Pedro Pina, Lisboa, 10 de Fevereiro de 2019 O projecto VEGENTANTAR vai começar a sua campanha de campo antártica! O projecto pretende efectuar a cartografia multitemporal da vegetação das zonas terrestres (ou livres de gelo) da Península Antártica recorrendo a imagens de detecção a várias escalas de observação de múltiplas plataformas e sensores de forma a ser utilizada como indicador climático. A vegetação antártica, onde predominam líquenes e musgos, é constituída por manchas relativamente pequenas e esparsas nem sempre facilmente identificáveis nas imagens de satélite, mesmo nas de mais elevada resolução espacial (até 0.5m/pixel). É por isso necessário ter ainda imagens de melhor resolução onde se possam observar todos esses pormenores, relacionados com a sua disposição espacial. Os drones são actualmente a forma mais adequada para os obter, pois permitem cobrir áreas relativamente extensas de uma forma autónoma com imagens de resoluções entre poucos milímetros a centímetros por pixel (consoante a altura a que voarmos o drone). É isso que vamos fazer na campanha de campo deste ano na península de Barton na ilha de King George, voar o drone nas zonas onde existe vegetação que está a ser deficientemente identificada nas imagens de satélite de forma a obter informação de referência mais fiável para classificar melhor as imagens de satélite. ‘Vamos’ refere-se a mim, Pedro Pina, e ao Vasco Miranda que pisa o solo antártico pela primeira vez. O planeamento da campanha está feito, admitindo um grau de variabilidade relativamente amplo como deve ser em qualquer campanha polar, sobretudo devido à meteorologia que muda muito rapidamente de ideias. Mas, como sempre, as expectativas de fazermos uma boa campanha são elevadas, esperando que os próximos relatos assim o confirmem.
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