PROPOLAR
  • SOBRE
    • MISSÃO
    • HISTORIA
    • ORGANIZACAO E EQUIPA
    • FINANCIAMENTO
    • COLABORACOES
    • O VOO PROPOLAR
    • CONTACTOS
    • FAQ
  • ATIVIDADES
    • Diario de campanha 2019-20
    • PROPOLAR2019-20
    • PROPOLAR 2020-21
    • NOTÍCIAS PROPOLAR
    • COMUNICADOS DE IMPRENSA
  • ARQUIVO
    • CAMPANHAS E PROJETOS FINALIZADOS
    • CONFERÊNCIAS POLARES
    • CONVOCATÓRIA A PROJETOS
  • MATERIAIS E DOCUMENTAÇÃO
    • DOCUMENTAÇÃO DAS CAMPANHAS >
      • DOCUMENTOS DAS CAMPANHAS
      • Tratado Antártica & Protocolo Madrid
    • INFOTECA POLAR
    • PUBLICAÇÕES >
      • RESULTADOS CIENTIFICOS
      • RELATÓRIOS PROPOLAR
    • RELATÓRIOS INTERNACIONAIS
    • NORMATIVAS POLARES
    • MULTIMÉDIA
    • EXPOSIÇÕES >
      • EXPOSIÇÃO CARTOGRÁFICA
      • EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
      • FICHAS EDUCATIVAS
  • SOBRE
    • MISSÃO
    • HISTORIA
    • ORGANIZACAO E EQUIPA
    • FINANCIAMENTO
    • COLABORACOES
    • O VOO PROPOLAR
    • CONTACTOS
    • FAQ
  • ATIVIDADES
    • Diario de campanha 2019-20
    • PROPOLAR2019-20
    • PROPOLAR 2020-21
    • NOTÍCIAS PROPOLAR
    • COMUNICADOS DE IMPRENSA
  • ARQUIVO
    • CAMPANHAS E PROJETOS FINALIZADOS
    • CONFERÊNCIAS POLARES
    • CONVOCATÓRIA A PROJETOS
  • MATERIAIS E DOCUMENTAÇÃO
    • DOCUMENTAÇÃO DAS CAMPANHAS >
      • DOCUMENTOS DAS CAMPANHAS
      • Tratado Antártica & Protocolo Madrid
    • INFOTECA POLAR
    • PUBLICAÇÕES >
      • RESULTADOS CIENTIFICOS
      • RELATÓRIOS PROPOLAR
    • RELATÓRIOS INTERNACIONAIS
    • NORMATIVAS POLARES
    • MULTIMÉDIA
    • EXPOSIÇÕES >
      • EXPOSIÇÃO CARTOGRÁFICA
      • EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
      • FICHAS EDUCATIVAS
A CAMPANHA
PROPOLAR ​​2011-2012

Novembro de 2011 a Abril de 2012
Campanhas e projetos de investigação do PROgrama POLAR Português

[CONTANTARC] Conheces a baía dos baleeiros? "Entonces vamos!"

17/12/2011

 
Picture
Imagem
Imagem
_Dia 17 Dezembro 2012

A previsão era de que naquela manhã o vento continuaria muito forte, e assim foi. No dia anterior terminámos a reunião com o chefe de base dizendo "Amanhã teremos de esperar para ver o que é possível fazer, vamos ver, vamos ver...". Sair da base com um temporal daqueles estava fora de hipótese e a prevenção é a palavra de ordem na Antárctica, uma vez que o apoio médico é bastante condicionado. A manhã foi preciosa para actualizar as entradas no computador, e os diários de campanha. Ao meu lado, uns contemplavam a paisagem ou liam o email, outros ensaiavam uns passos de dança. A música e aquele ambiente familiar de partilha e amizade faziam um contraste abismal com a agressividade do clima em Deception.

Depois do almoço o chefe de base reuniu-se com os militares junto à janela e tomaram a decisão. O vento estava mais calmo e apontou-se a saída de 1 Zodiac para as 16h, o destino era a praia coberta de ossos de baleia, Colatinas, para ir retirar os DGT's que foram instalados três dias antes. Hoje o dia seria muito longo, e depois de chegar à base tinha ainda de retirar os 5 DGT's junto à baia.

Connosco vinham mais 4 militares que tinham chegado a Gabriel de Castilha durante essa semana. A viagem até Colatina foi feita com muito cuidado, as águas da baía de Deception continuavam muito agitadas e o Zodiac balanceava com dificuldade pelas ondas. Os DGT's estavam em bom estado, e enquanto trabalhava um dos militares filmava-me com uma câmara profissional "Serás muy famoso en España" dizia-me na brincadeira. Ao embarcar Ravi perguntou-me se conhecia a baía dos baleeiros. Mal esperou pela minha resposta e disse-me "Entonces vamos!" Paciência pensei, teria de adiar trabalho.

A baía de baleeiros era realmente um ponto de paragem obrigatória na ilha. Da praia a vista era desconsertaste. Mesmo em frente erguiam-se enormes contentores de armazenamento de gordura e maquinaria  parcialmente enterrados na areia negra de piroclasto. Os anos de exposição a este clima impiedoso desfizeram e corroeram todo aquele complexo industrial  fantasmagórico agora devorado pela natureza. Aqui e ali havia aquilo que restava das casas e barracões de madeira onde os trabalhadores dormiam e faziam a sua vida diária. Aproximámo-nos devagar para lermos o letreiro informativo pregado à velha e desgastada parede de madeira. Explicava que Deception Island tem uma história de ocupação humana desde 1911 desde a instalação daquela baleeira por uma empresa Norueguesa. Mais tarde em 1931 o complexo foi abandonado e em 1944 parte dos edifícios foram adaptados para a instalação de uma base britânica. As erupções de 1967 e de 1969 provocaram destruição e deslocamentos de terra que forçaram o encerramento da base até aos dias de hoje. Aquele enorme casarão de madeira abandonado dava arrepios na espinha. A luz do sol entrava pelas janelas partidas e iluminava camas, secretárias, armários, objectos pessoais e maquinaria, e as paredes e telhados estavam completamente contorcidos pelas alterações do terreno impostas pelo vulcão. Imaginar a vida de uma equipa de homens há precisamente 100 anos atrás, lutarem contra este tempo e trabalharem em condições tão adversas enchia-nos de espanto e admiração por este lugar. A 100 metros desta casa havia duas sepulturas que inocentemente impunham um ambiente catastrófico a todo aquele cenário surreal. Os contentores de armazenamento tinham cerca de 20 metros de altura, havia muitos outros invisíveis completamente enterrados e a capacidade de armazenamento dava-nos uma ideia da dimensão da matança. Ravi dizia que mesmo assim por vezes os contentores não chegavam e que teriam mesmo de interromper a caçada. Olhou para mim e suspirou " La barbarie humana..."

Na praia ao lado, a areia estava coberta de focas de Weddell e de pinguins gentoo. Disseram-me mais tarde que aquela zona está sempre quente e por isso é uma das paragens obrigatórias para as focas que anseiam por uma sesta. Descansavam relaxadamente ao lado de enormes ossos de baleia e faziam o contraste perfeito entre vida e morte em Deception.

Dia 17 seria marcante também pela festa de sábado à noite. Desta vez tínhamos uma temática: "Baile de mascaras!", em que todos nos mascarámos num personagem à escolha. Houve piratas, palhaços, assaltante de bancos, batmans, dorminhocos e até anjinhos. O nível de diversão batia no vermelho! Festas destas só acontecem na Antárctica... Isto garantiram-me os veteranos Antárcticos.

Lamento mas os pormenores não podem ser revelados por este meio. Ficarão novamente à mercê da vossa i m a g i n a ç ã o.

Os comentários estão fechados.
    A CAMPANHA
    PROPOLAR 2011-12
    Diários de campanha
    Arquivo de notícias organizadas por:

    » ​ Projeto

    Todos
    Coordenação
    Permantar 2 - Deception
    Permantar 2 Livingston
    Permantar 2 - Palmer
    Projecto Contantarc
    Projecto Coopantar
    Projecto Fishwarm
    Projecto Holoantar
    Projecto Penguin
    Projecto Permantar 2
    Projecto Snowchange


    » Ordem cronológica

    Março 2012
    Fevereiro 2012
    Janeiro 2012
    Dezembro 2011
    Novembro 2011

    introdução
     Projectos de investigação
    SÍNTESE DAS CAMPANHAS PROPOLAR



    Feed RSS


    Picture
Powered by Crie o seu próprio site exclusivo com modelos personalizáveis.