João Branco Bem, o plano era continuar os trabalhos nos dias que se seguiam, mas a previsão de mau tempo para Domingo dia 24 de Janeiro veio a confirmar-se. De manhã cedo assistimos à chegada a Barton de um veleiro de 24m que tinha atravessado o Drake proveniente de Ushuaia, com cientistas malaios, que participavam num cruzeiro científico. Acabaram por ficar instalados na base sul-coreana em resultado do mau tempo que se avizinhava. O comandante do veleiro, um australiano com 20 anos de navegação na Antárctida ancorou a embarcação na vizinha Baía de Potter, mais resguardada do vento do que em frente à base. Ainda antes da hora de almoço o vento começou a aumentar e rapidamente começou a nevar. Pela tarde as condições agravaram-se, aumentando a queda de neve e o vento chegando a velocidades superiores a cem quilómetros por hora. A visibilidade baixou para menos de dez metros. Assim estivemos debaixo deste blizzard até Segunda-feira à tarde e só nos deslocávamos entre os edifícios da base às horas refeições, em direcção ao refeitório... ⬇ Hoje saímos para o campo e com a neve fresca que congelou durante a noite era muito mais fácil caminhar. Mais de 24h de queda de neve provocaram grandes alterações na paisagem mas o efeito menos desejável foi ter coberto dois dos sensores da temperatura do solo tornando-se impossível encontrá-los debaixo da neve. Recuperei os restantes sensores mas vou ter de contar com a ajuda dos investigadores sul-coreanos para os remover depois da neve fundir pois a nossa partida está prevista para amanhã dia 27.
Isto relembra-nos que o clima e o estado do tempo é um factor incontornável em todas as actividades neste continente. Os comentários estão fechados.
|
BLOGS DAS CAMPANHAS
|