Carla Mora, 29 Agosto 2019, Umiujaq, no Sub-Ártico canadiano No dia 26 de agosto, partimos em direção a Umiujaq, no Sub-Ártico canadiano, para estudar a vegetação e as lagoas resultantes da fusão do permafrost, que pontuam a região com águas de inúmeras cores. Por que razão? Quais as suas características físico-químicas? Será o sedimento em suspensão? Diferenças nas comunidades fitoplanctónicas? Qual a representatividade espacial das lagoas de diferentes cores? Estas são algumas das questões que vamos tentar responder com base nos dados de campo recolhidos até 2 de setembro. À chegada ao aeroporto de Umiujaq, que é um pequeno edifício de madeira, fomos rodeados por vários habitantes da aldeia que se foram despedir de familiares que partiram para norte no avião em que chegámos. Muito simpáticos e sorridentes, quiseram saber quem éramos e, ficaram muito impressionados por seremos portugueses. Também nós ficamos impressionados com a simpatia e com os fatos tradicionais Inuíte, em particular dos das mães que levavam os filhos às costas. Quiseram, com muita curiosidade, saber quem éramos e por que razão ali estávamos. Depois de satisfeita a curiosidade mútua, saímos do aeroporto e tínhamos a carrinha do Centro de Estudos Nórdicos (CEN) estacionada à porta à nossa espera. A viagem foi curta, e tivemos a sorte de ser prontamente guiados por uma muito simpática inuíte que se voluntariou para dar uma volta pela aldeia connosco. Ficámos assim a saber onde podíamos comprar comida, onde era o centro de saúde, a câmara municipal, etc… Muitas vezes nos voltámos a cruzar com a simpática Lucy ao longo da nossa estadia e nunca iremos esquecer a sua amabilidade.
Na estação do CEN fomos recebidos pelos investigadores Alexander Matveev e Marie-Amélie Blais e, depois de restabelecidas as energias, partimos na mesma tarde para o campo, pois tínhamos o helicóptero disponível para nos levar para a área de BGR onde realizámos os primeiros levantamentos multiespectrais com o drone.
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