Ana David, Equipa PROPOLAR Pelas 10h00 locais, 13h em Portugal, do dia 19 de Janeiro, descolou do Aeroporto Internacional Presidente Carlos Ibáñez del Campo, Punta Arenas, Chile, o voo português, transportando, para a Ilha Antarctica de King George, 64 investigadores e técnicos de Programas Polares de 5 países distintos. A bordo do avião DAP-BAE, estavam 9 investigadores da campanha polar portuguesa PROPOLAR 2016-17, Pedro Pina e Sandra Heleno, do projeto CIRCLAR, Marc Oliva, Jesus Fernandes e David Palácios, do projeto CRONOBYERS, Pedro Ferreira, projeto GEOPERM III, Carla Gameiro e Tania Vidal, do projeto Hg-PLANKTARCTIC, e António Correia, projeto PERMATOMO. O entusiasmo era evidente, em especial para os que pela primeira vez entram em território Antártico. O voo demorou aproximadamente 2 horas, aterrando por volta das 12h no aeródromo de Fildes. Seguiu-se a azáfama do costume... uma rápida sessão fotográfica, ... separação de bagagens, .... coordenação dos passageiros que entram e dos que dão saída no voo de regresso, .... O regresso à cidade de Punta Arenas deu-se ao princípio da tarde. A bordo vinham 45 investigadores e técnicos que finalizavam o seu período de campanha, preparando-se para o regresso a casa. Desta vez, não havia equipas de investigação portugueses a bordo. O cansaço estava patente na maioria dos passageiros... Para alguns, será o fim de uma longa e intensa campanha de quase dois meses de investigação... para outros, em particular para as equipas de apoio técnico, será apenas uma pausa, prevendo regressar dentro de um mês para preparar o encerramento das bases para o período de inverno. Por mais cansaço que haja todos desejam regressar na próxima campanha... É o "bichinho da Antártida", um "ser" resistente que vai acompanhar para o resto da vida!
O voo português é o contributo nacional para a logística internacional na Península Antártica, contando o PROPOLAR com o apoio logístico dos vários programas antárticos parceiros para que os cientistas portugueses possam fazer trabalho de campo na Antártida. Os principais países parceiros na logística na presente campanha são Espanha, Chile, Brasil, Coreia do Sul, Bulgária e Argentina, com quem o PROPOLAR mantém colaboração logística e científica há vários anos. Teresa Cabrita, Diretora Executiva PROPOLAR
Pela 6 ª vez, Portugal contribui para a logística científica na Antártida fretando um avião que transportará cientistas e técnicos entre Punta Arenas no Chile e o aérodromo Teniente Marsh na ilha de Rei Jorge, na Antártida (ida e volta). A missão decorrerá no dia 19 de Janeiro e será a âncora da campanha antártica portuguesa 2016-17, que decorrerá até ao mês de Março com o apoio de vários países parceiros. Os voos transportarão 122 membros dos programas português, búlgaro, chileno, chinês, espanhol e sul coreano. Uma vez que Portugal não possui infraestruturas permanentes na região antártica, as campanhas antárticas portuguesas são baseadas na forte cooperação internacional, estabelecida pelo PROPOLAR durante a última década, com países como a Argentina, Bulgária, Brasil, Chile, China, Espanha, Estados Unidos da América, Republica da Coreia e Uruguai, e na gestão e partilha de logística com os programas polares parceiros. A Campanha Antártica Portuguesa 2016-17 que se desenrolará até Março 2017 é financiada pelo Programa Polar Português (PROPOLAR), através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A campanha antártica PROPOLAR 2016-17 integra 7 projetos de investigação, levando 10 cientistas portugueses e 3 investigadores espanhóis, a várias áreas da Península Antártica, nomeadamente na ilha do Rei Jorge, ilha de Decepção e ilha Livingston (Arquipélago das Ilhas Shetland do Sul), na Caleta Cierva (Costa Danco), e na Ilha de Amsler (Arquipélago de Palmer). Os projetos nacionais são coordenados por 6 universidades e centros de investigação públicos, principalmente nas áreas das ciências biológicas, da criosfera, do ambiente e da Terra, alguns visando estudar os efeitos das alterações climáticas. Os projetos são os seguintes: ANTIMUNE - Evolução e constrangimentos da resposta imunitária em peixes nototenioides, Coordenador: Adelino Canário (Centre for Marine Sciences, Universidade do Algarve - CCMAR-UAlg), email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/antimune.html. CIRCLAR - Cartografia e monitorização de círculos de pedras ordenados com imagens de ultra elevada resolução na Antártida Marítima, Coordenador: Pedro Pina (Centro de Recursos Naturais e Ambiente, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa - CERENA/IST-ULISBOA, email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/circlar.html. CRONOBYERS - Deglaciação holocénica das áreas livres de gelo na ilha Livingston (ilhas Shetland do Sul, Antártida), Coordenador: Marc Oliva (Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do território, Universidade de Lisboa - CEG/IGOT-ULISBOA), email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/cronobyers.html. GEOPERM III - Estudo geológico, geoquímico e do permafrost nas Penínsulas de Fildes e Barton, Ilha King George, Antártida, Coordenador: Pedro Ferreira (Laboratório Nacional de Energia e Geologia – LNEG), email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/geoperm-iii.html. Hg-PLANKTARCTIC - Interações entre fito- e zooplâncton e o ciclo do mercúrio, em águas da Ilha de Decepção com fontes vulcânicas de mercúrio, Coordenador: Carla Gameiro (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa – MARE/FC-ULISBOA), email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/hg-planktarctic.html. PERMANTAR 2016-17 - Permafrost e alterações climáticas no ocidente da Península Antártica, Coordenador: Gonçalo Vieira (Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do território, Universidade de Lisboa - CEG/IGOT-ULISBOA), email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/permantar-2016-17.html. PERMATOMO - Estudo geoeléctrico da evolução do permafrost nos sítios CALM e Papagal junto à Base Antárctica Búlgara (Ilha Livingston) e junto à Base Antárctica Coreana (Ilha King George) Antártida, Coordenador: António Correia (Institute of Earth Sciences, Universidade de Évora ‑ ICT-UEvora), email: [email protected]. Link do projeto: http://www.propolar.org/permatomo.html. Portugal beneficia assim das excelentes condições das regiões polares como pontos de vantagem para o desenvolvimento da ciência portuguesa, da investigação e de tecnologias de ponta, em áreas e temas científicos que permitem realizar ciência de excelência, num contexto de cooperação e colaboração internacionais. |
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Janeiro 2025
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