DIÁRIOS DE CAMPANHA
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O primeiro dia de amostragem correu como previsto, pois com o trail já definido era relativamente simples lá chegar. Relativamente porque ainda são cerca de 30 km em cada sentido e a temperatura por volta dos -25ºC (felizmente sem vento) não facilita.
Quando chegámos ano nosso lago, o BGR1, foi fácil reconhecer pela depressão em volta e também por estar uma câmara fotográfica do CEN apontada para o lago e que tira uma foto a cada 24h. Nós tivemos muitas dificuldades em tirar mais fotos pois com a temperatura ambiente e com o tempo de viagem as baterias vão logo abaixo. Depois da tentativa frustrada de complementar com mais fotos demos inicio à recolha de amostras de água para os mais diversos parâmetros e profundidades. Foi um dia frio, mas em cheio.
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O primeiro dia de trabalho foi dedicado a procurar o caminho para o nosso site de trabalho (BGR valley). Isto porque todas as vezes que lá fomos, fomos por helicóptero e de verão. De inverno teremos de ir de mota de neve (ski doo). Como temos as coordenadas GPS dos locais de amostragem apenas teríamos, pensávamos nós, de com o auxilio de um mapa definir um “trail” para nos guiarmos nos dias seguintes.
Não foi tarefa fácil. Para começar saímos cerca de 9h da manhã e estava uma sensação térmica de -41ºC. Depois embora o mapa ajude, não indica se os trilhos poderão estar em condições. E assim foi o dia inteiro e só pelo meio da tarde encontrámos um caminho seguro até ao local que passaríamos a utilizar. O que nos vale, é que passamos por paisagens de cortar a respiração. Depois o contacto direto com o nosso guia Inuit é sempre muito enriquecedor pelas histórias que nos conta. Amanhã começamos a amostragem. A viagem para norte demora em geral 2 dias. Isto porque os voos para as comunidades Inuits (equimós) saem sempre de Montreal pelas 8 da manhã o que torna impossível fazer todo o percurso num dia só.
Este ano a ida para Montreal foi via Frankfurt o que nos fez sair de Lisboa pelas 5 da manhã. A vantagem é que se chegou pelo meio dia e desta forma tivemos a tarde livre. À espera estava o colega do Environment Canada que nos fez tomar um segundo almoço e fazer as ultimas compras. Hotel perto do aeroporto pois teríamos de fazer o check in pelas 6h. O voo para Umiujaq foi normalíssimo. Sempre feito num avião a hélice BOMBARDIER DASH-8 COMBI 300 SERIES e que a partir de Kuujjuarapik, pára em todas as comunidades. Como Umiujaq foi a terceira, chegámos por volta das 13h debaixo de um sol intenso e com -33ºC. Depois foi ir para a nossa casa (Estação cientifica do CEN) e arrumar o nosso laboratório improvisado. O PERMACHEM II já está em marcha. Este projeto interdisciplinar é coordenado pelo Centro de Química Estrutural e envolve diversos grupos deste centro e também Universidades e Institutos de Investigação Canadianos.
Estamos a dois dias da partida para o Canadá e como tal convém começar a verificar a check list para ver se não falta nada. Confirmado todo o material que inclui frascos e equipamentos para recolha de amostras, sondas para os mais diversos parâmetros, amostradores passivos e as não menos importantes autorizações para tudo o que possam imaginar. Na verdade, a questão das autorizações é muito importante pois uma parte significativa do Ártico canadiano está em parques naturais. Agora, trata-se de preparar o material pessoal e isso começa sempre por verificarmos a temperatura que nos espera no campo. E não é muito animadora tendo em conta o site do Environment Canada. Apesar de sol, pelo menos até sábado, estaremos com temperaturas abaixo dos -20ºC o que conduzirá a sensações térmicas abaixo dos -30ºC. Nada que mais roupa polar não resolva. Esta questão não pode ser descurada pois geralmente estamos no campo entre as 9h da manhã e as 16h. A expectativa para a partida é grande, mas agora é preciso arrumar tudo com cabeça. E como é fazer ciência na Nova Zelândia? Bem, possui grandes vantagens...mas são as pequenas coisas que fazem toda a diferença. Estes apoios atuais do Programa Polar Português permite ir a institutos estrangeiros para analisar amostras que foram recolhidas por colegas (neste caso Neozelandeses), reduzindo os custos (pois já não é necessário ir à Antártida (ou área de estudo) recolher amostras, que exige elevados custos das viagens, equipamento, burocracias, e muito tempo disponível para ir) e maximiza os resultados (pois assim permite ter mais tempo no laboratório a analisar as amostras, e escrever os artigos científicos). Com esta colaboração, que se estende para mais de 5 anos, os resultados vão desde artigos científicos, reforçar esta colaboração cientifica com colegas da Nova Zelândia, e ligações à educação e à diplomacia, beneficiando ambos os países. Mas ainda há mais...aprende-se a apreciar um diferente modo de vida ao fazer ciência, o que ajuda os cientistas portugueses a serem melhores cada dia. Assim que se chega a Wellington, longe da Europa, és logo acariciado por um calor ameno assim que chegas. Sim, é Verão!!! Sendo Wellington junto ao mar, um dia de sol torna-se num magnifico dia. Os gelados (provar Hokey Pokey é uma obrigação; cujo sabor é de baunilha e pepitas de caramelo) são fantásticos. E como estamos perto da Antártida, alusões a pinguins é constante (como nos pacote das batatas fritas, por exemplo). Vê-se muita gente a correr, na praia da cidade (pequena mas acolhedora), competições de barcos Maori (a cultura Maori está à nossa volta constantemente, o que é muito bonito), e...muitos Europeus: existe um rumor que 60-70% dos habitantes de Wellington são europeus!!! A moeda é diferente do nosso Euro (New Zealand Dollars) e o que vi de Portugal foi as famosas sardinhas no supermercado. És logo convidado para jogar futebol (é logo “amigo” do Cristiano Ronaldo, que é confundido por apenas sermos do mesmo país). No instituto, o modo de trabalhar é exemplar. Tens de seguir numerosas regras de segurança e de saúde no trabalho, que é levado muito a sério, o que nos ajuda a compreender as diferenças entre estes sistemas de trabalho europeu com o Nova Zelandês. O profissionalismo de todos é de enaltecer. Esta semana foi literalmente dentro do laboratório a ajudar a terminar as análises das amostras do José Queirós vindas da Antártida (José partiu na Quarta-feira) e começar com as minhas amostras de lulas vindas da dieta de albatrozes...mas explicar o que estou a encontrar fica para a semana... And how is to do science in New Zealand? Well, there are numerous advantages...but are the little things that makes all the difference. Today´s research support of the Portuguese Polar Programme allows scientists to go to research institutes to analise samples collected from colleagues (in this case, from New Zelanders), reducing the costs (as there is no need to go to the Antarctic/research áreas that requires high travel costs, equipment, burocracy and lots of time available) and maximizes the results (as it allows more time to be in the lab analising the samples, to write the research papers, reenforce the scientific collaboration with New Zealand, beneficial to both countries). With this collaboration, that goes over 5 years now, the results go from research scientific papers to education and diplomacy. But there is more than that... It allows the scientists, under this scheme, to appreciate a diferente way of life in doing science, which helps the portuguese scientists to be better everyday. As soon as we arrive in Wellington, well far from Europe, a nice warmth welcomes you. Yes, i tis Summer here!!! As Wellington is by the Sea, a sunny day is a wonderful day. 24 de Fevereiro de 2017, No próximo dia 28 de Fevereiro, inicia-se a Campanha Ártica Portuguesa 2016-17, que levará 9 investigadores portugueses a várias regiões do sub-Ártico e Ártico, Umiujaq e Kuujjuarapik no Canadá, Svalbard e Andenes na Noruega, Gronelândia e Islândia. A campanha permitirá o desenvolvimento de 6 projetos em áreas científicas variadas, em que a questão das alterações climáticas é subjacente a quase todos. A Campanha Ártica Portuguesa 2016-17 que se desenrolará até Agosto de 2017, é financiada pelo Programa Polar Português (PROPOLAR), através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Estes projetos nacionais na região do Ártico são coordenados por 6 universidades e centros de investigação públicos, principalmente nas áreas das ciências da atmosfera, biológicas, da química, do ambiente e da Terra. Os projetos apoiam-se em colaborações estabelecidas pelos investigadores com instituições de investigação internacionais, como o South Iceland Research Centre, o Norwegian Polar Institute for Climate Change Studies in the Arctic, o Greenland Institute of Natural Resources, o Centre d'Études Nordiques, Environment and Climate Change Canada e o Andøya Space Center. Os projetos são os seguintes: PERMACHEM II - Biogeoquímica do carbono, enxofre e contaminantes em lagos de termocarso em condições de inverno, Coordenador: João Canário (Centro de Química Estrutural, Instituto Superior Técnico – CQE/IST-ULisboa); GEOWHIMBREL II - Efeitos de migração de longa distância no fitness dos indivíduos, Coordenador: José Alves (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, Universidade de Aveiro - CESAM-UAveiro); NITRONICE - Biogeoquímica do Azoto no Oceano Ártico: Processos e Comunidades, Coordenador: Catarina Magalhães (Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research, Universidade do Porto - CIIMAR-UPorto; NORTHGRASS - Metabolismo do carbono e do azoto da erva marinha Zostera marina no limite norte da sua distribuição (Gronelândia), Coordenador: Ana Isabel Alexandre (Centre for Marine Sciences, Universidade do Algarve - CCMAR-UAlg); POLARUBI 2017 - Análise individual de partículas aerossóis atmosféricas a norte do Círculo Polar Ártico, Coordenador: Sandra Mogo (Universidade da Beira Interior – UBI); SHRUBIFLY - Análise através de deteção remota de mudanças no terreno e na vegetação em bacias de lagos de termocarso (Whapmagoostui - Kuujjuarapik, Hudson Bay, subártico canadiano), Coordenador: Gonçalo Vieira (Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do território, Universidade de Lisboa - CEG/IGOT-ULISBOA); Portugal beneficia assim das excelentes condições das regiões polares como pontos de vantagem para o desenvolvimento da ciência portuguesa, da investigação e de tecnologias de ponta, em áreas e temas científicos que permitem realizar ciência de excelência, num contexto de colaboração internacional. Carolina Sá, 23 Fev. 2017, a bordo do Navio da Marinha Brasileira Almirante Maximiano * As ações desta campanha integram-se nos Apoios a Jovens Investigadores Polares O plano de amostragem foi desenhado de forma a cobrir diferentes regiões da Península Antártica, e a manter as estações já feitas noutras campanhas para permitir uma avaliação da variabilidade interanual na região. Em cada estação é feito um perfil de CTD (Conductivity, Temperature and Depth), PAR (Photosynthetic available radiation) e Fluorimetria. Estes sensores estão acoplados a uma estrutura cilíndrica metálica, a rosette, que suporta ainda 24 garrafas Niskin para a colheita das águas. Estas garrafas são fechadas a diferentes profundidades, muitas vezes decididas no momento, de acordo com os perfis de fluorometria e temperatura observados.
No grupo do fitoplâncton estamos a fazer colheitas aos 5, 25, 50, 75, 100 e 150 m. Colhemos cerca de 5 L de água para filtração em filtros GF/F para posterior análise por HPLC (High Performance Liquid Cromatography) para determinação de pigmentos e caracterização da amostra em termos de grupos de fitoplâncton presentes. Fazemos ainda filtração fracionada para quantificar a amostra em termos de classe de tamanho (micro-, nano-, e pico- plâncton). Em algumas estações é colhida água para observação ao microscópio, e uma colega está a fazer isolamentos para cultura/crescimento das espécies encontradas a bordo. Outras variáveis são ainda avaliadas por outros colegas que também recolhem água nas mesmas profundidades [ex: oxigénio, nutrientes, fisiologia (PAM)]. Depois da rosette, seguem-se as redes para quantificação e caracterização das comunidades de zooplâncton (Multi-net e Bongo) e avaliação da presença de microplásticos (rede arrasto pelágico). Entre estações, de dia, o grupo das baleias faz observação e, em condições favoráveis, descem de bote para tentarem colher biópsias. Na última tentativa conseguiram 3 biópsias de orca! Neste momento, já completámos metade das colheitas previstas para esta campanha, tendo-se já feito as estações na zona do estreito de Gerlache, Bellingshausen e parte do estreito de Bransfield. Estamos agora a dirigir-nos para a estação 44! Nas imagens podem ver o mapa das estações (o que já foi feito e o ainda está por fazer), a rosette com os sensores e garrafas acoplados e o laboratório de filtração do fitoplâncton. A Campanha de investigação Antártica PROPOLAR 2016-17 está a chegar ao fim. Regressando das suas campanhas Antárticas, chegaram hoje à cidade de Punta Arenas, dia 23 de Fevereiro de 2016, os investigadores dos projetos ANTIMUNE, CRONOBYERS, PERMATOMO, e PERMANTAR 2016-17. Reuniram-se no aeródromo Teniente R. Marsh, na Ilha de King George (Antártida), pelas 6h30 da manhã (hora local, menos 3h do que em Portugal Continental), aproveitando umas breves horas de benevolência das condições climáticas para voar a bordo de uma aeronave DAP-BAE fretado pelo Programa Polar Coreano (KOPRI). Em breve estarão de regresso a casa. BEM VINDOS!!! ...::::::::::::::::::::::::::::..... Arranca dentro em pouco a campanha de investigação no Ártico, Continue a acompanhar-nos. Yelcho é uma pequena base do Instituto da Antarctica Chilena, INACh, localizada na pequena ilha Doumer, rodeada, ou melhor, no meio de uma colónia de pinguins papua. Encontra-se numa baia que é uma area especialmente protegida, e alvo de monitorizacao de ecossistemas. Após muitos anos sem utilizacao efectiva, a base, que fica numa pequena zona rochosa sobre o mar, foi recentemente renovada e adicionado um laboratório humido, com água salgada corrente, portanto com potencial para as nossas experiencias. A chegada foi confusa pois ao mesmo tempo saíam os investigadores que embarcavam no Hespérides e nao há propriamente um acoroadouro, mas apenas uma escada de corda. E depois é preciso não pisar os pinguins, ignorar o odor e caminhar por entre rochas até chegar à base. Este ano a base foi alvo de melhoramentos, novos passadiços de madeira, recebeu um novo barco, etc. À minha espera estava Cesar Cardenas, biólogo marinho e chefe da base. O primeiro dia foi dedicado a pescar, fora da baía e em redor da ilha. Jorge, condutor do barco, gosta de pescar e foi facilmente convencido a participar, assim como Erasmo, investigador de algas antarcticas e que já esteve no CCMAR. A abundância de peixes não se compara ao que podemos encontrar em King George Island, provavelmente devido aos fundos inclinados, que passam rapidamente dos 0 aos 30 metros em pouco mais de 20 metros de distancia da linha de costa. Estas especies vizem no fundo e preferem zonas mais planas com cobertura de algas. È preciso procurar os spots! E as vistas são deslumbrantes, com as paredes verticais das montanhas de Fief, na ilha Goudier, e os picos nevados da ilha Anvers adjacentes a dominar a paisagem e na água focas e pinguins. Não é por acaso que a zona seja fequentemente visitada por navios de cruzeiro e a base próxima de Port Lockroy está cheia de turistas. Não há muito tempo... e o dia seguinte serve para tentar canular bexigas e obter amostras para análise do microbioma. Não são necessários muitos peixes e contento-me com cerca de 10 Notothenia coriiceps? Ou serão N. negecta? Ou ambas? Os dois morfotipos, subespécies ou mesmo espécies distintas (a dúvida persiste) são os peixes mais comuns aqui. Recolho algumas amostras e levo três exemplares. Somos 16 e juntamos-nos apenas para as refeicões, mas como a base é pequena acabamos por nos cruzar com frequencia. Para além do pessoal científico estão na base 7 técnicos que tratam da manutenção e renovações, o condutor da embarcação, e o cozinheiro/paramédico. Como vamos sair em pouco tempo não há o churrasco de sábado mas ao jantar tempo para celebrar o aniversário da base... ou da sua reabertura, com bolo e vinho do porto. Ontem a meio do dia começámos as primeiras arrumações. O navio Lautaro chegou ao fim do dia e sairemos dentro de umas horas. O inverno é rigoroso, e é necessário proteger tudo o que não pode ser retirado. Desmontar embarcações, guardar motores, retirar bombas da água, retirar água das canalizações, ao mesmo tempo que arrumamos amostras, equipamento científico e bagagens pessoais. Tudo preparado... depois do jantar um trago de whisky entre histórias antarcticas e trocas de experiencias e epopeias da vida académica no Chile, Canadá, EUA, Dinamarca, Suiça, Malta e Portugal!
Foto de grupo e hasta siempre Yelcho!! Como cientista, é preciso ir recolher amostras na área de estudo (no meu caso na Antártida), escrever artigos científicos, dar aulas, dar palestras nas escolas, ir a conferências, estar presente em organizações/programas internacionais, e, não esquecer, de trabalhar no laboratório. Eu adoro todas estas vertentes do cientista...e sim, estou sempre a aprender algo novo quase todos os dias. E foi o que aconteceu esta semana. Reuni-me com o meu estudante José Queirós, e revemos todo o seu bom trabalho a bordo de um barco de pesca na Antártida, cujos resultados serão usados para a sua tese de Mestrado na Universidade de Coimbra. Com as muitas amostras obtidas, um dos objetivos desta semana foi analisarmos estas amostras no laboratório de Darren Stevens, na NIWA (National Institute of Water and Atmospheric Research) em Wellington, Nova Zelândia. A nossa prioridade foi identificar os cefalópodes, o grupo que animais que contém polvos e lulas, encontrados na dieta do bacalhau da Antártida Dissostichus mawsoni. Estes animais foram recolhidos durante 3 meses, de Novembro 2016 e Fevereiro 2017, e finalmente estávamos com eles nas nossas mãos. As lulas e os polvos foram identificados pela sua morfologia (quantos linhas de ventosas possui um polvo, poderá determinar o seu género ou até a sua espécie) e através dos seus bicos (mandibulas, tipo bicos de papagaio que os polvos e lulas têm). As espécies mais abundantes foram Psychroteuthis glacialis, uma lula muito abundante da dieta dos meus conhecidos albatrozes e pinguins, Kondakovia longimana uma lula grande e também a lula colossal Mesonychoteuthis hamiltoni. Muitas vezes encontrávamos só partes das lulas, tais como os tentáculos, bicos e alguma pele...mas dava para as identificar. Em caso de dúvida, recolhíamos tecidos para genética, que nos irá confirmar a espécie mais tarde. O momento alto da semana foi termos a atenção da TV Nova Zelandesa sobre o polvo gigante Megaleledone setebos que o José Queirós recolheu, que foi o maior de sempre encontrado na Antártida. Chegava aos 18.5 Kg e 120 cm de comprimento! Estão a imaginar a nossa alegria a analisar todas estas amostras; é como no Natal, em que cada amostra é como um presente de Natal que não sabes o que estará lá dentro. Muito trabalho mas com um sorriso enorme! Obrigado Renato, Marta, Afonso e Miguel pelo excelente jantar e como nos receberam em Wellington!!!! As a scientist, it is important to go and collect samples in the field (in my case, in the Antarctic), write research papers, give talks in schools, lecturing at University, go to conferences, be actively involved in international organizations/programs,..and not forgeting...to work in the laboratory. I really enjoy all of these tasks...and yes, I do learn something new almost eveyday. And that´s what happenned this week. I met my student José Queirós to review all his good work onboard o fan Antarctic fishing vessel, whose results will be used for his MSc thesis at the University of Coimbra. With so many samples obtained, one of the objectives of this week was to analyse these samples at the laboratory of Darren Stevens, NIWA (National Institute of Water and Atmospheric Research) in Wellington, New Zealand. Our priority was to identify the cephalopods (group of animals that contains squid and octopods) found in the diet of Antarctic toothfish Dissostichus mawsoni. |
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