A CAMPANHA
PROPOLAR 2012-2013
Novembro de 2012 a Março de 2013
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Aproveitámos a manhã para adiantar trabalho de laboratório e peneirámos algumas amostras de sedimento. Entretanto o wifi, que já era muito debilitado, deixou de funcionar de todo. O único meio de comunicação com o resto do mundo é feita a partir de dois antigos computadores de secretária que estão no laboratório de microbiologia. Têm ligação por cabo e felizmente funcionam, ainda que a velocidade de ligação relembra os anos 90. Depois de fazer login na conta de email sobra perfeitamente tempo para ir fazer chá, para bebe-lo e para devolver a caneca na cozinha antes que a conta de email abra finalmente. Tal como mais vale tarde que nunca, neste caso, mais vale pouca internet que nenhuma. À tarde fomos amostrar o rio novamente e logo de seguida fomos em direcção à baía de Fildes para retirar os dispositivos DGT que foram colocados 2 dias antes. Graças ao INACH que nos emprestou umas botas de borracha, ou melhor, umas jardineiras de borracha (são botas até à barriga presas com suspensórios), conseguimos entrar na água e retirar os dispositivos facilmente. Contudo, não conseguimos localizar um dos dispositivos que colocámos porque surgiram dois obstáculos que nos dificultaram a missão: a maré baixa está 30cm mais alta que há 2 dias atrás, e as pilhas do GPS pifaram e não sabemos a localização exata dos locais de amostragem. Será escusado dizer que, apesar do aparato de bases aqui em Fildes, não há uma loja de conveniência. Aparentemente, aqui na base existem pilhas recarregáveis, mas o chefe de base já nos tirou o cavalinho da chuva porque o carregador das ditas cujas ficou em Punta Arenas a modos que, a partir de agora, a localização será feita à antiga: olhar para o mapa em papel, procurar pontos de referência no terreno e anotar mais tarde. O velho ditado em Inglês diz que, por vezes, the old way is the best way. Este foi também o mote de inspiração do novo filme de 007 Skyfall, que entretanto foi visto aqui na base num projetor. Bond faz a barba com navalha e sabão, anda num carro dos anos 70, combate os bad guys com a velha caçadeira do pai, e tem como gadget mortífero um transmissor rádio. Aqui na antártida, os velhos computadores com ligação por cabo e os mapas em papel estão a fazer as delicias da casa.
Equipa Contantarc 2, 18 Janeiro 2013, Ilha King George, Antártica Os comentários estão fechados.
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