A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
16-01-2012
Nesta base aprende-se muito sobre o espírito de equipa que a Antárctida impõe nas almas que se dispõem a vir aqui. Começamos com coisas pequenas, todos os dias búlgaros e portugueses degladiam-se para ajudar o nosso cozinheiro a preparar a refeição. Ao começar a refeição não faltam os brindes e as saudações entre todos. O elogio ao cozinheiro/chefe de base Koko nunca é obrigatório, mas nesta mesa (na qual portugueses nunca se sentam juntos, mas sim no meio dos búlgaros) já se bateram palmas pela qualidade dos petiscos. Apenas a sopa de estômago com leite custa um pouco a descer. No trabalho de campo os búlgaros dispõem-se sempre para nos facilitar a vida. O DGPS que usamos para registar o movimento do solo pesa uns quilos valentes e sempre que eles percebem que temos de o levar para campo pegam nas malas e levam carga e pessoas nos skidoos monte acima. Afinal as nossas áreas de estudo ficam perto dos 200 metros de altura. Por norma, são eles que nos guiam por qualquer incursão para o interior de Livingston e uma saída de trabalho nossa (mesmo que só de uma pessoa) exige o acompanhamento de nunca menos de dois búlgaros e dois skidoos, todos os existentes na base. Logisticamente, é um grande esforço da parte dos nossos amigos. Quando há trabalho na base, reparações ou limpezas nós ajudamos sempre. Nunca nos impuseram trabalho doméstico, mas sempre que pudemos fazemo-lo. Afinal, este trabalho na Antárctida só é possível devido à existência desta base e a muito trabalho que outros fizeram antes durante 20 anos. Esta é precisamente a 20ª missão búlgara e muito nos orgulhamos por poder estar aqui com eles neste marco. Os portugueses já fizeram 3 jantares aos búlgaros inclusive, e os bitoques, bifes com molho de vinho branco e polvo no forno foram muito apreciados. Entre equipas portuguesas há também um grande apoio e cumplicidade, os dois colegas do projecto Penguin voluntariam-se sempre para ajudar no que podem e são grandes companheiros de trabalhos exteriores. E quando há desembarques na praia, de carga ou pessoas, não se distingue nas pessoas imersas na água gelada quem tem cara búlgara ou cara portuguesa. Não admira, todos ostentamos fartas barbas que ajudam a proteger do frio. João Agrela, Ilha de Livingston
Aldina
29/1/2012 12:58:26
Bom Trabalho João!! Os comentários estão fechados.
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