DIÁRIOS DE CAMPANHA PROPOLAR 2017-18 |
Sandra Heleno, base King Sejong, Antártida, 13 de Fevereiro de 201 Nunca vamos desacompanhados, eu e o Pedro, nas nossas caminhadas na península de Barton. A presença mais constante é a das skuas (ou moleiro antárctico, no português). Normalmente amigáveis e curiosas, transformam-se em verdadeiras “guerreiras” se inadvertidamente nos aproximamos dos seus ninhos, “atacando” em voos picados e persistentes. Também impressionante, apesar do seu pequeno tamanho, é a investida das andorinhas do árctico, não só pelo piar estridente, mas porque não largam o alvo (nós!) durante largos minutos. Estas pequeninas aves, com pouco mais de 100 gr, voam dezenas de milhares de quilómetros na sua migração anual entre o Árctico e a Antárctida. Não admira que defendam ferozmente os seus ninhos: atacam frequentemente as skuas, de muito maior envergadura, e são as únicas aves que se aproximam do nosso drone em voo. Nas praias, o companheiro mais fiel é naturalmente o pinguim. Aqui em Barton podemos encontrar o “gentio” e o “pinguim de barbicha”. Os mais jovens são muito curiosos e sociáveis! Parecem muito interessados em nós e nas nossas actividades, chegando a correr em grupo na nossa direcção! O petrel-gigante é outra ave marinha que avistamos com alguma frequência, normalmente em voo nas zonas próximas do mar. Por vezes encontramos ninhos de petrel no nosso caminho, com crias ainda muito pequeninas. Na nossa experiência o petrel-gigante é um animal calmo: reservado, mas não assustadiço. Mais raro é o avistamento da pomba-antárctica: vimos um casal de pombas uma vez somente, na praia, e para nossa surpresa vieram a caminhar atrás de nós depois da “sessão de fotografia”! Mais uma ave sociável de Barton!
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