Ana Salomé David
Ilha Livingston, Antártida Dia 21 começámos a recolha dos sensores de temperatura nas proximidades da base – zona do Papagal e zona CALM. Os equipamentos são devidamente etiquetados e separados. Dia 22, sexta-feira, foi o dia de fazer alguns testes com o DGPS, em frente à casa Espanha, e fomos verificar o estado da máquina fotográfica na Meteo pois as imagens recolhidas dois dias antes (dia 20) indicavam uma quebra de recolha de informação a partir de meados de Outubro de 2015. O teste realizado no dia 20 indicava que a câmara tinha bateria, pelo que não seria à partida um problema de alimentação. Já o sistema de controlo do disparo (digisnap) parecia não estar a funcionar devidamente. Por isso, hoje iremos fazer mais alguns testes no sistema. Aos fins de semana, a vizinha base espanhola de Juan Carlos I (JCI) abre a rede WiFi e, com alguma paciência, é possível aceder á internet a partir da zona do Papagal, na vertente voltada para a baía Johnsons. Dia 23, sábado, estávamos ansiosos por tentar a nossa sorte e aceder aos nossos emails. A Deni acordou bem cedo, 7h30 da manhã, para tentar a sua sorte mas regressou sem êxito. Eu e o Lourenço, optámos por ficar um pouco mais de tempo a descansar e fazer a tentativa da parte da tarde, aproveitando a baixa velocidade do vento para testar o UAV junto à praia em frente à base de St Kliment Ohridsky (SKO) e para continuar a tarefa de leitura e análise de dados e atualização dos sensores recolhidos no dia 21. Tivemos sucesso com as nossas tentativas de acesso ao wifi, mais o Lourenço do que eu, mas ainda deu para espreitar os email. Continua tudo na mesma! Na descida de regresso à base, parámos para dar início à instalação do DGPS, equipamento que tínhamos já deixado preparado no local antes de subir ao Papagal. O objetivo seria iniciar os levantamentos dos locais de monitorização de solifluxão próximos da base, os quais aparentavam ainda bastante neve, mas menos do que na área do CALM. Depois de instalada a antena da base do recetor, que nos levou algum tempo a calibrar, fomos interrompidos pela chegada do navio argentino Beagle com um pesado carregamento de 4 ton de equipamentos e combustível para apoio da base. Apesar da vasta mão-de-obra disponível, o cair da noite impunha uma solidária e rápida colaboração pelo que optámos por descer e ir ajudar. Eu, pouco fiz além de tirar fotografias. Os comentários estão fechados.
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