Lourenço Bandeira
Ilha Livingston, Antártida A recepção na base búlgara foi extremamente calorosa, com um almoço tardio abundante, muita alegria e até cantorias, entre as quais o já clássico “Livingston, Antarctica”. A certa altura, e de uma forma espontânea, a Ana Salomé deu largas a um fado que nos deixou a todos pasmados. Já não é a primeira vez que ela está nesta base, e conhece grande parte da equipa búlgara, que são imensamente acolhedores, simpáticos e prestáveis. A base Búlgara é muito pequena, com cerca de 20 camas em condições improvisadas repartidas em 3 módulos. Não é a base mais confortável, nem aquela com melhor internet (apenas dispomos de um e-mail partilhado com o resto das pessoas aqui instaladas para enviar e receber mensagens de texto), mas é certamente uma das bases com a melhor vista, numa pequena praia em frente ao glaciar de Hurd. Gostava de vos poder presentear com uma fotografia, mas vai ter que ficar para o meu regresso. Dia 19 da parte da manhã, fomos fazer o reconhecimento dos locais onde se encontram os sensores mais perto da base, nas proximidades de um monte a que chamam Papagal. Este será o destino de grande parte das nossas incursões ao campo, uma vez que temos lá vários equipamentos que registam as temperaturas do ar e do solo a diversas altitudes e profundidades. Da parte da tarde realizámos os primeiros voos de teste com o nosso drone Gaspar, um novo elemento da equipa que nos irá ajudar a cartografar as nossas áreas de estudo. É a primeira vez que este UAV voa na Antártida e foi preciso verificar o seu comportamento nestas condições extremas, tendo principalmente atenção aos níveis das baterias e à velocidade com que estas se esgotam nestas temperaturas. Os comentários estão fechados.
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