A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
A festa de mascaras do dia anterior durou até às tantas e acabou com todos a colaborarem na arrumação da bagunça e a pôr a mesa do pequeno almoço para o dia seguinte. Um gesto de amizade e de companheirismo para com os pobres "marias" desse dia que tinham trabalho redobrado.
Depois do pequeno almoço parti com Beatriz, a Sargenta 1º especialista em transmissões até Collado Vapor, a norte da base argentina e a meio caminho até às colónias de pinguins. O objectivo era tirar amostras de vegetação e encontrar equipamento que o Gonçalo Vieria tinha instalado nessa zona. Como estava a nevar aproveitei para levar tubos extra para se possível recolher amostras de mais neve fresca. A praia até à base Argentina estava coberta de branco e o caminho até ao topo de Collado Vapor foi feito debaixo de muita neve, chuva, vento e claro de uma satisfação enorme por encontrar aquelas paisagens impressionantes. A campanha do Contantarc estava a chegar ao fim e tentei apreciar cada minuto naquelas montanhas pintadas de preto e branco. Pela tarde, os DGT's instalados na baia precisavam de ser retirados. Parti com a mochila e com o Viking vestido. Havia cinco DGT's instalados na água, o primeiro estava a sul da base a cerca de um quilómetro e meio, e os restantes distribuídos para norte a cerca de 500 metros de distância entre si. A tarde foi passando e por fim cheguei ao último DGT. O vento acalmou e contemplei a paisagem. Mesmo ao meu lado estava de foca de Weddell que tinha passado despercebida aquele tempo todo. A sua pele tinha um padrão muito parecido com as rochas que compunham a praia, estava perfeitamente camuflada enquanto dormia a sesta. A reunião diária com o chefe começava daí a instantes e não havia tempo a perder. Durante o caminho de volta cruzei-me ainda com pinguins, ossos enormes de baleia e uma skua que descansava à beira da água. Na reunião o chefe perguntava-me como tinha corrido o dia, "Óptimo!", e quais eram as minhas necessidades para o dia seguinte, "Nenhumas...". A resposta era curta mas tinha peso, o silencio e o sorriso cúmplice del Jefe indicou-me que não era preciso ter dito mais nada para ser compreendido. A recolha de amostras tinha acabado, assim como o trabalho de campo e a despedida estava próxima. Já só faltava empacotar as amostras, arrumar o laboratório e fazer a mala para o regresso a casa. Os comentários estão fechados.
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Março 2012
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