Cármen Sousa, 31 JAN 2019, Ilha Antártica de King George Há um cantinho verdejante, onde crescem tomates “cherry”, cebolinho e outras especiarias, denominado estufa ou greenhouse (figura 22). Nesta pequena estufa em forma de casa, a temperatura e humidade estão elevadas, contrastando com as temperaturas baixas lá fora. Aqui se cultivam plantas e fruta, em pequena quantidade, em ambiente controlado. Quando começa a escurecer, já perto das 21h, as luzes de tom rosa e amarelo no seu interior contrastam com a paisagem exterior branca e, ao mesmo tempo escura (figura 23). Simplesmente espetacular!!!
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Pedro Mendes, 31 Janeiro 2019, Base Antártica Muchu Picchu, IRJ O projeto Hydroperma, onde participam os investigadores António Correia e Pedro Mendes já está na base antártida Peruana Machu Picchu. É o segundo ano deste projeto e iremos continuar o estudo do permafrost e de águas subterâneas junto da base.
O António chegou primeiro e começou os trabalhos de avaliação e planeamento; eu (Pedro Mendes) cheguei depois, via marítima, desde Punta Arenas com os investigadores Peruanos Wai Long e Ronald Concha que também fazem parte do projeto. A viagem no barco de investigação Carrasco da Marinha Peruana foi memorável; a travessia passa pelos canais patagónicos e depois tem a temível e lendária passagem de Drake até chegar à Ilha Antártica Rei George. Foram três dias de viagem que, apesar de algum balanço, se fez com tranquilidade. Fui recebido a abordo de uma forma excecional e mais impressionado fiquei quando se ouviu fado em plena ponte do navio enquanto navegávamos e disfrutávamos de um belíssimo café cusquenho. Como foi isto possível? Fácil de explicar: o Capitão Luna, que faz parte da tripulação e acompanhou a construção do navio em Espanha (Vigo), visitou Portugal por diversas vezes e apaixonou-se pelo nosso país!!! Agora é avançar com os trabalhos que o tempo não é muito… José Queirós & José Xavier, 30/01/2019 ![]() As cadeias alimentares marinhas do Oceano Austral podem ser complexas com bastantes presas e predadores envolvidos ao longo de vários niveis tróficos. Os cefalópodes (lulas e polvos por exemplo) são elementos muito importantes destas cadeias alimentares, no entanto, também são bastante esquivos às numerosas técnicas de captura normalmente usadas pelos cientistas. No entanto, os seus predadores são bastantes hábeis em capturar estes animais, dando aos cientistas a oportunidade de estudar estes organismos através dos seus bicos (estruturas que os cefalópodes possuem para se alimentar e que acumulam no estômago dos predadores). Fruto de uma colaboração de vários anos entre o British Antarctic Survey (BAS) e a nossa equipa no MARE da Universidade de Coimbra, todos os anos as equipas de campo do BAS recolhem amostras da dieta dos mais diversos predadores de cefalópodes (ex. albatroses, peixes, focas) e trazem para o seu laboratório. Chegadas ao Reino Unido, entramos nós em acção para analisar as amostras no laboratório e escrever os trabalhos que vão mantendo esta colaboração ativa. E são estes os objectivo do nosso trabalho aqui no BAS, e que decorre sob alçada deste projecto PROPOLAR, (1) analisar as amostras da temporada de campo 2018, (2) escrever os artigos referentes a amostragens passadas e (3) reunir com os nossos colegas Britânicos de modo a preparar trabalhos futuros. O trabalho de laboratório está já finalizado, com bastantes amostras analisadas e que agora vão para o nosso laboratório em Coimbra para serem usadas em diversos trabalhos com os mais diversos objectivos, distribuição de espécies, ecologia alimentar, poluição, etc. Resta então durante o tempo que falta sentar ao computador e com os colegas britânicos para publicar os resultados de missões passadas e reunir regularmente com os responsáveis dos diversos predadores para assegurar que esta colaboração continua por muitos anos. A nossa partida para Inglaterra foi no meio de Janeiro, bem quando as temperaturas no Reino Unido se comparam bem com as da Antártida (principalmente quando vimos de Portugal). A nossa mala leva muito da roupa usada na Antártida, no entanto o espírito de aventura sente-se mais quando iremos trabalho num instituto como BAS, onde muitos conceituados cientistas trabalham diariamente. Colocar as caras, após ler muitos artigos, é deveras interessante! Como jovem cientista, é uma oportunidade única passar uma estadia aqui. Para mais, o BAS fica em Cambridge, numa cidade Universitária onde se respira história a cada esquina...tal como em Coimbra. No primeiro dia, fomos passear pela cidade e o ambiente dos colégios antigos (o José Xavier estudou em Queen´s College, Cambridge), as bicicletas constantes das ruas, os departamentos clássicos onde, por exemplo, Darwin, Watson ou Crick trabalharam... ou institutos inovadores (como o Bill Gates Foundation), tudo é estimulante. Agora, já passado semanas aqui, a sensação de novidade continua. Cada amostra, cada resultado, cada conversa com estes colegas, me diz que o esforço internacional que fazemos para conhecer a Antártida e a sua importância para o planeta vale a pena, incluindo estes organismos chamados cefalópodes que nos ajudarão a decifrar muitas questões cientificas. Laboratory and Writing…everything that Antarctica brought us!The Southern Ocean marine food webs can be very complex, with several preys and predators enrolled in several trophic levels. Cephalopods (e.g. squid and octopus) are key elements in this food-webs. However, they are also very elusive to the numerous capture methods usually used by scientists. On the opposite, their predators are highly skilled in capturing these animals, given to the scientists the chance to study these animals through their beaks (structures that cephalopods use to feed and that accumulate in predators’ stomachs). Result of a long-term collaboration between the British Antarctic Survey (BAS) and our team from the MARE-University of Coimbra, every year, BAS teams collect samples from the diet of several cephalopods’ predators (e.g. albatrosses, fish, seals) and bring them to the laboratory. Arrived at the UK, it’s our turn to work and analyse all the samples in the laboratory and writing the articles that maintain this collaboration alive. And these are the goals of our work here at BAS, and that runs under this PROPOLAR project, (1) analyse the samples collected during 2018 field season, (2) write the articles related with previous sampling seasons and (3) meet with our British colleagues to prepare future works. The laboratory work is completed and with several analysed samples that go now to our lab in Coimbra to be used in several works with different objectives, species distribution, feeding ecology, pollution, among others. For the remain period of this project we will work in our computers together with our British colleagues to publish the results of previous missions and meet regularly with the responsible for the different predators to secure that this collaboration continuous for several years. Cármen Sousa, 28 JAN 2019, Ilha Antártica de King George A rotina, bem como as regras diárias, fui descrevendo anteriormente. Mas, hoje decidi elucidar-vos quanto à alimentação diária. Foi-nos dado 2 taças, 1 copo e pauzinhos para as nossas refeições e no fim de cada uma, cada um tem de lavar e guardar o seu “kit” de refeição (figura 18).
Quase todos nós já fomos a um restaurante chinês. No entanto, as comidas a que temos acesso no nosso país e noutros são mais ocidentalizadas, ou seja, mais adaptadas aos nossos gostos. A comida aqui também considero boa, mas, diferente do que vulgarmente se encontra nos restaurantes chineses. Normalmente ao pequeno-almoço (figura 19) servem tipos de pão chinês, com alguns recheios de ovo, carne ou legumes, noodles, por vezes uns pequenos pães de massa folhada, também com recheio de carne, legumes ou pasta de feijão e ovo. A sopa que costumam servir é de arroz e mais consistente, no qual se se quiser, pode-se adicionar cereais. Pontualmente, o cozinheiro coloca ovos cozidos com casca (é engraçado porque todos descascam o seu ovo), salsichas fritas e houve uma vez que fez um bolo tipo pão-de-ló e um panike com recheio de chocolate. Muito bom e aprovadíssimo!!! Há leite de vaca simples para quem quiser beber, chá em saquetas e café solúvel. O café solúvel, só nós os 3 é que praticamente consumimos. No almoço (figura 20) e jantar (figura 21), o que nunca falta é arroz branco e por vezes noodles para acompanhar, variando entre tofu, pato, borrego, frango, carne de porco e de vaca, camarão e peixe. A comida é, principalmente, guisada e frita, no qual juntam molho de soja, anis, gengibre, pimenta preta, malagueta, sementes de sésamo e óleo e talvez outra(s) especiaria(s) que me possa estar a falhar no paladar. Por vezes temos o tofu, carnes vermelhas e frango laminado salteados com pimentos, cogumelos, cebolinho e/ou bambu. As coxinhas e asinhas de frango costumam ser panadas ou fritas; o camarão é sempre com ovos mexidos e o peixe é servido com legumes. A sopa está sempre presente e também varia, apesar de ter alguma dificuldade em conseguir descrever a sua composição, mas são mais líquidas que as sopas que conhecemos. A que mais gosto, é uma sopa com tomate aos cubos, cebola e ovos mexidos e algumas levam bolas de carne ou tofu, cenoura e afins. Quanto a bebidas, varia de acordo com a disponibilidade: Coca-Cola, Sprite, sumo de pêssego, sumo de laranja. e água. Em dias de festa, seja para dar as boas-vindas, despedidas, aniversários, etc., há uma panóplia de comida e normalmente são colocados em pratos individuais, em cada mesa e, depois cada um vai-se servindo na própria mesa. Fora essas alturas, é disponibilizados para todos em modo self-service e, de seguida, cada um se senta onde houver disponibilidade. Para a maior parte dos portugueses e eu incluída, os chocolatinhos, bolachinhas, rebuçados, bolinhos ou outro tipo de doces ou sobremesas não existem aqui, o que por vezes nos deixa com a sensação de que falta algo!! Claro que é tudo uma questão de hábitos e culturas, a cultura chinesa não é muito apologista de doces, ao contrário de nós, pelo que ficamos pela fruta! Catarina Guerreiro e Afonso Ferreira, 2019-JAN-21, Estreito de Bransfield, Antártida, a bordo do navio polar da Marinha Brasileira " Almirante Maximiano" A nossa aventura na 37ª OPERANTAR, uma expedição co-organizada pelo Programa Antártico da Marinha Brasileira (PROANTAR) e pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), já começou no início de Janeiro, mas só agora conseguimos um pouco mais de tempo (e de wi-fi!) para dar notícias. É com muito entusiasmo que estamos a trabalhar em colaboração com o Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL) da FURG, no contexto do projeto PHYTO-NAP (Phytoplankton response to climate trends in the Northern Antarctic Peninsula) financiado pelo Programa Polar Português (PROPOLAR). A equipa é simpática e competente, e já conta com 15 anos de monitorização do ambiente marinho envolvente à Península Antárctica (para mais detalhes, ler o Special Issue of Deep-Sea Research II, Kerr et al., 2018). Foi no dia 3 de Janeiro que zarpámos de Punta Arenas (Chile) rumo ao sul, no Navio Polar Brasileiro Almirante Maximiano. Depois de atravessarmos os deslumbrantes canais patagónicos Chilenos e Argentinos, chegámos à Passagem de Drake com alguma expectativa de nos depararmos com uma navegação mais difícil, tendo em conta a força das correntes e da ondulação que aqui tipicamente se faz sentir. A travessia até à Península Antártica fez-se, no entanto, sem problemas. O navio balançou um bocado mais, levando alguns dos nossos parceiros de viagem a “marear” ou a refugiar-se durante mais tempo nos respetivos camarotes. Mas os três Portugueses a bordo (imagem 1) resistiram ao balanço, permanecendo despertos e entusiasmados aquando da entrada triunfal na Zona Antárctica, ao atravessar os 60º S. Após entrar em território Antártico, o navio fez uma paragem de logística na Estação Antárctica Brasileira Comandante Ferraz, localizado na Ilha King George. Não desperdiçámos a oportunidade e fizemos uma visita guiada até à estação, junto à qual jaz uma réplica de ossada de baleia Jubarte que ali foi construída com ossos de várias baleias por Jacques Cousteau, algures na década de 1960. Fomos muito bem recebidos na estação Brasileira e ainda tomámos um chocolate quente (muito doce!!) que nos animou o espírito e aqueceu o corpo do frio cortante que estava lá fora. A caminho do Estreito de Bransfield – a primeira região que amostrámos na Península Antárctica – ainda passámos muito perto da Deception Island, uma ilha cuja topografia é marcada pela presença de uma cratera de vulcão. Aos sábados, os trabalhos são acompanhados de música festiva em pano de fundo, porque é dia de churrasco no navio Brasileiro. Nestes dias, o frio de rachar antártico contrasta com o ambiente de samba e boa disposição dentro do navio. São muitos meses embarcados no frio polar para estes marinheiros. É preciso fazer por passar melhor o tempo J Ao longo das próximas duas semanas vamos procurar fazer um apanhado dos principais locais e atividades desta jornada! Até já e saudações do “Tio Max”, como o navio é apelidado carinhosamente pelos marinheiros. ![]() Imagem 7. Cumplicidade a bordo, com a Deception Island em pano de fundo. Da esquerda para a direita: Raquel Avelina (oceanógrafa, Universidade do estado rio de janeiro), Catarina Guerreiro (Geóloga Marinha, MAREFCiências. ID), Renan Lima (oceanógrafo, FURG), Camila Signori (oceanógrafa, Universidade de São Paulo). Cármen Sousa, 27 JAN 2019, Ilha Antártica de King George O navio chinês “Xuelong”, que visitamos na Campanha Antárctica de 2017, embateu num iceberg e uma parte caiu na proa, ao que nos foi transmitido houve alguns feridos, mas não com gravidade e, o governo chinês ordenou o seu regresso à China, como segurança (figura 16 e 17). Entretanto a tripulação do navio veio para aqui, base chinesa e, vão ficar alguns dias. A maior parte deles vai regressar de avião e tem de aguardar…. Por cá a lotação está acima do aconselhado, com pessoas a dormir em colchões improvisados no chão dos pavilhões do edifício do refeitório e laboratório. Até os horários para as refeições agora são por turnos, para evitar demasiada confusão.
Entretanto, já conseguimos terminar as primeiras amostragens e, agora precisamos de pescar novamente para iniciar a experiência principal desta Campanha Antárctica. Infelizmente, com a chegada da tripulação e com esta pequena confusão instaurada, a equipa da base tem andado ocupada e, ao que tudo indica, nos próximos 3 dias não haverá saída para pescar. Voltaremos a aguardar por dias mais proveitosos!! Mohammad Farzamian, 25 JAN 2019, Deception Island, Antárctica This year, the geophysical group of IDL (Prof. Monteiro Santos, Dr. Mohammad Farzamian and Miguel Esteves) developed an automated Electrical Resistivity Tomography (A-ERT) system with a solar panel-driven battery and multi-electrode configuration to install at Deception Island, Antarctica in the scope of the PERMANTAR project in order to study the long-term climatic trend on the ground thermal regime as well as to investigate the impact of the short-lived extreme meteorological events on the soil horizon.
Mohammad Farzamian (IDL/ULISBOA) from the PERMANTAR project travelled to Antarctica with the Spanish Ship Hesperides across the Drake Passage and now started the A-ERT surveys at Deception Island, associated to the existing Crater Lake site of the Circumpolar Active Layer Monitoring Network (CALM-S) and corresponding boreholes of the Global Terrestrial Network for Permafrost (GTN-P). This travel takes place with the support of the IDL director, Prof. Ricardo Trigo and Prof. Monteiro Santos. Cármen Sousa, 24 JAN 2019, Ilha Antártica de King George O material e equipamento, que vinha a bordo do navio espanhol “Hesperides”, já foi descarregado, embora com uma alteração de planos, que condiciona algumas experiências que estão a decorrer com o Pedro Guerreiro, relacionadas com stress (o que é irónico!!), bem como a que ainda temos para iniciar, relacionada com o sistema imunitário. Apesar de já termos peixes para podermos dar início, falta-nos material essencial, como o material de dissecação para ser possível recolher amostras biológicas. Bem, entre a decisão e o plano de como vamos ter acesso ao nosso material, fomos convidados pela equipa da base Chilena “Escudero” para um seminário. Assistimos a algumas apresentações e, também participamos, onde apresentamos (os três) alguns dos trabalhos que têm vindo a ser feitos aqui na Antártida (figura 11). A base chilena fica relativamente perto de onde estamos, a cerca de 30 minutos, a pé. HABEMOS Material!!Yey!!! O tempo de espera terminou!!! Graças à ajuda da equipa chilena da base de Escudero foi possível termos o nosso material o mais atempadamente possível.
Assim, já conseguimos iniciar parte do plano experimental. Os próximos dias prometem ser bem ocupados com amostragens (figura 15)!!! Cármen Sousa, 22 JAN 2019, Ilha Antártica de King George Os dias têm sido de espera e relativamente pacíficos. O contentor está montado no cais e no seu interior o sistema para a o plano experimental já está operacional (figura 9).
Hoje, o Pedro Guerreiro e o Adelino Canário foram à pesca. O aviso da disponibilidade em sair de barco “zodiac” foi tão apressada, por parte da equipa chinesa, que fiquei pelo caminho. Quando me apercebi, já estavam todos no mar e eu em terra! A pesca foi proveitosa, cerca de 60 peixes de 2 espécies antárticas (em 2 horas), o que nos possibilita iniciar com um dos planos experimentais desta campanha. Quando estávamos a reorganizar os peixes por número, tamanho e espécie nos diversos tanques fomos surpreendidos e “atacados” por skuas (pássaros de dimensões consideráveis) que nos fazem lembrar as vulgares gaivotas. As skuas, basicamente, queriam saborear o nosso objeto de estudo e tentaram intimidar-nos, mas, sem sucesso!! No entanto, como uma Notothenia não sobreviveu, nós oferecemos um regalo (figura 10). Mafalda Baptista, CIIMAR, 21 Janeiro 2019 O que vamos fazer?
No Norte da Terra de Vitória, em Cabo Hallett, pretendemos obter dados de base que permitam detectar alterações nos ecossistemas terrestres que possam estar ligadas a futuras alterações climáticas. Focamo-nos nos organismos dos solos - microorganismos, musgos, líquenes e colêmbolos - e em particular nas mudanças nas comunidades biológicas ao longo de gradientes físicos e químicos (como a disponibilidade de água). Por exemplo, um dos grandes focos será o estudo da influência da colónia de pinguim-de-adélia nas comunidades microbianas dos solos, devido às entradas de nutrientes provenientes do guano. Neste evento trabalhamos com o Programa Polar Sul Coreano (KOPRI), partindo da sua estação de Jang Bogo, na Baía da Terra Nova, para Cabo Hallett em Novembro, e com a Antarctica New Zealand regressando à estação neo-zelandesa Scott Base, em Dezembro. Para que serve? O nosso trabalho pretende responder à questão do quão vulneráveis são os ecossistemas da Antárctica num momento em que o nosso planeta está a aquecer todos os anos. É parte de um esforço conjunto para estabelecer uma linha de base de processos dos ecossistemas numa área da Antárctica que será das primeiras a sentir um efeito das alterações climáticas, especificamente devido ao aumento do nível do mar. Esta investigação colaborativa entre vários países proporciona uma plataforma comum de recursos logísticos, análise conjunta de amostras e dados, e intercâmbio de cientistas entre laboratórios. Sabia que... A biodiversidade da Terra de Vitória é muito pouco conhecida. A nossa equipa pretende visitar afloramentos ainda não estudados para determinar quais as formas de vida que lá estão presentes e de que forma se relacionam com a distribuição de outras formas de vida na Antárctica. |
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