Mas lá nos conseguiram arranjar algumas
músicas em inglês e pudemos cantar... bem, mais ou menos! Apesar da felicidade esta é uma época para estar com a família na China, um pouco como o Natal para nós, e havia nostalgia e saudades no ar!
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CIRCLAR #06: O tempo é uma montanha russa e o nosso puzzle começa a ganhar forma

27/1/2017

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Pedro Pina, ​27 de Janeiro de 2017, Ilha de King George
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Fig. 1 – A caminho do sítio do costume (Meseta Norte, Ilha King George)
Depois de praticamente dois dias inteiros na base, com uma tentativa frustrada de permeio de ir à Meseta Norte (abortada a meio do caminho por o tempo estar a piorar seriamente), e mais uma manhã em que pela primeira vez me apercebi que estava a fazer contas à vinda, ou seja, contando os dias que ainda faltam para acabar a campanha, lá começou a aparecer timidamente o astro rei.

Assim que acabámos de almoçar, metemo-nos na rua a caminho do sítio do costume. No caminho a coisa foi melhorando, e assim que subimos fizemos logo no primeiro local seleccionado dois voos bem-sucedidos. Só que quando nos preparávamos para mudar para novo ponto, a ventania aumentou grandemente para valores proibitivos acima dos 35 km/h (proibitivos para o nosso drone, para o vento não há limite de velocidade). Sem sobressaltos, mas pensando que já não estávamos a zeros, decidimos esperar um pouco para ver o que viria aí. E o vento não veio mais, foi-se, e foi-se durante um bom bocado, deixando o sol a brilhar em todo o seu esplendor, e que no esplendor do verão da latitude 62⁰ Sul parece ainda mais esplêndido do que em qualquer outra latitude mais baixa. Até por volta das 19h30 foi só gastar baterias, fazendo mais 6 voos.

Foi o melhor dia de campo desde que aqui chegámos! Cheios de tantas novas imagens, não havia meio de chegarmos à base (a 1 h de distância) para começarmos a avaliar o que tínhamos obtido. Mas com o sol já mais baixo no horizonte deu para irmos fotografando as longas sombras, as de cá e as nossas. ​​
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Fig. 2 – Aquisição de imagens verticais pelo drone
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Fig. 3 – Sol e sombras no regresso à base.
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Fig. 4 - Último monte antes da base Escudero.
Chegámos depois da hora do jantar, mas que nos tinha sido guardado, e ainda fomos pôr o computador a trabalhar, e também as várias baterias a carregar. Vimos com satisfação que os novos mosaicos preliminares têm qualidade e pormenor (a maior parte da ordem de cm/pixel, alguns chegam mesmo a mm/pixel) e que se começam a encaixar (sobrepor-se é talvez mais o termo mais adequado) com os dos dias anteriores e que o nosso puzzle (mapa…) começa a ganhar forma (tamanho…). As coisas ainda não estão bem no sítio, pois o gps do drone não é de elevada precisão. Ou seja, os esperados erros de posição que existem serão depois corrigidos com a medição precisa no campo de determinados pontos. Será uma tarefa para um dos próximos dias, assim que tivermos cumprido a maior parte dos nossos voos.

​Depois de nos assegurarmos que os dados eram óptimos é que me apercebi que estava bastante cansado. Ora bem, era bem hora de ir dormir.
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Fig. 5 – Exemplo de mosaico obtido após processamento das imagens individuais (este foi construído a partir de mais de 300, em que o lado do ‘quadrado’ mede cerca de 300 metros).
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GEOPERM III_#03: Trabalho de campo I

25/1/2017

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Pedro Ferreira, ​25 de Janeiro de 2017, Península de Fildes
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FOTO 1 - Área das bases científicas na Baía de Ardley
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FOTO 2
O trabalho de campo pela Península de Fildes tem decorrido a um ritmo heterogéneo, muito pela culpa das condições meteorológicas que têm condicionado esta região. Já houve dias em que foi impossível sair, e outros em que passámos 10 horas em marcha contínua pela península.

​Uma semana se passou desde que aqui aterrámos. Nos primeiros dias, voltámos à zona da Meseta Norte, para confirmar alguns limites litológicos que tinham ficado por terminar, aproveitando a substancial diminuição da quantidade de neve que cobre este ano a superfície desta península (foto 1). Verdade seja dita, que essa diminuição da quantidade de neve é muito mais significativa fora da zona da Meseta Norte, mas mesmo assim existem áreas da meseta descobertas que há dois anos atrás estavam inacessíveis (foto 2). 
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FOTO 3 - “corredor de alteração”
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FOTO 4 - lava vesicular com depósitos secundários de um material verde, não identificado
Em alguns locais no bordo da meseta, observaram-se “corredores” de alteração (com uma largura até dois metros (foto 3) corresponde ao local onde se encontra o martelo, em que os fragmentos de rocha apresentam uma estrutura planar muito mais penetrativa, comparativamente às rochas envolventes (primeiro plano da foto)), onde a circulação de fluídos terá sido mais intensa, alterando significativamente as lavas vesiculares aflorantes (foto 4). ​
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FOTO 5
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FOTO 6
Na periferia da meseta, em que a alteração é mais significativa, os basaltos andesíticos que constituem as escoadas lávicas estão fortemente afectados pela crioclastia (foto 5). Já fora da meseta, na região Sul da península de Fildes, realizámos um trajecto de modo a cortar a estrutura vulcânica segundo uma direcção E-W, ao longo do Valle de Viento (foto 6) e que termina a Este junto à base Chinesa Great Wall (foto 7, Pedro Pina, Sandra Heleno e a base Chinesa ao fundo). ​
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FOTO 7 - Junto à base Chinesa Great Wall, Pedro Pina, Sandra Heleno e a base Chinesa ao fundo.
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FOTO 8
Já junto à costa Oeste da meseta, as dúvidas acerca da inclinação das escoadas lávicas ao longo do Vale  do Viento são esclarecidas com a observação da inclinação para NE (foto 8- inclinação visível no lado direito da foto, com a existência de um filão a cortar toda a estrutura lávica), favorecendo a hipótese das lavas mais antigas se encontrarem no extremo SW da Península de Fildes (zona entre a Punta Irene e Punta Eberhard, que se pretende amostrar nos próximos dias). As estruturas circulares intrusivas (necks vulcânicos) ressaltam bem na topografia da península (fotos 9 e 10; nesta última, visível um filão radial). Concluo com uma observação não geológica: a zona costeira à base Chilena Julio Escudero (Baía de Ardley) tem sido muito concorrida com icebergs e navios (foto 11).
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FOTO 9
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FOTO 10
Nota do autor: Devido à constante divagação por historietas, que o autor destes posts (associados ao projecto GEOPERM III) tem vindo a relatar, e dado o atraso que já leva sobre a realidade actual, o autor decidiu viajar no tempo e descrever a actividade de campo que presentemente se encontra a realizar na Península de Fildes. Com o tempo, há a promessa de colmatação da lacuna temporal assim gerada.
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FOTO 11
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