Gonçalo Vieira, Ilha de King George O projeto PERMANTAR – Permafrost e alterações climáticas na Península Antártica Ocidental, está de novo no terreno para mais uma campanha. O nosso objetivo principal é caracterizar o estado térmico do permafrost, a sua distribuição e sensibilidade climática. Para isso, mantemos na região uma rede de perfurações no solo onde medimos as temperaturas até profundidades que superam a dezena de metros. Estes observatórios são acompanhados da monitorização de outras variáveis, como sejam a temperatura do ar, humidade relativa, vento, radiação solar e a neve, quer através de estações meteorológicas, quer usando técnicas de deteção remota. As mudanças no permafrost da Antártida são especialmente importantes pelos seus efeitos na dinâmica hidrológica superficial e nos fluxos de nutrientes, com potenciais impactes nas comunidades vegetais, mas ainda para a erosão dos solos, instabilidade de vertentes e impactes nas infraestruturas. Apesar de ser uma das Variáveis Climáticas Essenciais (ECVs) da Organização Meteorológica Mundial, o permafrost é das mais difíceis de caracterizar, pois é um fenómeno subsuperficial e que muito dificilmente se observa diretamente. Por isso, no projeto PERMANTAR, usamos uma análise interdisciplinar e colaboramos também com outros projetos parceiros financiados pelo PROPOLAR e integrados no novo Colégio Universidade de Lisboa para o estudo de Ambientes Polares e Extremos (Polar2E).
Na campanha de 2019-20, o PERMANTAR tem a equipa financiada pelo PROPOLAR a trabalhar na Base Coreana King Sejong, na Península Barton (ilha de Rei Jorge), onde estamos a continuar os trabalhos iniciados na campanha passada, associados a uma nova perfuração de 13 m que aqui instalámos. Serão estas atividades que daremos conta neste diário de campanha, através dos relatos da Joana Baptista, estudante de mestrado do IGOT, que está comigo (Gonçalo Vieira) até ao dia 12 de fevereiro. Mas as atividades do PERMANTAR na presente campanha, são bastante mais amplas, com as seguintes equipas a colaborar no terreno:
O projeto PERMANTAR 2019-20 não seria possível sem o apoio do Programa Polar Português, Korean Polar Research Institute, Programa Polar Espanhol, Instituto Antártico Chileno, Instituto Antártico Argentino e NSF/USAP (Palmer Station), organizações a quem agradecemos sinceramente. Mais informações sobre o projeto em http://permantar.weebly.com Twitter: https://twitter.com/polar_zephyrus
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