A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
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Novembro de 2011 a Abril de 2012
Dia 11 Dezembro 2011 Como era domingo levantámo-nos uma hora mais tarde. A fiesta partiu a louça, ficámos de rastos e o chefe de base deu ordem para atrasar a alvorada. Desculpem mas os pormenores da festa ficam no segredo dos deuses da Antárctida. De manhã o destino era um pequeno lago um pouco mais a sul do rio Mecon, Ravi juntou-se à caminhada. Ravi é capitão de infantaria, e meu companheiro de camarata. De todos os militares ele é capaz de ser o que melhor conhece a ilha e por isso é tão requisitado quando os cientistas precisam de se deslocar a pé para outros locais da ilha. Este percurso era canja para ele, e aproveitava para tirar fotos enquanto eu trabalhava na recolha das amostras de gelo, água e sedimentos. A sobremesa do almoço desse dia foi memorável. O cozinheiro fez um bolo de anos delicioso de chocolate para comemorar o meu dia de anos. Beatriz, 1º sargenta especialista em transmissões fez um boneco de mim mesmo para decorar o topo do bolo e ainda tive direito a um regalo oficial. Um relógio com o símbolo da base. Serviram champanhe e fizemos um brinde. Que momento! Chema e Alex, militares especialistas em motores ajudaram-me com as bóias e as poitas para voltar a instalar 3 dispositivos no mar de Murature. Estes dispositivos chamam-se DGT's têm uma membrana gelatinosa que absorvem os metais dissolvidos no mar. Depois de estarem em contacto com água da baía por 2 dias, são levados para Lisboa e permitem-nos medir a concentração e especiação dos metais dissolvidos na água da baia de Deception Island. Desta vez iria bem apetrechado com sacas de areia, cordas e boias do exército para evitar novamente imprevistos. Chema e Alex estavam bem dispostos com o almoço e escreveram em cada bóia "João" e "André 25", o número do meu aniversário. Depois de tudo pronto partimos para Murature e depois de instalar os DGT's fomos de Zodiac espreitar uma praia ao lado. "Mira el arbor de navidad". Chema estava-se a referir à rocha mais famosa por estas bandas, tem uma forma incrível extremamente parecida com uma árvore de natal. O mar estava calmo e o sol por vezes espreitava, a disposição festiva do almoço ainda reinava e fartámo-nos de tirar todas aquelas fotos tipo "olhó turista" enquanto caíam flocos de neve. Depois de voltar, ainda fui ao Mecon retirar as amostras diárias de água. O leito do rio estava quase seco provavelmente devido às baixas temperaturas desse dia, as mudanças no vale do Mecon continuam fascinantes. André Mão de Ferro Os comentários estão fechados.
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Março 2012
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