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Pelo nono ano consecutivo, o Programa Polar Português (PROPOLAR) contribui para a logística científica na Antártida, fretando um avião que transportou cientistas e técnicos entre Punta Arenas, no Chile, e o aérodromo Teniente Marsh, na ilha de Rei Jorge, próximo da Península Antártica. Esta missão, realizada durante esta manhã do dia 13 de Fevereiro de 2020, é um dos marcos da Campanha Portuguesa 2019-20 na Antártida. Os voos de ida e volta transportaram 62 passageiros: 12 investigadores integrados em projetos apoiados pelo PROPOLAR, e 50 investigadores dos programas búlgaro, checo, chileno, chinês, espanhol e uruguaio. A Campanha Portuguesa na Antártida integra este ano 10 projetos de investigação, com um total de 20 cientistas no terreno (15 portugueses, 1 australiano, 2 espanhóis, 1 inglês e 1 suíço), a trabalhar nas ilhas de Rei Jorge, Deception, Livingston, Nelson e na área da Baía Margarida (Península Antártica), bem como no Oceano Austral e no Mar de Scotia. Neste voo, saíram da Antártida as equipas dos projetos WHY ANTARCTICA (Tânia Correia e Luis Madeira), PERMANTAR (Gonçalo Vieira e Joana Baptista), ANTERMON-Livingston (Mohammad Farzamian e John Triantafilis), ADAT (Pedro Quinteiro e Jan Schmutz), Polar Lodge (Manuel Guedes, Susan Roaf e Gonçalo Araújo). Por sua vez, entrou o Miguel Esteves, também da equipa do projeto ANTERMON, para dar continuidade às tarefas de investigação, mas desta vez na Ilha Deception. Equipas portuguesas a chegada a Punta Arenas, Chile. Da esquerda para a direita: na linha de trás está o Manuel Correia, Luis Madeira, Jan Schmutz, Pedro Quinteiro, Gonçalo Vieira, Gonçalo Araújo; na linha da frente está Tânia Correia, Mohammad Farzamian, John Triantafilis, Susan Roaf e Joana Baptista. Ao longo das duas próximas semanas, partem mais dois projetos para a Antártida e um para o Ártico. São eles respetivamente: o projeto FACT (que integra Afonso Ferreiro a bordo do navio brasileiro Almirante Maximiano, para o desenvolvimento de estudos sobre a rede trófica marinha ao largo das Ilhas Orcadas do Sul), o projeto NUNANTAR (com a participação de José Fernandez a bordo do navio chileno Aquiles, afetando o seu estudo a diferentes locais terrestres na Península Antártica para uma reconstituição da deglaciação), e o projeto PERMARSENIC (onde João Canário e Diogo Ferreira vão analisar os impactos do Arsénio (As) em lagos de termocarso, nas regiões Canadianas de Kuujjuarapik e Umiujak)
A Campanha Polar Portuguesa 2019-20 decorre até Setembro de 2020 e é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Assenta numa estreita cooperação internacional com a Bulgária, Brasil, Chile, China, Espanha, E.U.A., Reino Unido, República Checa e República da Coreia do Sul. Esta colaboração envolve apoio logístico em bases de investigação e transporte de investigadores e equipamento. A Campanha 2019-20 inclui 16 projetos em ambas as regiões polares nas áreas das ciências sociais, biológicas, da criosfera, do ambiente e da Terra, bem como de projetos de cariz tecnológico. Os projetos apoiados são coordenados por cientistas de 11 centros de investigação públicos, 1 centro privado e 1 instituto politécnico, incluindo um total de 24 cientistas portugueses e 5 cientistas estrangeiros para o terreno. Mais informação sobre a campanha e os projetos aqui. |
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Agosto 2024
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