DIÁRIOS DE CAMPANHA
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Hoje chega o voo fretado pelo PROPOLAR. Nele vêm portugueses mas sobretudo muitos investigadores de outros países. E nele saem também outros tantos, incluindo dez chineses. Este voo é a contribuição portuguesa para a logística antárctica. Nós vamos espera-lo ao aerodromo Teniente Marsh, para receber os Pedros, o Pina e o Ferreira e a Sandra, que ficarão na base chilena Escudero, o António que partirá com os coreanos para King Sejong e a Carla e a Tânia que vão embarcar no Sarmiento de Gamboa com destino à base espanhola Gabriel de Castilla, na ilha Deception. Tirámos as fotos da praxe e os portugueses vão de caminho até à praia de Fildes.
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À base chegaram esta manhã 5 cientistas uruguaios que vão realizar algumas recolhas de água. Junto-me a eles para aproveitar a pesca. Devido ao excesso de lotação a Carmen não pode ir. Seguimos em direção a Fildes atravessando o istmo que liga a Ilha de Ardley a King George... isto seria normal na maré alta, mas a maré está baixa e esta opção obriga-nos a ter de arrastar o barco sobre cerca de 6 metros de gravilha... Uff, parece que afinal a Carmen safou-se de boa.
Ao longe o glaciar da ilha Nelson parece um imenso lençol branco. E aqui as baleias continuam chuuuuufffff...e depois outro chuuufffff... mas temos de voltar pois ainda podemos aproveitar para pescar.
Pelo caminho acompanham-nos alguns pinguins saltitões que podem dar-se ao luxo de brincar enquanto uma foca leopardo dorminhoca se espreguiça sobre o gelo. Pescamos junto à Ilha dos Geólogos, um pequeno ilhote na Baía de Great Wall. Não corre mal e conseguimos cerca de 25 peixes... infelizmente são de duas espécies distintas, ambas de interesse, mas cada uma insuficiente em número para o que queremos fazer... Há que voltar amanhã. Afinal a Carmen perdeu um ótimo dia para estar no mar... ![]() Carmen Sousa e Pedro Guerreiro, 18 Janeiro 2017, Ilha King George Hoje é dia de gala... Há vários dias que se prepara a visita do Ministro da Ciência e Tecnologia da China, com discussões sobre a melhor forma de o receber, disposição de mesas na refeição etc. Desde de manhã que a azáfama é muita mas a hora de chegada vem sendo adiada em função da saída do voo desde Punta Arenas. A receção foi bastante formal, com a pompa chinesa. Cá fora ensaiaram-se coreografias e distruibuiram-se bandeirolas. A comitiva de cinco carros, também eles com bandeirolas, chega já depois do meio dia e encontra todos fardados na praça. Nós acabámos por participar no alinhamento e depois dos discuros, em chines evidentemente, ficar também na foto de conjunto para mais tarde recordar. Este ano a China recebe as reuniões do Tratado Antárctico e parece que esta visita se insere num conjunto de actividades relacionadas. A sua visita teve o intuito de ver as condições gerais, acomodações e falar um pouco com todos, cientitistas e técnicos, mas principalmente com os que vão residir durante o ano inteiro, e de manter contactos com outras bases. Após a visita da comitiva à ilha Ardley, onde se encontra uma colónia de pinguins, o dia termina com um jantar mais esmerado que o normal, cheio de boa disposição e simpatia!! Com mais discursos e cumprimentos, desejos de colaboração e votos de boa campanha.
Hoje informaram-nos, durante o pequeno-almoço, que o dia ía ser atarefado e que precisavam da nossa ajuda na cozinha da parte da manhã e ao final de tarde, do qual nos disponibilizamos prontamente. A nossa tarefa foi descascar, lavar e cortar legumes que passo a especificar: eu fiquei responsável por uma enorme quantidade de um legume que desconheço o nome mas, não é cebolinho nem alho francês e o Pedro ficou com uma responsabilidade mais diversa começando pelas batatas, couve coração, cogumelos, acabando por me ajudar no legume mistério. É de salientar a grandiosidade da cozinha e respetivos utensílios nomeadamente as facas, no qual fizemos de questão de elucidar-vos com algumas fotografia. A compreensão com o cozinheiro foi meramente ilustrativa pois ele só fala chinês, mas, lá nos conseguimos entender, cumprir as tarefas que nos atribuíram e trabalhar harmoniosamente. Entretanto chegou uma cientista chinesa para nos ajudar e, para nossa satisfação, tem umas noções de inglês o que tornou, a partir desse momento, o diálogo e entendimento mais percetível e acessível. Apesar do cheiro a comida estar impregnado na nossa roupa, esta experiência foi bastante engraçada e prazerosa pois nunca tínhamos vivenciado tal função em tão larga escala. Em sinal de agradecimento, ainda tivemos uma oferenda, por parte do chefe de cozinha, que nos cortou uma laranja, muito doce, para comermos. Modéstia à parte, trabalhámos bem em equipa e fomos rápidos e eficientes, o que agradou o chefe. Para terminar bem o dia, finalmente, colocaram o contentor no cais para que possamos começar a trabalhar!
Em Great Wall, como em todas as bases antárcticas, o calçado utilizado no exterior fica à entrada dos edifícios. Muitas têm mesmo uma antecâmara para o efeito. É que dependendo do tipo de investigação e zonas percorridas, as nossas botas podem vir molhadas, por neve, gelo, água ou água salgada, enlameadas, cheias de lodo, com restos de vegetação, com dejectos de pinguim, ou com misturas avulsas destas várias possibilidades. Assim, cada vez que entramos descalçamos, e cada vez que saímos calçamos! E no interior dos edifícios a rotatividade dos chinelos chega mesmo a ser algo desconcertante, e nem sempre os há para todos, com caixas cheias de peças avulsas a aparecer cada vez que aumenta o número de convivas para o jantar. Aqui em Great Wall a nossa rotina diária leva-nos a quatro edifícios: o dormitório, o refeitório, os banhos e o laboratório. Calçamos de manhã, descalçamos para o banho, calçamos para voltar ao quarto, descalçamos quando chegamos ao dormitório, calçamos para sair para o pequeno-almoço, descalçamos para entrar no refeitório, calçamos para sair, descalçamos quando chegamos ao laboratório, calçamos para ir recolher material ou verificar os peixes, descalçamos para voltar a entrar, calçamos para ir almoçar, descalçamos ao entrar no edifício, calçamos para sair e assim sucessivamente até que descalçamos para ir dormir. Uff...!!! Neste processo trocamos de chinelos dezenas de vezes por dia, que passam pelos dois pés dos vários locatários da base... há muitos pares que não estão juntos, e cada um calça o que está mais à mão... ou ao pé neste caso. E nas horas de ponta a quantidade de pessoas a chegar deixa na antecâmara um alvoroço de pares de botas espalhadas pelo chão... quais são quais à saída? Para complicar, o contingente chinês recebe do seu programa antárctico dois pares de botas distintas, mas idênticas para todos... é de facto interessante que não as confundam. Tanto foi o caos que nos últimos dois dias um dos membros da equipa da base criou uma espécie de parque de estacionamento para sapatos, com fita adesiva a delimitar zonas para deixar as botas... Ora é aqui que entra a saga das botas viajantes: as minhas! As minhas botas não têm nada que ver com as dos chineses e no entanto desapareceram logo no primeiro dia de Antarctica. Explico: dia 8, após o almoço, viemos para o laboratório e as botas ficaram à entrada, como deve ser. E quando quis sair... não estavam. Depois de verificarmos com o pessoal e cientistas da base lembrá-mo-nos que por essa hora fomos visitados por um grupo de turistas... chineses... e que provavelmente alguém trocou as botas. Ora agora perguntam vocês como pode alguém não reconhecer as suas proprias botas. Pois, pergunto eu também. Mas parece que pode acontecer... e assim começa a história. Falámos com Alpha Charlie, AC, o nome de código de Alejo Contreras, responsavel da DAP-Antartic Airlines e cicerone destes turistas, que entretanto haviam já partido no voo de volta a Punta Arenas. Et voilá, com a descrição e fotos das botas, AC conseguiu encontrar o distraído “meliante”, recuperar as botas e fazer com que as colocassem num voo de volta dentro de 2 dias. E pronto, pensam vocês, acabou aí a história, com um par de botas extra, sem dono e perdido algures em Great Wall. Pois era bom mas não foi assim. As botas voltaram a King George num voo que trazia mais alguns chineses e AC deixou-as com o chefe da base chinesa para as trazer... para a base. Este, que entretanto tinha à sua responsabilidade os outros chineses em trânsito para a base brasileira Comandante Ferraz, em reconstrução, não percebeu bem as indicações de AC, e levou o grupo de chineses (e às minhas botas) até à praia para embarcarem no navio brasileiro para a Baía do Almirantado, acessível por helicóptero ou 3 horas de navio. Distribui-lhes o equipamento e sem se aperceber, entregou as minhas a botas a um dos operários chineses que havia recebido apenas dois dos três pares devidos. E assim, estas botas foram fazer mais um percurso sem mim, e sem o meu conhecimento... até que AC voltou a Great Wall para recolher as botas deixadas pelo turista chinês (que neste momento continuam por identificar definitivamente...) e percebemos que as minhas não voltaram... Depois de esclarecermos o que se teria passado, contactamos a comitiva chinesa em Ferraz, o chefe directamente, e eu através do interprete chinês-brasileiro da empresa de construção que conheci o ano passado aqui em Great Wall.
Mais algum trabalho de detective, num twist de princípe da Gata Borralheira, e eis que foram novamente identificadas as botas! Mas agora, como as fazer voltar a Great Wall? Eis que num conjunto de coincidências, um helicóptero fazia hoje, dia 13 Janeiro, o périplo entre algumas bases... e assim, ás 15 horas de hoje, 120 horas depois do seu desaparecimento, com quase 5000 km percorridos, entre avião, navio e helicóptero, e com a intervenção de pessoas na Antárctica, América do Sul e na China, volto a reunir-me com as minhas queridas botas!!! A cooperação internacional juntou-se por uma grande causa! O tempo passa e estamos a ficar algo apreensivos quanto à capacidade de levarmos a cabo todas as actividades planeadas durante a estadia. O chefe da base diz-nos que provavelmente só poderá disponibilizar o contentor a 14 ou 15 de Janeiro, o que nos cria alguma inquietação. De facto o navio deixou a baía e rumou ao estreito de Bransfield para fazer algum trabalho de investigação e recolha de dados e amostras... entretanto os restantes materiais que faltam carregar ficaram no cais e nós só podemos ver e esperar. Na realidade começamos a fazer planos alternativos e a re-calendarizar experiências. A verdade é que a investigação na Antárctica, por melhor planeamento que tenha, requer uma grande dose de flexibilidade e vimos preparados para vários cenários. Vamos ter de aguentar mais uns dias. Entretanto esta manhã aproveitámos o bom tempo para um pequeno passeio pelo intertidal perto do estreito que separa King George Island de Nelson Island. Entre as rochas é possível encotrar várias poças de maré que albergam várias espécies de algas e invertebrados como lapas e anfípodes. Fizemos alguns videos e também procurámos por uma espécie de pequenos peixes antárticos que poderão ser bons modelos para futuras investigações. Estes, da espécie Harpagifer antarcticus, vivem entre as rochas e é necessário vira-las na maré baixa para os encontrar. Pela tarde voltámos a Escudero, desta vez para, com mais tempo, falar com Marcelo Gonzalez, director cientifico do INACh, instituto da Antaractico Chileno, e Luis Vargas, outro conhecido e colaborador, professor na Universidade Austral do Chile, que nos trazia alguns materiais desde Punta Arenas. Discutimos a possibilidade de realizarmos algumas actividades conjuntas nesta época e assistimos à sessão de palestras que ocorrem todas as quintas em Escudero. À noite mais um jantar de cerimónia... agora para dizer adeus aos cientistas que vão embarcar no Xue Long, e com a presença do director geral da campanha Antarctica chinesa... e mais alguns discursos. O navio voltou a meio da manhã e carregou a restante carga. Pode ser um sinal de que podemos finalmente começar a instalar os tanques. Não renegámos o convite para visitar o Xue Long. Este quebra-gelos é enorme, com 167 metros de comprimento e 25 de largura e mais de 8 conveses, funciona como porta-contentores e base de helicóptero, e alberga laboratórios de oceanografia, química marinha, microbiologia, climatologia, entre outros. Realmente um gigante, este dragão das neves, a tradução de Xue Long.
![]() Ontem o vento soprou forte todo o dia e as actividades decorreram dentro de portas. Aproveitámos para desencaixotar e instalar e calibrar algum do equipamento de laboratório que trouxemos. Estivemos também a verificar se todo o material que havíamos deixado cá no ano anterior e estava em bom estado. Tudo parece em ordem – as bombas, as mangueiras e os tanques, e também a parafernália de laboratório e alguns reagentes. Mas não podemos avançar muito mais pois o cais continua ocupado. Outra fonte de frustação é a dificuldade de comunicar com o exterior. A ligação de internet está extremamente lenta e apenas conseguimos esporadicamente enviar e receber mensagens por WhatsApp. O email, skype, ou mesmo a navegação em sites estão completamente inacessíveis. Talvez seja pela grande quandidade de pessoas a tentar conectar, pois nestes dias, tal como nós, a maior parte dos cientistas chineses espera para começar a trabalhar no campo e no laboratório. Para ajudar, o google, o gmail e o facebook estão interditos. ![]() Ao final do dia pudemos caminhar um pouco pela orla junto à base e voilá, eis que encontramos o nosso primeiro pinguim da época. Um gentoo, ou pinguim papua. Segue-se grande sessão fotográfica. Estamos no final da época de reprodução e há uma colónia aqui perto, na Ilha Ardley, pelo que é frequente encontrarmos alguns animais isolados nas praias perto das bases. Com certeza iremos ver mais nos próximos dias. À noite temos o jantar de recepção aos recém-chegados, com apresentação melhorada, iguarias várias e direito a discursos emotivos... em chinês e sem legendas! ![]() Hoje passámos a manhã a preparar soluções. Falta-nos algum material, como micropipetas, que deverão chegar no navio espanhol Hespérides, já algo atrasado relativamente ao calendário previsto, e temos de improvisar com recursos low-tech e alguma boa vontade dos cientistas chineses. Durante a tarde tivemos oportunidade de visitar a Vila das Estrelas, a zona habitacional da base Frei da força aerea chilena, e base cientifica chilena de Escudero, na Baía Fildes, a cerca de 2 quilómetros de Great Wall. Mas também aí há demasiada confusão. Está a começar a época para a maior parte dos programas antarticos dos vários países, e Escudero serve como plataforma giratória para muitos investigadores em trânsito assim como apoia e aloja vários que fazem o seu trabalho aqui na península Fildes. Marcelo Gonzalez, um velho conhecido e o actual chefe da base não tem mãos a medir com a quantidade de pessoas e bagagens que chegam e circulam entre aviões e navios – já vimos aterrar o avião da DAP-Antarctic Airlines, os Hercules C-130 chileno e brasileiro e na baía estão ancorados os dois navios brasileiros, Ary Rongel e Comandante Maximiano, o navio chileno Viel, e ainda um navio de investigação fretado e outro de turismo. Falamos rapidamente entre canecas de café e deixamos os detalhes de trabalho e colaborações para outro dia. Fazem-se turnos para jantar na sala de comer e nós voltamos a pé para Great Wall. ![]() Eram 11.30 do dia 8 de Janeiro quando aterrámos em King George Island. Percorremos a pé o trajecto entre o avião e o edificio do aeródromo. Para Cármen é a primeira vez na Antárctica mas este ano há muito pouca neve e não está muito frio o que a surpreendeu. À nossa espera estava o chefe da base chinesa, Dr. Chen Bo, com vários carros – afinal connosco chegaram também cerca de trinta chineses. Na base Great Wall fomos distribuídos pelos vários quartos e enquanto esperávamos pelas bagagens foram-nos explicadas as regras de segurança, horários para duches, etc. Cada um é alojado num quarto partilhado. Calham-nos dois geólogos tailandeses, eu fico com o Pitsa e a Cármen com a Tuk. Fizemos uma visita rápida aos vários edifícios – o dormitório, a cozinha e refeitório, o edifício dos geradores, caldeiras, com banhos e ginásio, o laboratório e a estufa onde crescem alguns dos vegetais consumidos na base – impressionante o trabalho do Dr Chen – médico de profissão e jardineiro improvisado da equipa anterior.
Na base reina grande azáfama pois ao largo está o Xue Long, o navio antártico chinês, e quase todos estão envolvidos na descarga de contentores carregados com materiais científicos e de manutenção da base, víveres, etc. Por outro lado, da estação para o navio são transportadas toneladas de ferro-velho que restaram da reconstrução da base. É bom perceber que existe uma grande preocupação em minimizar o impacto ambiental da base e percebemos que é uma tarefa necessária e demorada, mas infelizmente vai atrasar o início dos nossos trabalhos pois o cais onde pretendemos colocar o contentor com os tanques está ocupado por ferros, cabos, gruas, maquinaria pesada, rebocador e barcaças. Antimune de compras em Punta Arenas! Finalmente chegados, banhados, dormidos e alimentados, é hora de complementar o nosso equipamento com alguns materiais que nao era pratico ou economico transportar... precisamos de uma bomba submersivel, tubagens, válvulas e extensões eléctricas. Deixamos o hotel Endurance (por aqui sao muitas as referencias à exloração antárctica e daqui saiu o navio que resgatou a tripulação de Shackleton) e o primeiro passo é tomar um "colectivo" ate a zona comercial. Estes taxis sao carros de quatro portas que funcionam como mini bus para ate 5 passageiros que vao entrando e saindo e cada viagem custa 450 pesos independentemente do destino. Na loja começámos a recolher o material... com o cuidado de verificar se tudo é compatível entre si mas também com as instalações e tomadas eléctricas da base onde vamos ficar... é que depois não há trocas nem substitutos... um euro vale cerca de 705 pesos chilenos e tantos zeros nao ajundam a converter rapidamente os preços. Uma ferramenta multifunções 31 euros... mangueira 21 euros... bomba...255 euros... e vemos também que por estas partes o "canario" esta bem valorizado... Um canario... calculem voces. Com isto e mais alguns tubos e acessórios juntámos outro volume e mais 25 kilos à bagagem... felizmente os representantes do voo da Antarctica Airlines (sim... existe), que opera o voo fretado pelo programa antártico da coreia do sul KOPRI, dizem-nos que não há problema. Compras feitas temos um dia livre em Punta Arenas. É sábado e há alguma azáfama no centro. Punta Arenas estende-se por uma grande área em paralelo ao estreito de Magalhães... aliás, dois portugueses estão na genese da cidade e do seu sucesso. Fernão de Magalhães, indirectamente por descobrir o estreito, e José Nogueira, que dinamizou o comércio e o tráfego marítimo que trouxe prosperidade a esta cidade de emigrantes... aqui a miscelanea de apelidos croatas, escoseses, espanhóis, portugueses, alemães, etc é evidente. Nos nomes das ruas, nos clubes, escolas e ginásios, nas lojas e sobretudo num dos ex-libris da cidade... o cemitério... com os ciprestes cuidadosamente podados e onde cada jazigo foi construido para ultrapassar o anterior na epoca aurea do comercio através do estreito. Hoje, o turismo, o comércio associado, o entreposto pecuario e as actividades associadas a exploracao de combustiveis fósseis sao o motor da economia. Ao fim do dia jantamos num dos restaurantes que ilustra a quantidade de nacionalidades que por aqui passam em busca de locais tao impressionantes como o Parque Nacional das Torres del Paine... um dos locais emblematicos da Patagonia. Jantamos bem e de faca e garfo porque a partir de amanhã será de pauzinhos.
Domingo 8, 7am. Aeroporto... 9am Antarctica aqui vamos nós. |
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