Mafalda Baptista, CIIMAR, 21 Janeiro 2019 O que vamos fazer?
No Norte da Terra de Vitória, em Cabo Hallett, pretendemos obter dados de base que permitam detectar alterações nos ecossistemas terrestres que possam estar ligadas a futuras alterações climáticas. Focamo-nos nos organismos dos solos - microorganismos, musgos, líquenes e colêmbolos - e em particular nas mudanças nas comunidades biológicas ao longo de gradientes físicos e químicos (como a disponibilidade de água). Por exemplo, um dos grandes focos será o estudo da influência da colónia de pinguim-de-adélia nas comunidades microbianas dos solos, devido às entradas de nutrientes provenientes do guano. Neste evento trabalhamos com o Programa Polar Sul Coreano (KOPRI), partindo da sua estação de Jang Bogo, na Baía da Terra Nova, para Cabo Hallett em Novembro, e com a Antarctica New Zealand regressando à estação neo-zelandesa Scott Base, em Dezembro. Para que serve? O nosso trabalho pretende responder à questão do quão vulneráveis são os ecossistemas da Antárctica num momento em que o nosso planeta está a aquecer todos os anos. É parte de um esforço conjunto para estabelecer uma linha de base de processos dos ecossistemas numa área da Antárctica que será das primeiras a sentir um efeito das alterações climáticas, especificamente devido ao aumento do nível do mar. Esta investigação colaborativa entre vários países proporciona uma plataforma comum de recursos logísticos, análise conjunta de amostras e dados, e intercâmbio de cientistas entre laboratórios. Sabia que... A biodiversidade da Terra de Vitória é muito pouco conhecida. A nossa equipa pretende visitar afloramentos ainda não estudados para determinar quais as formas de vida que lá estão presentes e de que forma se relacionam com a distribuição de outras formas de vida na Antárctica.
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