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Novembro de 2020 - Setembro 2022

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FISHFAN_#01: três meses de campanha Subantártica

9/9/2022

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José Abreu e José Queirós, 9 de Setembro de 2022
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Scientific Base Station: King Edward Point (UK – BAS), baía de Cumberland, Ilha Subantártica da Geórgia do Sul.
​O projeto FISHFAN, parte da campanha da PROPOLAR 2021-2022, teve como investigador principal o nosso supervisor José Xavier, e nós (José Abreu e José Queirós) como jovens cientistas. O projeto tinha como destino final a base científica do British Antarctic Survey de King Edward Point na Ilha Subantártica da Geórgia do Sul, no sector atlântico do Oceano Austral onde ficamos por 3 meses a viver e a trabalhar. O início da campanha estava previsto para o dia 17 de abril, mas como acontece ocasionalmente (e especialmente antes do fim das restrições Covid-19 nas ilhas Falklands) o voo foi cancelado e tivemos de ficar 1 semana em Oxford à espera do novo, voo remarcado para dia 24 de abril. Sem mais atrasos, o nosso voo de 20h, com saída desde a base militar em Oxford e destino às Ilhas Falklands, descolou. Já nas Ilhas Falklands, cumpridos os 5 dias de quarentena obrigatória, permanecemos mais cerca de 3 dias, o que nos deu a oportunidade de explorar um pouco a ilha. No dia 3 de maio embarcámos no navio patrulha do Governo da Geórgia do Sul e das Ilhas Sandwich do Sul (GSGSSI) Pharos SG para uma travessia de cinco dias até à Geórgia do Sul. Durante esta viagem, e já em águas Antárticas, tivemos espécies de petréis e albatrozes como companheiros. De um tamanho e beleza enorme, foi fantástico poder assistir aos seus voos. Foi a 8 de maio, num nevoeiro cerrado, que tivemos o primeiro deslumbre da Ilha Geórgia do Sul, quando paramos em Bird Island para descarregar mantimentos na pequena base científica que lá existe, praticamente dedicada a aves marinhas. Navegando depois ao largo da ilha, durante um dia, chegaríamos então ao destino a 9 de maio, à baía de Cumberland, onde se erguem majestosos picos cobertos de neve e se encontra instalada a base científica de King Edward Point.
​Como o acrónimo já revela, o foco do projeto é o estudo das pescas (FISHeries) e cadeias alimentares (Food webs) do oceano Antártico (ANtarctic ocean). Ambos os nossos planos de doutoramento têm como objeto de estudo a pesca de fundo à linha, em redor das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul. Esta pesca tem como espécies alvo o Bacalhau da Patagónia e o Bacalhau da Antártida. Além das espécies alvo, quantidades consideráveis de macrurídeos, raias e outras espécies, são capturados como pesca acessória (bycatch). A captura de vários indivíduos de diferentes espécies a profundidades >1000m, torna também esta pesca num método valioso para estudar as cadeiras alimentares de mar profundo.
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José Queirós (lado esquerdo) e José Abreu (lado direito), na base científica de King Edward Point. Imagem em cima, sobre a baía de Cumberland, com a bandeira de Portugal. Imagens em baixo, no laboratório, a trabalhar nas amostras.
Durante os 3 meses na base, analisámos mais de 700 peixes e estômagos e recolhemos dados e amostras de diferentes espécies. Estas amostras foram recolhidas por observadores, a bordo dos diferentes barcos de pesca, durante os anos da pandemia e estavam guardados na estação para serem analisadas. Visto a quantidade de material a analisar ser substancial, juntamente com os riscos biológicos existentes no transporte das mesmas, a análise na base, preparada para esse efeito, foi essencial.
José Abreu tinha como foco analisar as espécies acessórias, nomeadamente 3 espécies de macrurídeos e espécies de raias. No laboratório, após identificar a espécie, recolhia os dados de pesca e os dados biométricos. Seguia-se a identificação do sexo e estado de maturidade, através das gónadas e o peso da mesma, a análise do conteúdo estomacal e, se possível, a recolha do mesmo para outras análises posteriores. De cada individuo, recolhia também pedaços de músculo para análises químicas (ex: isótopos estáveis, ácidos gordos) a realizar em Portugal. Por último, recolhia os ótolitos ou vértebras, no caso das raias, para futuramente podermos identificar a idade da população.
José Queirós, mais focado em amostras das Ilhas Sandwich do Sul, teve a oportunidade de analisar e identificar (pelos conteúdos estomacais) a dieta das diferentes espécies capturadas pela pesca, recolhendo amostras de músculo (de presas e predadores) que irão ser posteriormente analisadas quimicamente em Portugal e França para determinar a estrutura da cadeia alimentar e como diferentes contaminantes são transferidos das presas para os predadores.
Todas estas amostras estão agora guardadas e irão ser transportadas pelo navio Sr. David Attenborough até ao Reino Unido.
Os arquipélagos da Geórgia do Sul e das Ilhas Sandwich do Sul são uma zona riquíssima em biodiversidade e produtividade. As suas águas são, desde 2012, uma área marinha protegida e as pescas reguladas pelo GSGSSI, seguindo as orientações do conselho científico da Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos Vivos da Antártida (CCAMLR), com uma abordagem a todo o ecossistema. Compreender a dinâmica das cadeiras alimentares nestas zonas de grande profundidade, a que temos acesso limitado e ainda muito por descobrir, assim como o tipo de influência que a pesca tem nas populações afetadas, é essencial para ajudar na promoção de uma melhor gestão.
Como entusiasmantes da natureza, do oceano, é um gosto poder participar ativamente neste compromisso. Além de todo o trabalho realizado ao longo dos 3 meses, pudemos constatar o quão importante é esta região para inúmeras outras espécies e o quão espetacular consegue ser a vida selvagem. Foi uma experiência inesquecível poder viver o inverno austral e construir memórias que perdurarão.
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Navio Pharos SG saindo da baía Cumberland.
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    das campanhas:
    - PROPOLAR ​2020-21 e
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     Os relatos ilustrados que publicamos nesta secção, são enviados pelos investigadores dos 7 projetos da 10ª campanha do Programa Polar Português.

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