A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
Cientistas do PROPOLAR reencontram-se na pista do aérodromo de Frei. Em pé, da esquerda para a direita: José Xavier, Pedro Pina, Teresa Firmino, Carla Mora, Marc Oliva, Julio Martín, Adelino Canário, Pedro Guerreiro. Em baixo, da esquerda para a direita: Ana Salomé David, Gonçalo Vieira, António Correia, João Pedro Rocha, Vanessa Rei e José Seco. _Os últimos dias na Península Fildes foram passados a terminar as actividades que estavam pendentes. Recolha de amostras de sedimentos próximo de neveiros; recolha de sedimentos sobre os neveiros; abertura de novos perfis, mas desta vez, em neveiros perenes; varrimento com a camera hiperespectral a partir do solo; cartografia geomorfológica de pormenor; e preparação das amostras em laboratório. O dia 25 de Janeiro foi passado a arrumar a carga e a organizar o voo português do dia seguinte. Fizemos vários contactos com as várias bases e navios parceiros, de modo a que todos os passageiros estivessem a postos no dia 26. Do lado de lá da Passagem de Drake, em Punta Arenas (Chile), estava a Ana Salomé, a fazer os contactos e a preparar tudo para que os investigadores pudessem partir para a Antártida no mesmo dia.
Ambos os voos portugueses de 26 de Janeiro correram muito bem! O avião saíu de Punta Arenas um pouco antes das 12h e, pelas 14h estava a aterrar no aerodromo de Frei. Havia já uma enorme azáfama de cientistas na pista, que rapidamente se preparavam para embarcar. O avião ficou na pista durante cerca de 1h. Foram momentos de alegria! Saudar os colegas que acabavam de chegar, reencontrar uma série de companheiros de outras campanhas vindos de programas parceiros e, ainda, verificar que tudo estava a correr como previsto. No total, o PROPOLAR apoiou, com estes dois voos, a deslocação de 72 cientistas e técnicos enquadrados nos programas antárticos da Argentina, Bulgária, Chile, Espanha e Republica da Coreia. O voo chegou a Punta Arenas pelas 17h30 e assim terminou, por este ano, a componente de campo do projecto SNOWCHANGE. O trabalho correu muito bem, com alguns percalços típicos do trabalho na Antártida, mas o balanço foi extremamente positivo. A equipa vai agora passar os próximos meses a analisar os dados recolhidos, contando apresentar os resultados preliminares na Conferência de Ciências Polares que se realizará na Primavera no IPIMAR em Lisboa. Quanto a mim, depois de um curto regresso a Portugal, regressarei à Antártida no dia 8 de Fevereiro enquadrado no projecto PERMANTAR-2, desta vez integrado nas actividades do Programa Antártico Norte Americano na ilha Anvers e Península Antártica. Conto contar neste site as actividades que formos desenvolvendo. A equipa SNOWCHANGE agradece todas as mensagens de apoio que nos foram enviadas e o interesse pelo nosso Diário de Campanha. Gonçalo Vieira, 30 de Janeiro de 2012, Lisboa. O BLOGUE DO PROPOLAR CONTINUARÁ ACTIVO COM POSTS DOS VÁRIOS PROJECTOS ATÉ AO INÍCIO DE ABRIL. 20 de Janeiro de 2012
Neve, gelo e água líquida; afloramentos, blocos, calhaus e cascalho de rocha; musgos e líquenes; solos. São genericamente estes os tipos de superfícies que encontramos por aqui na península de Fildes no verão austral. Eu ia dizer que eram as superfícies que pisamos, mas nem todas elas podem ser pisadas. O impacto humano na Antártida tem de ser mínimo, os líquenes e os musgos são sempre cuidadosamente evitados, assim como os padrões criados à superfície pela dinâmica sazonal do permafrost como, por exemplo, os círculos de pedras. Apesar da primeira impressão sobre a paisagem ser tão abrangente como redutora, quase como em tudo na vida, somente a avaliação diária e em diferentes locais é que nos tem permitido começar a perceber com pormenor a diversidade de rochas e solos, de neve e de gelo, e das espécies de musgos e líquenes. Esta região, apesar de certamente não ser das mais diversificadas da Terra, bio e geologicamente falando, não deixa de ser variada e muitíssimo interessante. A recolha no local de informação representativa sobre estas classes que ocupam a superfície de Fildes, bem como a determinação da sua localização precisa em alguns pontos com o GPS, é bastante importante para depois as conseguirmos identificar correctamente nas imagens de satélite. Pedro Pina, Ilha King George 20 de Janeiro de 2012
Temos saído para o terreno todos os dias de manhã e começamos a ficar um pouco cansados. O frio e o vento constante cansam bastante e nota-se em todos nós que o cansaço se está a acumular de dia para dia. Levantamo-nos às 7h da manhã, tomamos o pequeno-almoço às 7h30 e, pelas 8h consultamos o email e preparamos o equipamento para sair. Geralmente, pelas 9h já estamos a preparar as moto-4 e pelas 10h iniciamos o trabalho no terreno. O regresso à base faz-se por volta das 16h, momento em que almoçamos. Depois disso, vamos para o laboratório organizar o equipamento do terreno e organizar os dados recolhidos. A essa hora do dia, vamos discutindo os trabalhos e o que iremos fazer no dia seguinte. Isto dura até cerca das 20h, momento em que corremos para o jantar. Pelas 21h estamos de volta ao laboratório. Respondemos a emails e tentamos preparar as actividades do dia seguinte e ir analisando os dados que se vão acumulando. Geralmente, pela meia-noite deitamo-nos e dormimos ferrados até ao dia seguinte. O tempo foge. Todos os dias acabamos por alterar os nossos planos, em função daquilo que fizemos e da informação que fomos recolhendo. A cada visita ao terreno, aprendemos novas coisas. Hoje, uma vez que os neveiros perenes ainda estão enterrados por baixo da neve deste inverno, resolvemos abrir um buraco que chegasse até à neve mais antiga. Encontrámos gelo maciço, logo uns 40 cm abaixo da superfície. Passámos cerca de 1h30 literalmente a picar gelo e furámos até cerca de 70-80 cm de profundidade. Sempre gelo maciço. Estamos curiosos com o que estará por baixo e em saber se iremos encontrar algum horizonte com sedimentos, ou apenas mais gelo maciço. Deixámos o buraco aberto e amanhã voltaremos para ir cavar. Trata-se de um neveiro exposto a sul, orientação em que as vertentes são mais frias e onde a neve permanece durante períodos mais longos. Estamos curiosos, mas quase não sinto os braços de tanto picar. Agora, volto ao trabalho. Vou ver se consigo georeferenciar uma imagem de satélite com pontos que medimos hoje no campo. Gonçalo Vieira, Base Antártica Chilena Prof. Julio Escudero 18 de Janeiro 2012
A Base Antártica Chilena Prof. Julio Escudero Julio Escudero é uma base científica do INACH (Instituto Antárctico Chileno) constituída por 4 módulos brancos e de telhado azul, com 2 pisos. O módulo 1 tem 9 quartos duplos com duas casas de banho. O módulo 2 tem a cozinha, sala de estar e 4 quartos duplos. O módulo 3 é constituído por 2 laboratórios e pela sala da chefe de base. No módulo 5 existem laboratórios e 2 quartos, um duplo e outro quadruplo. Nas caves estão as dispensas, tanques de água, a sala de fumadores, bem como espaços de trabalho... Os módulos são confortáveis e quentes. As portas são muito grossas e parecem as de frigoríficos industriais, só que aqui o frio fica do lado de fora. A base dá apoio aos cientistas que aqui fazem trabalho no terreno, mas também serve para dar apoio na logística de distribuição dos cientistas que chegam de avião e que esperam o transporte de barco para chegarem a outros locais na Antártida. Actualmente a base está em obras de ampliação. Está-se a construir um novo módulo que vai permitir a ligação entre todos os espaços, o que vai tornar a base mais confortável. Contudo, por causa destas obras, no dia-a-dia, deparamo-nos com constantes modificações nos acessos entre os edifícios. Por exemplo, para a passagem do módulo 3 (laboratórios) para o módulo 2 (refeições), que até hoje de manhã era muito fácil, pois as portas são uma em frente da outra, agora temos que fazer um percurso épico: descer pela cave, contornar o edifício e entrar na cave do modulo 1, sair da cave e entrar na outra cave do modulo 2 e subir por uma escada interior. Na base estão alojadas cerca de 50 pessoas. Mais de metade pertence à logística por causa das obras. Mas em períodos mais complicados, a base pode alojar mais gente. Por exemplo, durante 3 dias a ocupação superou as 70 pessoas, pois houve um adiantamento nos voos vindos da América do Sul, que traziam cientistas para embarcar nos navios. Uma das pessoas mais importantes na base é o cozinheiro. Em Escudero há um cooker e um ajudante de cozinha. Também há uma senhora que faz a limpeza diariamente. Um Luxo!! A hora das refeições é fixa: o pequeno-almoço é das 7 às 8h, o almoço das 13 às 14h e o jantar das 20 às 21h. No domingo toma-se o pequeno-almoço uma hora mais tarde. Por falar nisso, está na hora de ir jantar... Carla Mora 17 de Janeiro de 2011
Nada de meteorologicamente novo no reino da Antártida, o nevoeiro bastante denso durante quase todo o dia impediu-nos de ir para o campo. Mas não foi mau, pois permitiu-nos logo numa reunião matinal fazer uma avaliação mais detalhada do que já foi feito e do que ainda falta fazer. Continuamos depois, e durante todo o dia, no laboratório a organizar e a pré-processar alguns dos dados colhidos nos dias anteriores de forma a percebermos se, entre outras coisas, a sua representatividade espacial é adequada aos nossos objectivos. É também uma tarefa muito útil para nos ajudar a organizar e a direccionar melhor as actividades dos próximos dias. Já cá chegaram também a Teresa Firmino e o Nuno Ferreira Santos, jornalistas do jornal “Público”, que “Na orelha da Antártida” (http://static.publico.pt/homepage/naorelhadaantarctida/) vão seguramente mostrar um outro olhar desta região austral. Ao fim da tarde aterrou um Hércules C130 das FA argentinas que trazia a bordo mais três membros do projecto PERMANTAR-2, o português Miguel Cardoso, o argentino Gabriel Goyanes e o suíço Antoine Marmy, que nos trouxe um chocolate lá da terra dele. Estivemos com eles aqui na baía de Fildes, durante uma meia hora, antes de embarcarem para o navio Canal Beagle que os levará até à ilha de Deception onde se instalarão na base argentina Decepción para desenvolver as suas actividades. Não se assustem, a embarcação da foto serviu só para os levar até ao navio que está fundeado a meio da baía. Não faltam portugueses por estas bandas. Pedro Pina. 16 de Janeiro de 2012 Hoje o tempo esteve impecável todo o dia! Finalmente um dia de sol que nos permitiu trabalhar no campo com algum conforto. Apenas o vento estava moderado e dificultava o trabalho nos pontos mais elevados. Aproveitámos para sair pelas 9h em direcção à Meseta Norte. No caminho, encontrámo-nos com a Vanessa Rei que veio da base uruguaia para nos acompanhar no trabalho de campo. Estacionámos a base do GPS e demos inicio ao levantamento dos tipos de neve com o objectivo de validar as imagens de satélite. Voltámos à base pelas 16h para almoçar e voltar ao laboratório para trabalhar. Ao final do dia chegaram a Teresa Firmino e o Nuno Santos, do jornal Publico vão ficar em Escudero até ao dia 26/01. Participam na missão enquadrados no Programa Polar Português e vão dar uma outra perspectiva acerca da ciência e da logística polar. A partir deste fim-de-semana está disponível no site do publico o blogue "Na orelha da Antártida" que vão actualizando diariamente. Gonçalo Vieira, Base Antártica Chilena Prof. Julio Escudero, Ilha de Rei Jorge Hoje tivemos uma manhã de sol radioso. Fomos fazer o reconhecimento geomorfológico do sector que ainda nos faltava conhecer na área sul da península Fildes. Trata-se de uma área com relevo mais movimentado, constituída por basaltos e com vários lagos com tonalidades de azul, rodeados por áreas com tons amarelos e castanhos. O contraste é espectacular. Do limite sul da península conseguimos ter uma grande panorâmica sobre glaciar da ilha Nelson. Já quase no fim da caminhada recebemos pelo walkie-talkie uma mensagem enigmática da base que nos
dizia para regressarmos de imediato. Ficámos espantados e pusemo-nos a caminho. Quando chegámos ficámos a saber que havia um alerta de tsunami. Durante a manhã houve 1 sismo com magnitude 6.6 próximo da Ilha elefante e a 10 km de profundidade. Por causa do alerta tivemos que ficar à tarde na base. O tsunami acabou por não acontecer, mas aproveitámos para trabalhar no laboratório e planear o próximo dia de campo. Fildes 15 de Janeiro 2012 Carla Mora 14 de Janeiro de 2012 Hoje de manhã, esteve aqui na Base Escudero o Presidente do Chile, Sebastian Piñera, que está em visita oficial à Antártida, acompanhado de um ministro do governo chileno e de várias patentes militares. Tivemos a oportunidade de o cumprimentar e de assistir logo de seguida a uma apresentação feita pelo presidente do INACH, José Retamales, para a qual fomos convidados, sobre as actividades e interesses científicos do Chile neste continente. Depois, numa breve sessão de esclarecimento, as questões tenderam essencialmente para aspectos geoestratégicos e de reclamações territoriais. O Chile é um dos 8 países que têm pretensões territoriais na Antártida, reclamando uma fatia (literalmente) que apanha toda a península Antártica e parte do continente Antártico até ao Pólo Sul. Foi muitíssimo interessante assistir, de fora, a todos estes aspectos não científicos e à forma como os temas são analisados. O presidente do Uruguai também chegou ontem aqui à ilha de King George em visita oficial, penso que parcialmente coordenada com a do presidente chileno, por isso a ilha tem tido um movimento anormal de pessoas, barcos e helicópteros. Acho que esta não usual manhã nos permitiu descansar um pouco do cansaço acumulado dos últimos dias. Mas Antártida sem saída para o campo, não é Antártida. Depois do almoço, e estando o tempo muito razoável, fomos colocar a base do GPS lá em cima na Meseta Norte, para durante uma boa meia dúzia de horas, recolher a coordenada do ponto que servirá de referência durante os nossos próximos dias de trabalho. E depois do jantar, fizemos finalmente a nossa primeira saída nocturna (ainda que totalmente de dia) para recolhermos o GPS. Aliás, a cerca de 62ºS de latitude e nesta altura do ano do verão austral, a noite dura cerca de 4 horas, mas sendo escura como o breu em cerca de somente um par de horas. Voltámos cedo, nem onze horas eram ainda. Pedro Pina Vanessa Rei na partida para a base uruguaia Artigas 13 de Janeiro de 2012 Amanheceu tal como anoiteceu. Nevoeiro denso e frio, mas uma quase ausência de vento. Passámos a manhã atarefados no laboratório a organizar os dados recolhidos ontem e a responder a emails. Aproveitei a manhã para trabalhar num manual detalhado para um grupo de estudantes meus que, inseridos na campanha Argentina, irão para a ilha Deception dentro de alguns dias. Quando estavamos a acabar de almoçar, chegou à base a investigadora portuguesa Vanessa Rei que estava no navio Aquiles na baía desde madrugada. A Vanessa está a fazer o doutoramento sobre cooperação na Antártida e vai também começar a colocar posts no blogue em breve, no quadro do projecto COOPANTAR, também do PROPOLAR. Foi excelente revê-la. Estava radiante e com muitas estórias sobre a estadia no navio chileno Aquiles sobre a travessia da Passagem de Drake. Via-se bem que era a sua primeira vez a pisar terreno Antártico. Esteve conosco cerca de meia hora e saíu no veículo todo-o-terreno da base uruguaia, pois é lá que vai ficar até ao dia 26 de Janeiro. A seguir ao almoço voltámos a atacar a nossa área de trabalho na Meseta Norte. O nevoeiro mantinha-se, mas era urgente verificar os miniloggers que tínhamos instalado para medir a temperatura de neve. Tinham sido enterrados a cerca de 10 cm na neve, mas com as temperaturas positivas, a chuva que tem caído e ainda com o nevoeiro, a neve está a fundir rapidamente. Por isso, corríamos o risco de ficar com os miniloggers expostos à atmosfera, o que não iria resultar em temperaturas da neve correctas. Quase todos os sensores estavam à superfície, pelo que a visita ao local foi muito importante. Voltámos a enterrá-los. A orientação no terreno foi sempre feita à custa do GPS, pois o nevoeiro estava muito cerrado. Quando iniciámos o regresso, começou a nevar fortemente e a viagem de moto-4 para a base foi feita a sentir a força da neve na cara. Estamos agora novamente no laboratório a tratar de organizar uma série de coisas atrasadas. Eu ainda tenho uma enorme quantidade de relatórios dos meus alunos da UL que trouxe no ipad e que tenho corrigido aos poucos nos tempos livres. Prepara-se por aqui a visita de amanhã dos presidentes do Chile e do Uruguai e a azáfama é grande. Contudo, com o nevão que está a cair e com a fraca visibilidade, é provável que o avião não consiga aterrar. Gonçalo Vieira, Base Antártica Prof. Julio Escudero, ilha King George. > IMAGEM AO LADO: Medição dos cristais granulares de neve que ilustram o processo de metamorfismo desta Hoje o dia amanheceu mais calmo. Céu pouco nublado, com boas abertas, que permitiram fazer fotos deslumbrantes. O vento manteve-se moderado de NW, o que permitiu ter um bom dia de campo. Aproveitámos as boas condições meteorológicas e fomos cedo para o campo. Passámos o dia a caracterizar perfis de neve. Observámos diferenças interessantes na estrutura e densidade da neve relacionadas com a exposição, declive e posição topográfica. O dia de trabalho foi intenso e longo porque queríamos ter os neveiros caracterizados e recolher os dados para o cálculo da densidade da neve e do snow water equivalent. Os dados recolhidos vão servir para validar os registos de 5 imagens de satélite que encomendámos para o período da campanha. Tratam-se de imagens de radar do TerraSAR-X e do Envisat que vão permitir identificar a cobertura e as características da neve. A primeira imagem vai ser registada hoje; daí a urgência na recolha dos dados. Usamos imagens de satélite radar porque as características da superfície são registadas mesmo com cobertura nebulosa, que nesta área é praticamente constante. Depois do jantar na base, fomos à base russa ver pequenos filmes e fotos dos colegas búlgaros que lá estão. A base é muito simpática e acolhedora e foi interessante conhecer outros investigadores que lá estão instalados. Carla Mora |
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