A CAMPANHA
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
PROPOLAR 2011-2012
Novembro de 2011 a Abril de 2012
O projecto PERMANTAR-2 está inserido numa rede internacional que tem como objectivo a monitorização do permafrost e camada activa no continente antárctico. Uma das metodologias adoptada para a observação, mapeamento e monitorização do permafrost foi a implementação de uma rede de perfurações do solo com sensores de temperatura a diferentes profundidades previamente definidas. Na ilha Deception, temos duas áreas de trabalho a nosso cargo inseridos nesta rede de monitorização. No total são 3 perfurações, cada uma com 6 sensores Hobo, a profundidades de 5, 10, 15, 20, 40 e 80cm, que registam a temperatura ao longo do ano de hora a hora.
Através dos dados recolhidos é possível inferir a evolução ao longo do ano do estado térmico da camada activa, estabelecer relações com as condições meteorológicas e juntamente com outros sensores de temperatura saber se existe em determinada altura do ano cobertura de neve ou não. José Miguel Cardodo, Ilha Deception 21 de Fevereiro de 2012
2ª feira iniciámos os trabalhos para a perfuração na ilha Amsler. Vamos passar lá em cima os próximos dias, com o objectivo de instalar um nova sondagem para a rede mundial de monitorização do permafrost, a Global Terrestrial Network for Permafrost (GTN-P). Estamos a perfurar em rocha muito resistente, um andesito de grão fino, que nos está a dar cabo da cabeça e das costas. A tarefa está a demorar, pela dureza da rocha, mais ainda do que pensávamos. O 1º dia não correu muito bem. Tivemos problemas no alinhamento da perfuradora e depois de furar 1m, tivemos que a relocalizar. Furámos mais 1m e acabámos por ter problemas com o sistema de dupla camisa e perdemos em poucos minutos uma coroa diamantada. Ficámos um bocado desanimados e voltámos cansados para a base. Discutimos as várias soluções possíveis e consultámos o nosso amigo Patrick Blètry de Aarau na Suíça e que faz perfurações profissionalmente, tendo-nos feito as perfurações em 2008 em Livingston. Chegámos à conclusão que iriamos passar a usar apenas o corer exterior e que iriamos assim avançando até onde fosse possível. Hoje, 3ª feira, os trabalhos correram bastante melhor. Não tivemos qualquer problema técnico, mas o furo continua a avançar muito lentamente. A rocha é muito dura e apenas conseguimos avançar cerca de 2m. Estamos agora a 2.8m de profundidade e de rastos com dores nas costas. Passamos o dia a furar, transportar baldes de água usada para arrefecer a máquina e a broca, organizar os carotes de rocha e a perfurar...está claro que além disso, ainda acartamos mais água, organizamos carotes de rocha e perfuramos... De qualquer modo, chegámos ao final do dia muito mais animados. A perfuração segue lenta, mas o dia correu bem. Contudo, cada novo dia pode trazer novos problemas, pois há medida que vamos perfurando mais, todo o processo se torna mais complicado. Gonçalo Vieira, Base Norte-Americana de Palmer ![]() One task of our group, here in Deception Island, was to monitor the short-term variation of the active layer depth (ALD) on the slopes of Cerro La Cruz, a small mount just behind the Argentinean Base. Every fourth day during the whole campaign Miguel, Gabriel and myself measured manually the ALD of 6 sites, each consisting in a 9-points grid. The sites are different regarding the elevation and the orientation. A detailed analysis of the collected data will provide an indication of the variability of the ALD during the Antarctic summer and its sensitivity to short-term meteorological conditions. Nevertheless we could already make some observations in the field: the maximum depths (up to 100cm) were found around mid-February at the lowest elevation on a north-facing slope. With an rise in altitude of around 100 m, we noticed a reduction of the ALD of around 40cm. We observed as well that the ALD is highly variable, as we could find some ALD difference of about 10cm between to neighbor stakes. Antoine Marmy, Ilha Deception 19 de Fevereiro
Ontem ao entrar no barco de noite, observei o quadro branco e vejo a convocatoria de quase todo o pessoal da tripulação do barco para auxiliar o nosso grupo. Pensei logo... assim será muito mais fácil...mas mesmo assim será duro. De manhã logo após o pequeno-almoço tivemos uma reunião para discutir a logística: dois Zodiac’s com várias centenas de kilogramas de material e 15 pessoas. O dia esteve do nosso lado com um sol fantástico e pouco vento. Na viagem de barco fomos ouvindo musica, que de acordo com o Chance (um dos membros da tripulação), é para tornar o trabalho mais divertido. Ele tem razão!!! A viagem é curta até à ilha Amsler (nosso local de estudo), demorando cerca de 10-15 minutos. Ao chegar, descarregamos imediatamente os barcos, e carregamos o material todo até à base da vertente que tínhamos que subir. Utilizamos um sistema de cordas instalado pelo Stian (o nosso camp manager), que permitiu puxar o material em 3 trenós pela vertente que estava com neve. Posteriormente transportamos o material à mão até ao destino final, o local da perfuração, por um barranco cheio de blocos afiados que vão cortando as nossa botas. Todos este trabalho demorou menos tempo que eu imaginei. Demoramos 4 horas com isto tudo. Confesso que a ajuda da tripulação do barco foi absolutamente fantástica, sendo eles incansaveis e sempre, sempre bem dispostos. Thanks to the entire RPSC Marine from the LM Gould. You one of the best group’s I’ve had the pleasure and honor to work with. No final do dia, instalamos a coluna de suporte da perfuradora e amanhã iremos começar o trabalho... Alexandre Domingo, 19 de Fevereiro de 2012
Arctowski - Um dia de calmaria após um razoável nevão durante a noite e forte ventania que empilhava a neve em locais mais protegidos. Neve fofinha e temperaturas um pouco abaixo de zero que faz com que vá continuar por cá, segundo a previsão, pelo menos até amanhã. É o final de uma semana em que os trabalhos correram de modo positivo. Na segunda-feira, dia 13, terminámos a experiência que vínhamos fazendo em que testámos o efeito de temperaturas entre -2ºC e +6ºC e salinidades entre 32 partes por mil (ppm) e 10 ppm (diluída 2/3 com água doce do glaciar). A amostragem durou desde as 10:00 h até quase às 20:00 com uma pequena interrupção para almoço. Apanhar peixe, tirar sangue e urina para análise de iões e hormonas e tecidos para medição de actividade enzimática e análise da expressão de genes. A primeira decisão foi a atribuição das espécies a este bacalhau da rocha antárctico (com ou sem acordo ortográfico?). Sabíamos que tínhamos mais de uma espécie e chegámos à conclusão que deveriam ser duas. Terá de ser confirmado pela análise de ADN, mas tudo indica que a mais abundante (90% de indivíduos) é a Notothenia rossi. Tivémos na nossa companhia a Joanna Dzido a recolher nemátodes parasitas. Ela fez o doutoramento neste assunto e actualmente monitoriza a passarada e especialmente os mamíferos da zona (tem de contar tudo o que vê num certo local - centenas a milhar durante um dia). Deve ter tido saudades do doutoramento e veio fazer companhia ... No final do dia tínhamos um bom número de indivíduos, cerca de metade do que necessitamos. Na terça-feira, dia 14, de manhã foi dia de preparação e escrita de relatórios. A Internet falha constantemente e é extremamente lenta mas lá se vai funcionando. De tarde, eu e Pedro fomos limpar os tanques e voltar a enchê-los para os preparar para receber mais peixes. O que vale é que já tínhamos engendrado um reservatório para receber a água salgada, a meia distância entre o contentor onde estão os tanques dos peixes e o mar. Bombeia-se água para o reservatório e depois coloca-se nele a bomba eléctrica e bombeia-se para os tanques dos peixes. Ao fim do dia estava tudo pronto para receber o novo lote. Mas infelizmente o disco rígido do computador parou e não voltou a andar. Por sorte tinha o disco portátil que foi utilizado para substituir o fixo do computador. Obrigou a transferir os ficheiros do disco portátil para o computador do Pedro o que levou umas horas. Lá se foram as fotos e mais algum material mas o hábito de fazer cópias diárias dos ficheiros funcionou e a dropbox também ajudou. Na quarta-feira, dia 15, houve temporal, ventos fortes e chuva que impossibilitaram qualquer saída. Enquanto não há computador não há nada que fazer pois os livros de leitura também são electrónicos. A meio da tarde lá apareceu um sistema operativo a funcionar e um office em polaco, cortesia do Jascezc, o homem da electrónica. Agora é voltar a colocar de volta os ficheiros. Por volta das 22:00 estava feito e pronto. A sincronização da dropbox vai levar vários dias e não estará pronta antes do fim-de-semana. Na quinta-feira, dia 15, o tempo está ainda ventoso mas permite tentar a pesca. Fica marcada para a tarde. Colocar o fato de sobrevivência, cântaros de plástico de 20 litros para colocar os peixes, material de pesca, saltar para o zodíaco que está atrelado ao trator que o leva até à água de marcha atrás de modo a que não tenhamos de entrar na água. Tivemos a companhia de mais 2 pescadores para além do homem ao leme. Andámos a ser arrastados pelos ventos e correntes e a dar banho ao isco - bocadinhos de peixe e carne de porco - mas pouca sorte. Ao fim de quase 2 horas apanhámos só 5 peixes. A esperança é o dia seguinte em que a previsão do tempo é melhor. Estava gelado, os pés e as mãos dormentes, e vim a descobrir que levei um fato sem forro por dentro - protegia do vento mas não do frio. Na sexta-feira, dia 16, o entusiasmo era grande. Fomos à pesca de manhã, com o fato certo, com mais voluntários e no local onde normalmente conseguimos apanhar peixes conseguimos cerca de 30 em menos de 2 horas. Prometemos que oferecíamos à cozinha a tal espécie menor, mas com indivíduos maiores, e ofereceram-se para mais pesca à tarde. Foi encher os cântaros e estamos preparados para recomeçar. Dorme-se bem por aqui! No sábado, dia 17, começou com nevão e forte vento. Foi um dia dedicado à escrita, tal como hoje. No sábado confraterniza-se e ontem não fugiu à regra. Curiosidade sobre o fado e o vinho do porto estimulam a conversação, vodca vem para a mesa, conversas sobre ciência, sobre as cidades polacas, as línguas, as colaborações e daí por diante. Aos poucos perdemos a conta do número de vezes que se diz «na zdrowie», sinal que está na hora. Receita de vodca de Arctowski- 600 ml de água do glaciar, 400 ml de etanol a 96%, sementes de pimenta q.b e deixa-se a descansar por uns tempos. Serve-se colocando num copo de shot uma pequena porção de sumo de mirtilo (uns 3 mm), adicionando-se o vodca devagar para não misturar, e termina-se com uma gota de piri-piri (tabasco). Levanta-se o copo, diz-se «na zdrowie» e bebe-se de uma assentada! Adelino Canário e Pedro Guerreiro, Ilha Rei Jorge,http://www.facebook.com/note.php?note_id=10151313901015384. Une merveilleuse aventure humaine, témoin d'une coopération internationale remarquable Une campagne en Antarctique, ce n'est pas seulement un rêve réalisé ou l'accession à une terre qui paraît si lointaine.
Une campagne en Antarctique c'est aussi et surtout un magnifique stimulant scientifique. Qui plus est sur l'île de la Déception où les éléments passionnants de la cryosphère se mêlent à la redoutable force du volcanisme. Chaque jour (ou presque), Miguel, Gabriel et moi enfilons notre équipement Gore-Tex et Wind-Stopper et partons à l'assaut du vent pour assouvir notre soif de données. Les sols d'Irizar, de Crater Lake et des Mini-CALM (programme de monitoring de la couche active des régions polaires) ne résistent pas à « la croix » - laquelle nous permet de mesurer la profondeur de la couche active – et n'auront bientôt plus aucun secret pour nous. Du moins, on l'espère :) ! Mis à part des problèmes logistiques (retard dans l'acheminement du matériel de mesures), la partie scientifique de la campagne se déroule à merveille et nous jouissons jusqu'à présent d'un temps clément pour la région. La seule ombre au tableau consiste en l'absence du matériel de géophysique venant de Suisse ; il a connu des ennuis à la douane argentine. Nous trouvons donc des occupations alternatives pour les jours où nous avions prévu de la géophysique. Une campagne en Antarctique c'est également une merveilleuse aventure humaine, témoin d'une coopération internationale remarquable. Moi, un géographe physique suisse pouvant participer à la campagne par le biais d'un projet portugais, de résider dans une base argentine et de compter sur l'appui de l'armée argentine et espagnole est tout simplement admirable. Des amitiés se nouent et nous partageons d'excellents moments de fraternité. La preuve ? Plus de 2 semaines avant la fin de la campagne, le stock de bières est déjà épuisé ! Finalement, une campagne en Antarctique ce sont des images plein les yeux et des souvenirs plein la tête. Une expérience inoubliable dans une région que les générations suivantes ont aussi le droit de vivre, donc protégeons-la ! Antoine Marmy, 19 Fevereiro 2012, Ilha Deception
A próxima campanha em Byers, que ja estamos a planificar, tem que começar em meados do fim de Novembro, quando a cobertura de gelo nos lagos permite usar um equipamento mais pesado que permita recolectar os sedimentos mais profundos.
Marc Oliva 19 Fevereiro 2012, Ilha King George 18 de Fevereiro de 2012
Hoje de manhã, ao abrir o email, recebi uma notícia que me deixou bastante abalado. O David Gilichinsky, colega e amigo da Academia Russa das Ciências e um dos maiores especialistas mundiais em permafrost, com quem trabalhámos em 2009 na ilha Deception, faleceu de ataque cardiaco. Gostava muito do David. Era um cientista fantástico e um tipo incrível para colaborar no terreno. Estivemos cerca de 2-3 semanas juntos em Deception a trabalhar em perfurações em permafrost, juntamente com colegas e estudantes portugueses e espanhois, bem como com dois estudantes do David. Foram dias muito interessantes e bastante divertidos. O David deixou-nos aos 64 anos, depois de uma vida inteira dedicada ao estudo do permafrost, em especial na área da microbiologia. Interessava-se também muito pela astrobiologia, ciência que estuda as possibilidades de sobrevivência de micro-organismos no espaço. Ainda jovem, o David passava muito tempo a perfurar no permafrost da Sibéria, andando sozinho de um lado para o outro com a sua perfuradora. Lembro-me bem dos dias da ilha Deception e da sua perfuradora ferrugenta e fumarenta, bem como das perfurações que efectuámos. Ficámos então de escrever um paper em conjunto, que acabámos por não terminar e que me sinto na obrigação de o fazer agora, com mais velocidade. Acho que conheci pessoalmente o David em Madison-Wisconsin, numa reunião importantíssima em 2004, que marcou o meu rumo na pesquisa antártica e no permafrost. Lembro-me de o ver também em programas na televisão a falar sobre mamutes congelados encontrados no permafrost da Sibéria. Foi um previlégio e uma grande honra ter podido trabalhar e aprender com ele. Hoje é, por isso um dia triste para a comunidade internacional que estuda o permafrost, pois perdeu-se um grande cientista e uma pessoa fantástica. Achei que com este texto no diário de campanha, bem como com algumas fotografias da campanha de 2009, lhe poderiamos prestar uma pequena homenagem. Quanto ao que fizemos no dia de hoje, fica para amanhã contar em mais detalhe. No essencial, encontrámos o sítio para fazer uma nova perfuração; uma perfuração que esperamos que venha a contribuir para completar a rede de monitorização num gradiente latitudinal ao longo da fachada oeste da Península Antártica, para a qual os trabalhos do David, em muito contribuiram. Acho que ele ia gostar de saber o que fizemos hoje. Obrigado David. Gonçalo Vieira Base Palmer, ilha Anvers 17 de Fevereiro
Finalmente chegámos à base americana de Palmer. Por volta das 6h da manhã acordámos com o barulho dos propulsores laterais, que são utilizados para atracar o barco ao cais da base. Após o pequeno almoço, o responsável da base foi ao barco para recebermos o primeiro breefing sobre as regras da base. Posteriormente tivemos uma visita guiada pela base, onde foram explicados os diversos procedimentos a ter em cada uma das áreas, ou consoante possíveis situações, principalmente as de emergência. A principio são muitas coisas para memorizar, mas à medida que os dias forem passando, estaremos completamente adaptados. A nossa equipa, vai continuar instalada no barco por mais uma semana, enquanto as restantes vão para a base amanhã. No entanto, foi-nos atribuído um laboratório na base, onde podemos aceder à Internet e realizar os últimos preparativos do nosso equipamento para o trabalho de campo. As instalações da base são espectaculares e bastante modernas, com alguns pequenos luxos que não existem em outras bases, como um ginásio ou uma sala bem equipada e muito confortável para ver filmes. Os laboratórios também são muito bons e com equipamentos de topo, para as diversas pesquisas. Quem quiser conhecer mais pormenores sobre a base por fazê-lo pelo seguinte link: http://www.usap.gov/videoclipsandmaps/palwebcam.cfm Amanhã, finalmente, iremos para o campo para fazer o reconhecimento da área onde procederemos à perfuração. Estamos ansiosos para iniciar os trabalhos... Alexandre Trindade, Base Palmer, Ilha Anvers Chegámos finalmente no dia 15 de Janeiro à Península Antártica. Depois de 4 dias de navegação, depois de atravessar o Estreito de Drake e o Estreito de Bransfield, já todos estávamos com vontade de ir a terra esticar as pernas e começar a trabalhar. O primeiro local em que desembarcámos foi em Caleta Cierva, onde se situa a Base Argentina Primavera. Pensávamos que a base estava encerrada, mas para nossa surpresa, não estava! Quando desembarcámos, pelas 20h30, fomos muitíssimo bem recebidos pelo chefe de base, o Capitão Ariel Quiróga, que nos mostrou a base e nos apresentou à equipa de 14 militares e cientistas que lá se encontram.
Segundo os nossos planos iniciais, 5 de nós iriam acampar a partir do início de Março próximo da base para desenvolver os trabalhos da 2ª fase do projecto. Escrevo "iriam acampar" porque, com uma enorme simpatia foi-nos oferecida a base para ficarmos instalados durante as 3 semanas de trabalho em Caleta Cierva, o que foi uma excelente notícia. Apesar da base já estar encerrada e sem ninguém no início de Março, fomos convidados a usar as instalações o que nos deixou a todos muito satisfeitos (mesmo a mim, que regressarei a Portugal mais cedo). A visita ao fim da tarde foi curta e serviu essencialmente para discutir os nossos planos para o dia seguinte, bem como os locais onde pensamos vir a fazer a perfuração. Vários biólogos que estavam na base aconselharam-nos em relação aos sítios com menor impacte sobre a fauna e vegetação. Combinámos regressar na manhã seguinte para, com o chefe de base, seleccionar esse local e estudar o caminho para carregar até lá os cerca de 400kg de equipamento para a perfuração. Selecionámos um afloramento rochoso a 170m de altitude, pelo que vai ser duro transportar tudo até lá desde a praia...preocupa-nos em particular um gerador de 80 kg, mas com calma e muito esforço, pensamos que será possível faze-lo. Provavelmente, poderemos contar com o apoio de pessoal do navio para nos ajudar no dia em que desembarcarmos, antes do navio zarpar. Cabe ainda referir que o dia foi ESPECTACULAR! A paisagem da Costa de Danco na Península Antártica é linda e este foi provavelmente o sítio mais bonito em que estive na Antártida. Fiz centenas de fotografias e só muito dificilmente consegui selecionar algumas que anexo no blogue. Para já é tudo... chegámos entretanto à base de Palmer e o Alex fará o próximo post. Gonçalo Vieira, Base Norte-Americana Palmer, Ilha Anvers. |
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