Estar a bordo desta embarcação (N.B. Palmer) tem sido sem dúvida uma experiência enriquecedora. No desenrolar da investigação tenho aprendido bastante sobre os métodos geofísicos usados nesta campanha a nível de aquisição e novos procedimentos que se podem aplicar num trabalho científico. Um exemplo é a criação de algoritmos que permitem manipular um grande conjunto de dados/ficheiros de forma rápida e organizada para aplicar em determinados softwares para posterior processamento, algo bastante útil e que facilita bastante um trabalho de investigação deste género. Dito por outras palavras estou a começar aprender uma nova linguagem de programação, neste caso Python. Frank Nitsche mostrou-me o quanto útil pode ser em manipular dados desta forma, algo que me deixou espantado e cheio de vontade de aprender mais sobre este modo de trabalho. Estamos perto de terminar a campanha e preparar para tomar rumo a Hobart (Tasmania). Pretende-se chegar à cidade no dia 3 de Maio. Nos últimos dias as condições para a aquisição de dados não foram favoráveis devido à abundância de gelo no mar que nos obrigava muitas vezes a definir percursos alternativos. Apesar de complicar a aquisição, a sua presença permitiu capturar bons cenários para fotografia (Fotos 1 e 2). Recentemente as condições atmosféricas constituíram um incremento na dificuldade na aquisição de dados. Chegaram-se a registar ventos com velocidades de 110Km/h. Podemos ver a razão para a ocorrência destas condições na Foto 3. Este facto impediu muitas vezes a realização de CTD’s e criou ruído adicional dos dados acústicos (Batimetria e Chirp). Procuramos adquirir informação da melhor forma possível, todas estas condições não desmotivaram a equipa de investigação no seu trabalho, até mesmo para o torneio de ping-pong, as oscilações do navio provocadas pelas fortes ondas têm tornado os jogos ainda mais aliciantes. No geral tem tudo corrido bem, a equipa técnica tem dado um forte apoio certificando de que seja possível fazer ciência. Estas pessoas asseguram toda a logística, mecânica, todo o equipamento de laboratório ou eletrónico/informático do navio. Não poderia ser feita investigação sem o grande apoio desta equipa que manteve as boas condições do navio e equipamentos necessários operacionais. Estamos a entrar na fase final do trabalho mas ainda há muito para fazer (e aprender). Conheça mais sobre o jovem Ricardo Correia pelas descrições de um dos membros da equipa a bordo do navio N.B. Palmer, Dra Dominique Richardson. Os comentários estão fechados.
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