Cármen Sousa, 18 JAN 2019, Ilha Antártica de King George O nosso voo de chegada foi tranquilo e demorou cerca de 2h desde Punta Arenas (figura 4) à Península Antártica na ilha de King George (figura 5). A base que nos acolheu para esta campanha, foi a base chinesa denominada “Great Wall”. Fomos muito bem recebidos e reencontramos o nosso colega de equipa, Pedro Guerreiro, que partiu de Portugal no dia 1 de janeiro. “Great Wall” é dividida em vários edifícios, sendo os principais: o do laboratório, o da cozinha e refeições, o do banho e ginásio e o dormitório. Em cada entrada dos edifícios é obrigatório descalçarmo-nos e calçarmos uns chinelos/pantufas para poder circular dentro dos mesmos. Há um local próprio, à entrada, para guardar o calçado e equipamento/casacos, de acordo com o número do quarto que nos foi atribuído (figura 6). Na ilha King George, na Península Antártica, o fuso horário é o mesmo que no Chile, no entanto na base chinesa é menos 1h que o horário chileno, para que a diferença horária em relação à China seja exatamente 12h (não sabemos qual a relevância mas, a justificação que nos deram foi essa). Portanto, aqui na base são menos 4h que em Portugal continental e aqui todos temos de seguir os horários estabelecidos. A hora do pequeno-almoço é às 7h30, o almoço às 11h30 e o jantar às 17h30. O horário do banho é das 19h às 21h para as mulheres e para os homens é o restante horário.
Não sei ainda precisar quantos somos no total mas, rondamos os 45 e apenas 5 são mulheres (4 chinesas e 1 portuguesa). A equipa aqui na base é constituída pelo chefe da base, pessoas responsáveis pela manutenção da base e pelo manuseamento da maquinaria, nomeadamente barcos “zodiac”, pelo cozinheiro e seu ajudante e pelas pessoas ligadas à investigação em diversas áreas, tais como geologia, sociologia, ecologia, etc. O nosso contentor já está colocado junto ao cais e praticamente todo o sistema está montado no seu interior, tarefa realizada pelo Pedro Guerreiro antes de cá chegarmos!! Há material e reagentes que ainda não chegaram e vêm a bordo do navio espanhol “Hesperides”. Por isso, temos de aguardar a chegada do navio oceanográfico, mas, já poderíamos começar a pescar, não fosse o tempo estar a condicionar a saída de campo, pelo que temos de aguardar mais uns dias. Algum material de laboratório (figura 8) já foi desmontado das caixas e organizado e, o material para a pesca também já está pronto para ser usado (canas, anzóis, chumbos e afins)!!! Parte deste material ficou cá, em consequência da campanha antártica realizada em 2017 e, outra parte veio a bordo do navio espanhol “Sarmiento” que cá chegou na altura em que o Pedro Guerreiro já cá estava (inícios de Janeiro de 2019).
0 Comentários
Deixe uma resposta. |
DIÁRIOS DE CAMPANHA
|