De regresso a Punta Arenas para mais uma campanha Antártica. Sabe bem chegar a um lugar onde as ruas já nos são conhecidas, onde sabemos onde se come bem e onde fica tudo. Punta Arenas, na ida, sabe sempre a antecipação, a expectativa, a curiosidade, a paciência, a nervosismo. Desta vez não foi diferente. A minha chegada à ilha de Rei Jorge estava prevista para dia 30 de Janeiro, mas o tempo não colaborou. O voo foi adiado sucessivamente até que dia 01, na noite de sábado para domingo, avisaram-nos que tínhamos que estar prontos à meia noite e meia. Levantámos voo às 03:00 num voo contratado pelo INACH, Instituto Antártico Chileno, com direito a jantar e tudo, só que, a janela meteorológica que estava prevista fechou, e após 40 minutos de voo tivemos que regressar a Punta Arenas. Como não se sabia quando é que iríamos tentar de novo tivemos que dormir no aeroporto umas horas, alguns no chão, outros nas cadeiras, e às 09:00 levantámos voo. Desta vez já não houve direito a pequeno-almoço, mas tudo o que queríamos era chegar à Antártida. Infelizmente, após 60 minutos de voo, demos meia volta e regressámos ao aeroporto de Punta Arenas. Cansados e desmotivados regressámos ao hotel. A boa surpresa foi reencontrar-me com o meu colega João Branco que me irá acompanhar durante o resto da campanha. Não pensava encontrá-lo tão cedo pois supostamente só nos iríamos encontrar já na base Coreana de King Sejong na península de Barton, ilha de Rei Jorge. A terceira tentativa foi logo no dia seguinte, por volta da hora de almoço. À terceira foi de vez, e ao aterrar fui recebido pelos nossos colegas Uruguaios que me levaram num snowcat para a sua base, Artigas.
Lourenço Bandeira, Ilha de King George, Península de Fildes, Base de Artigas Os comentários estão fechados.
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