A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
05/JAN/2012
Chegámos à ilha de King George por volta do meio-dia local (menos 3 horas do que em Portugal) depois de um calmo voo de aproximadamente 2 horas desde Punta Arenas. A equipa do projecto SNOWCHANGE viajou num voo fretado pelo INACH em conjunto com investigadores polares de outras nacionalidades e programas polares. Assim que saímos do avião, e neste meu primeiro contacto antárctico, deu logo para perceber como é o tempo por aqui: céu permanente nebulado, temperaturas baixas, bastante ventoso. Os nossos amigos chilenos trouxeram-nos da pista de terra batida onde aterrámos na Península de Fildes até à base chilena Presidente Escudero (são os módulos do meio de tecto azul lá atrás na foto junto à neve) onde ficaremos instalados nas próximas 3 semanas. Indicaram-nos os nossos aposentos, pequenos mas cómodos quartos partilhados por 2 investigadores. A arrumação dos quartos é da responsabilidade dos seus utilizadores mas, ao contrário do que se passa noutras bases, não é necessário fazer de ’maria’, ou seja, ter de limpar e arrumar toda a base durante um dia pré-determinado. As refeições são também preparadas por dois cozinheiros, o que nos liberta tempo para as actividades científicas. Passámos o resto da tarde a conhecer a base, constituída por vários módulos, a desempacotar o equipamento científico que trouxemos e a preparar e instalar o nosso laboratório informático onde analisaremos e trabalharemos os dados que formos colhendo no campo durante a nossa campanha. Demos ainda um pequeno passeio até à praia onde a sorte de principiante nos esperava: o primeiro pinguim que vimos e fotografámos foi logo um pinguim-rei que parece não ser dos mais comuns por estas paragens. A este primeiro calmo, e anormal, dia antárctico, seguir-se-ão já amanhã as primeiras saídas de campo de reconhecimento, para a zona sul da península de Fildes. Eu, Pedro Pina, participo pela primeira vez numa campanha polar no hemisfério sul. O meu interesse principal em realizar estudos nestas regiões é de os poder utilizar como referência em estudos de análogos planetários, ou seja, de poder melhor conhecer determinadas estruturas estudadas remotamente nas superfícies planetárias do sistema solar e quais os processos associados à sua formação e evolução, com o estudo de estruturas análogas que ocorrem na Terra, com deslocações aos próprios locais. Pedro Pina Os comentários estão fechados.
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Março 2012
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