A CAMPANHA
PROPOLAR 2012-2013
Novembro de 2012 a Março de 2013
PROPOLAR 2012-2013
Novembro de 2012 a Março de 2013
Nos últimos dois dias praticamente não nevou nem choveu e o vento esteve por vezes um pouco distraído soprando pouco. Foi a altura ideal para pôr o helicóptero a voar, conseguindo-se efectuar o seu controlo quase na perfeição, executando trajectórias correctas sem grandes preocupações. Já sabíamos, mesmo antes de virmos, que as condições ambientais antárcticas extremas, mesmo que mais suaves no verão, seriam um factor condicionante para a execução desta tarefa. Estamos a confirmar agora no terreno que elas tornam impeditiva a sua realização acima de determinado limiar, principalmente a força dos ventos, que não só não permite a captura de imagens de boa qualidade como põe seriamente em risco o próprio equipamento.
Aproveitámos também para fazer trabalho de gabinete e acabar de tratar alguns dos dados que tínhamos captado no campo relativamente aos percursos efectuados nas nossas saídas de reconhecimento nos dias anteriores. É importante georreferenciar correctamente as regiões mais interessantes para efectuar os voos e realizar localmente o reconhecimento pormenorizado de cada tipo de superfície (solos, rochas, musgos, líquenes, água, gelo) e ter a garantia que não caem dentro de zonas protegidas. Essas zonas designam-se por ASPA (Antarctic Specially Protected Area) e, para proteger as suas características ecológicas, científicas e estéticas da intervenção humana, não é permitido que lá se entre. Há naturalmente excepções, por exemplo para quem estuda esses musgos, líquenes ou pinguins, mas requerem uma autorização especial, que nem sempre é concedida. Aqui a Península de Barton tem uma dessas áreas, Narebski Point, por ter extensas manchas de musgos e líquenes, assim como uma das maiores colónias de pinguins (gentios e de barbicha) desta região Antártica. Como não estão delimitadas por tipo algum de vedação ou com qualquer tipo de sinalização, cada um de nós que cá anda tem a obrigação de saber os seus limites, ou seja, tem de antecipadamente saber bem por onde vai andar e acompanhar-se de um bom mapa e/ou gps. Hoje houve uma visita de altas individualidades da Coreia à base de King Sejong, penso que membros da sua Assembleia, mas foi tudo tão discreto que praticamente não demos por ela. Se não nos tivessem informado antes e pedido para almoçarmos um pouco mais tarde acho que não tínhamos sequer dado por isso. Nos próximos dias vamos começar a captar as imagens com o UAV e a construir a informação de referência com o DGPS nas regiões que definimos como prioritárias. Pedro Pina, Ilha King George, Antártida, 15-01-2013 Os comentários estão fechados.
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