A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
A viagem no AP-41 Aquiles começou na segunda-feira, 9 de Janeiro de 2012, pelas 08h00. Já estava alojada no navio desde Domingo à noite, pelo que às 06h15 acordei com um apito estridente, que vim a perceber que era uma forma de comunicação no mar... Tomei o pequeno-almoço (pão com manteiga e chá) e um comprimido anti-enjoo, para garantir que seria uma travessia pacífica!
A travessia do Estreito de Magalhães foi muito tranquila, sempre com uma vista fantástica. De um lado e do outro do navio, as montanhas acompanhavam-nos silenciosamente, certificando-nos que ainda estávamos no Estreito! A seguir ao almoço, outro comprimido e uma bela sesta, apenas quebrada pela voz que no radio dizia: “Aténcion pasageros, vamos a empezar a cruzar El Drake”. Sentiu-se um movimento diferente no navio, mais forte, mas graças aos meus comprimidos maravilha, continuei a dormir!A bordo, embora estivéssemos num navio militar, não pude deixar de pensar no Love Boat e isto porquê? Não é que as pessoas estivessem enamoradas, nada disso, mas pelas origens, destinos e objectivos tão distintos que foi inevitável associar a uma daquelas histórias que animavam as tardes dos idos anos 80. Senão vejamos: - Uma equipa de 30 elementos (militares e civis - Instituto Antártico Equatoriano) que iam preparar a base do Equador para que possa estar em funcionamento todo o ano. A acompanhá-los viajava um escritor equatoriano cuja missão consistia em recolher dados para escrever um livro sobre os 25 anos da presença daquele país no “continente branco” e quatro investigadores venezuelanos. - Duas estudantes de artes que estavam a realizar um filme sobre a Antártida. - Uma nadadora chilena, Julieta Nuñez, que procurava bater um recorde pessoal nadando nas águas geladas de Baía Paraíso. - Jornalistas que acompanham a Armada e que preparavam a chegada a bordo do Presidente chileno, Sebastian Piñera. - Um elemento do Rotary Clube de Santiago, que acompanhava duas crianças numa viagem prémio à Antártida. - Militares chilenos que viajavam para as bases. - Uma professora e uma aluna da Universidade do Chile que viajavam em turismo, visitando as bases. - Uma equipa de investigadores ligados ao INACH, que iam realizar um projecto relacionado com a contaminação ambiental em torno das bases permanentes. A travessia do Drake foi muito tranquila para mim (sempre a dormir, vá) e na quarta-feira, dia 11 de Janeiro, chegámos à Antártida, à ilha de Greenwich, para deixar o grupo de equatorianos. Porém, estava muito vento e o desembarque foi impossível, pelo que tivemos de permanecer ancorados ao largo da ilha durante dois (longos) dias... Na sexta-feira, 13 de Janeiro, cheguei finalmente a Fildes, à Base Artigas, com uma curta passagem pela Base Escudero (chilena), onde pude encontrar a equipa do SNOWCHANGE e falar português! Vanessa Rei Os comentários estão fechados.
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Março 2012
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